Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

O MELANCÓLICO DRAMA DOS APOSENTADOS


O cidadão brasileiro quando jovem ingressa no mercado de trabalho, recebendo toda assistência do Regime Geral da Previdência Social. Contribui para o INSS mensalmente durante 35 anos ou mais, com alto percentual descontado na fonte, calculado sempre sobre o valor  do salário. Esta contribuição à Previdência é feita sob a ilusão de que está se resguardando para uma velhice tranquila, segura e digna, garantido pela Constituição Federal. Deveria ser assim tanto no inicio da sua atividade laboral, quanto na sua saída do mercado de trabalho originado por conta de um natural desgaste físico, quando passa a vaga para um novato incauto.

Começa aí a desdita do aposentado com a quebra do contrato acordado entre governo, Previdência  e o trabalhador. Este passa a ser marginalizado pelos governos centrais! Por que perpetua-se esta deslealdade contra ex-trabalhadores que através da Carta Magna tem a garantia da manutenção do seu poder de compra, livre de defasagens, com direitos amplos à saúde? Não se trata de plena maldade?

É porque existem governantes indignos do cargo que ocupam, incompetentes, equipes econômicas incapacitadas, não demonstrando um mínimo de respeito ao trabalhador agora idoso, numa fase da vida em que mais necessita de proteção dos poderes públicos. Só para relembrar, o governo do presidente Collor, mostrando grande insensatez, queria dar só 54% de aumento para o aposentado, enquanto dava para o salário mínimo 154% de reajuste. Quem explica tamanha disparidade entre estes dois valores? Quebra da Previdência? Pelo amor de DEUS...!!

A falsa resposta como sempre é a já manjada e mentirosa desculpa de que as contas da Previdência não suportam! Felizmente apareceu uma juíza ética, transparente, justa, que teve a coragem de enfrentar a equipe econômica do governo, batendo o martelo, e estendendo os 147% também para os todos os aposentados. E a Previdência não faliu como alardeavam!!

Fernando Henrique Cardoso imbuído do mesmo preconceito nocivo ao aposentado, desvinculou o seu reajuste  ao do salário mínimo, com a única e covarde intenção de impedir o aposentado de recorrer à justiça, como ocorrido no episódio dos 147%  já citado acima, quando a memorável Juíza Salete Maccaloz deu a resposta que até hoje não vimos ninguém com coragem suficiente para repetir aquele episódio histórico!  FHC não soube contornar uma situação, talvez difícil sim,  mas,   não mostrou justiça e criatividade. Optou pelo mais cômodo, causando um prejuízo contundente ao aposentado, tornando a sua perversidade uma bola de neve que, a cada ano amargado, mais nos tritura...

Até hoje pergunta-se como o Congresso teve a coragem em plenário de aprovar uma indecência como o malfado desvínculo? Quantos aposentados diante da sua desesperada situação financeira não se suicidou, conforme acusava sempre o ex-senador Mão Santa?! Já o presidente Lula, sem dúvida, mais algoz, que se vangloriava de ter tirado milhões de brasileiros da miséria, ignorou, que em contrapartida empurrou outros tantos milhões de aposentados para a pobreza! Tirou o máximo proveito daquela armadilha criada por FHC, oprimindo sem piedade os escorraçados aposentados!

Quando teve uma chance de amenizar um pouco o massacre imposto ao aposentado, como naquele reajuste que nos foi dado pelo Congresso de 16,67%, mesmo índice do salário mínimo, não teve a mínima sensibilidade, vetando-o, tachando os congressistas de picaretas e irresponsáveis! Quem na realidade foi o picareta e irresponsável?

Já  a presidente Dilma, com a sua conhecida irreverência, não ficou por baixo dos presidentes anteriores e, com apenas cinco anos de mandato, já superou-os, inclusive em vetos, empreendendo como sabemos a maior e mais tenaz perseguição aos velhinhos desamparados.  Esta manifestação veemente, sabemos, já se tornou enfadonha, por estar sendo repetida centenas de vezes. Entretanto, esta discriminação e preconceito contra o aposentado também teima em se manter atuante, degradando cada vez mais os proventos de aposentados e pensionistas. Não podemos nos calar!!

Só nos  resta agora apelar para que a Câmara dos Deputados, se revestindo de brios, com o seu presidente acuado, ponha em discussão e votação o nosso PL 4434/08, único projeto que ainda nos resta, como esperança, para não sermos de vez classificados como cidadãos extintos...

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