Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

COLUNA DO APOSENTADO CLXXXVIII



COLUNA  DO  APOSENTADO  CLXXXVIII
                                                                                                               laurobotelho.mg@gmail.com

DIÁLOGO  ENTRE  DOIS  APOSENTADOS

Você é a favor do impeachment da presidenta Dilma? Você acredita em sua saída?

Sou a favor do impeachment. Acredito que se ela não renunciar, ela sofrerá impeachment. Ela errou muito e desrespeitou as nossas leis. Está na hora de passar o país a limpo. Apoiamos integralmente o Juiz Sergio Moro, o Ministério Público e a Polícia federal para acabar com a corrupção. Não podemos nos esquecer do Supremo Tribunal Federal que está sempre agindo com seriedade e justiça.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA  E  CPMF: NÃO PODEMOS CONCORDAR.
Ocorrendo o impeachment da presidenta Dilma, o vice-presidente Michel Temer assumirá o país. Acreditamos que duas situações poderão fazer parte de sua administração: a Reforma da Previdência  e a CPMF, o que será um desastre administrativo e popular, se aprovados.

Não podemos conceber uma Reforma da Previdência sabendo que suas causas principais de rombo em suas contas públicas são relativas à Aposentadoria Rural (isso é Assistência Social) e governamental.

A  CPMF  é uma cobrança maldita de imposto que o povo não aceita mais.
Se os economistas que assumirem o Governo em sua área econômica não souberem sobreviver sem essas duas frentes, o Governo pode procurar outros ministros mais inteligentes, mais competentes e menos comprometidos com os grupos financeiros poderosos e mais solidários com o povo.

Sabemos que qualquer economista inteligente e esperto sabe que existem soluções mais viáveis que as duas citadas acima e com melhores resultados. Entretanto, essas novas ideias vão contra poderes e esses economistas badalados pela imprensa falada e escrita estão muito envolvidos com o alto poder e ficam procurando artimanhas para excluir as ideias mais realistas e menos onerosas para o povo.

COBAP

A COBAP – Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas ainda não se definiu quanto ao impeachment da presidenta Dilma.

Assinou o termo contra a corrupção, o que é bom. Mas nunca elogiou o Juiz Sérgio Moro. Eu ainda não vi nada relacionado em seu site.

FRASES  QUE NÃO DEVEM  SER DITAS.

  § Temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Supremo Tribunal de Justiça acovardado, um Parlamento acovardado.

  §  Temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido.

  §  Esse cara, Janot, se fosse formal, não seria Procurador Geral da república. Teria tomado no cu.

Foram frases ditas pelo ex-presidente Lula. Ele deveria pedir desculpas para todo o povo brasileiro e para os ofendidos.

Que Jesus continue nos abençoando.
                                                                                                                                             01/04/2016

O poder da desaposentação na economia nacional

O poder da desaposentação na economia nacional
O Brasil passa por um difícil momento político e econômico. O Planalto e a Câmara dos Deputados, representados por Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, passam por um período conturbado. A distrito disso, “jogado para escanteio” o Brasil se desmancha com ameaça de mais desemprego, recessão e fuga de investimentos.

Essa briga política é uma catástrofe para o futuro dos brasileiros, causando vários desequilíbrios econômicos. Um dos principais encontra-se na Previdência Social que, de acordo com estimativa do Tribunal de Contas da União (TCU), deve encerrar o ano com déficit de R$ 124 bilhões, números estes desmentidos pela Associação Nacional dos Auditores Ficais da Receita Federal (ANFIP).

Qualquer investigação técnica mais profunda vai demonstrar o oposto, pois, o sistema apresenta superávit. O crescimento econômico registrado nos últimos dez anos trouxe a redução da informalidade e o aumento do número de empregos formais, o que alavancou a arrecadação previdenciária.

A Previdência Social não tem problemas. Na verdade, ela pode ser tida como um grande ponto de soluções. Tanto é que quando o governo quer injetar renda na economia, basta usar o sistema de proteção social.

O gasto com a seguridade social tornou-se impulsionador da demanda agregada ao ativar diretamente o consumo das famílias. Por ser uma renda que atende a uma população com elevada propensão a consumir, o valor provisionado pelos esquemas de proteção social para pessoas doentes, desempregadas, acidentadas do trabalho, idosos, aposentados e pessoas de baixa renda, invariavelmente, será gasta de forma integral.

Essa renda é transformada em aquisição de medicamentos, alimentos, vestuário e outros bens de primeira necessidade que dinamizam a economia.

Além do gasto com seguridade social, há a necessidade de ampliação da infraestrutura social, nas áreas de saúde e de assistência social. O Estado intervém em construção de prédios, compra de equipamento e de insumos de trabalho e, simultaneamente, na contratação direta de mão de obra para operar nesses setores. 
Trata-se, portanto, do gasto social influenciando também pelo lado da oferta, num mercado onde o principal agente produtor é o Estado.

Tudo isso converge para a inclusão produtiva da população. Assim, a política social pode se tornar um elemento importante para o aumento da produtividade do trabalho, fator decisivo para a melhoria da renda do trabalho e para o crescimento econômico.

Nesse processo de ativação da economia, passa também as discussões da reforma previdenciária. E, nesse sentido, a idade e o valor das aposentadorias estão longe de ser os únicos determinantes da carga previdenciária, como parece ser o entendimento das propostas existentes para assegurar a sustentabilidade de longo prazo do sistema.

Há alternativas que podem ser utilizadas para qualquer dado nível de aposentadoria média. Quanto maior o crescimento da renda por pessoa, quanto maior a taxa de emprego e de produtividade, mais leve será a carga das aposentadorias.

Esta construção é fundamental para desmistificar o falso alarde feito sobre o possível rombo que a desaposentação causaria. Ao contrário, ela pode e deve ser a solução imediata para impulsionar a economia.
O aposentado que, após a concessão da sua aposentadoria, continua ou retorna ao mercado de trabalho é contribuinte obrigatório da Previdência. Segundo dados da Advocacia-Geral da União (AGU), esse grupo é formado por cerca de 700 mil aposentados. No entanto, até o momento, não fazem jus à majoração do seu benefício em decorrência das novas contribuições.

Para reconhecimento desse direito, milhares de aposentados aguardam decisão do Supremo tribunal Federal (STF). Também há uma Emenda Aditiva à Medida Provisória 676/215, incluindo a possibilidade de majoração do benefício para quem trabalhou após aposentado, no aguardo de sanção da Presidente da República.
O reconhecimento da desaposentação fomentará a economia. Aumentará a renda e consumo dos aposentados e, num ciclo virtuoso, a produtividade do trabalho e a geração de novos empregos, permitindo não só a expansão das receitas previdenciárias, como também, por efeitos indiretos, o aumento da capacidade contributiva por meio das receitas incidentes sobre patamares mais elevados da renda do trabalho e lucros.

A produtividade é uma variável-chave na equação do sistema previdenciário. Quatro são as explicações. Primeiro, porque o consumo mais elevado, que decorre do crescimento do número de inativos – e nesses estão incluídos os beneficiados com a desaposentação -, precisa ser compensado com o aumento da produção dos trabalhadores ativos.

Segundo, porque o sistema previdenciário está apoiado em receitas oriundas da massa salarial, dos lucros e do faturamento e, sendo assim, o crescimento da produtividade é essencial para o aumento da base de incidência desses tributos.

A terceira explicação resulta dos postos de trabalho do setor industrial que, por serem de mais elevada produtividade, formalizados e de remuneração mais alta, funcionam como farol para o resto da economia.

Salários mais altos e maior estabilidade do emprego reforçam o fundo previdenciário e aumentam a cobertura. E, por fim, a elevação da produtividade média é decisiva numa conjuntura como a brasileira, de recuperação do poder de compra do salário mínimo e aumento do salário médio, para que não se agrave o conflito distributivo entre lucros e salários e não resulte em elevação dos preços.

A queda da margem de lucros, por sua vez, cria pressão por correção de preços, premência pela redução dos custos do trabalho, insistência pelo aumento da jornada de trabalho e apelos por reformas trabalhistas e previdenciárias que reduzam direitos sociais.

Por todos esses fatores, é claro observar o poder da desaposentação em alavancar a economia e contribuir ativamente para os cofres da Previdência Social. O Brasil precisa caminhar a passos largos para frente, deixar de aplicar políticas restritivas e implementar, cada vez mais, a inclusão social, diminuindo o número de desempregos e do trabalho informal. Está aí um dos caminhos de superação da crise pela qual passa hoje o país.

*Murilo Aith é sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Sociedade de Advogados

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