Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

REFORMA DA PREVIDÊNCIA


Prezado Deputado Senhor Márcio Marinho - PRB/BA:

Por oportuno transcrevo parte de uma entrevista de vossa excelência, feito no inicio deste ano, alusivo a reforma da Previdência:

>>"Com relação à reforma da Previdência, que tipo de mudança deve ser aprovada?Veja, o mundo todo que tem sistema previdenciário parou para rever as regras. Nós ainda estamos discutindo. Mas sabemos que, desde 1960, a expectativa [de vida] da população cresceu muito. São 25 anos de [aumento da] expectativa, mas as regras da Previdência continuam as mesmas. É evidente que não tem nenhum sistema que suporte isso. Vários países do mundo reviram essa postura e o Brasil tem que rever. E nós sabemos que não temos que inviabilizar esses que trabalharam e realmente dependem da sua aposentadoria. É evidente que o PRB vai sempre defender aqueles que precisam da sua aposentadoria. Mas hoje tem pessoas que se aposentam com 52, 55 anos, ainda com forças para poder trabalhar. Se não fizermos alguma coisa, mais cedo ou mais tarde a Previdência estará inviabilizada e as pessoas prejudicadas. E isso ninguém quer. Portanto, o PRB quer discutir."<<
----------------------

Faço um comentário:
O Fator Previdenciário é realmente danoso para o trabalhador que por motivos diversos deseja se aposentar! Mas, considero muito pior que o Fator Previdenciário (o trabalhador pode fazer opções), é a crucificação que fizeram a partir de 2008 nos aposentados do RGPS, que recebiam suas aposentadorias com valores maiores que o salário mínimo. Criaram dois percentuais diferentes na atualização das aposentadorias, com o único propósito de degradá-las, acabando com a diferenciação que naturalmente teria que existir entre previdenciários! Contra essa perversa covardia, à revelia, o indefeso aposentado não tem como se defender. Estamos sendo achatados ano apos ano, tendo os nossos benefícios previdenciários perdido mais da metade do valor que deveríamos estar recebendo, condizente ao início da aposentadoria.
  
Chegou o momento tão esperado e ao mesmo tempo tão temido pelos trabalhadores em atividade e os trabalhadores já aposentados. É a hora de colocar-se a mão num vespeiro como o é a Reforma da Previdência Social. Ninguém teve ousadia e a coragem suficiente para realizar tal reforma, o que deveria ter sido uma prioridade, evitando que o falido sistema previdenciário hoje chegasse ao ponto crítico em que chegou e, quem paga o pato, é sempre o aposentado da iniciativa privada aqueles que ainda recebem proventos acima do salario mínimo, numa perversa e escancarada discriminação contra esses fragilizados segurados do INSS.

Os aposentados do RGPS, já bastante escaldados, o segmento mais perseguido da sociedade, porque tiveram em dezoito anos suas aposentadorias destruídas pelos últimos três presidentes da república, encontram-se mais angustiados e inseguros ainda, pelo temor de continuarem com a reforma, sendo o único bode expiatório de um sistema que longe de ser um amparo ao trabalhador como prometido, tornou-se uma "pedra no sapato"! Está sendo incapaz de manter um poder de compra sólido, sendo arbitrariamente defasado com os cortes desleais feito nas aposentadorias de somente um terço dos aposentados da iniciativa privada!

Que Deus ilumine esses novos governantes que resolveram arregaçar as mangas da camisa e trabalharem com afinco e acerto para corrigirem o que há de errado na Previdência Social, tornando-a novamente o porto seguro dos trabalhadores brasileiros. Se trabalharem visando justiça e solidez na Previdência, saberão de alguma forma, compensarem a degradação causada aos aposentados que recebiam oito, sete, seis salários mínimos, e tiveram seus proventos reduzidos para quatro, três e dois pisos respectivamente, aguardando, tão somente, que todas as aposentadores fiquem niveladas ao valor mínimo pago pela Previdência! Aí, tudo estará consumado...

Vossa excelência que demonstrou insatisfação contra os direitos dos aposentados terrivelmente achincalhados, com o poder regimental que a Constituição lhe confere, meta o bedelho no assunto, levando aos responsáveis pela reforma supracitada, estas providências essenciais que não poderão deixar de ser analisadas se quiserem de fato fazer uma reforma profícua e justa, corrigindo os danos causados aos aposentados.

    Almir Papalardo - RJ. Um aposentado prejudicado e revoltado pelo mal que me estão causando! 

0 comentários:

Postar um comentário