Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE MICHEL TEMER


Carta aberta ao presidente Michel Temer. 
Carta que o presidente Michel Temer deveria ler e responder


Senhor presidente.

Sou um cidadão comum - ameaçado de ser preso por protestar - que sente, todos os dias, uma profunda angústia e revolta por estar testemunhando meu país ser destruído - assim como o futuro de meus filhos e de suas famílias - por um Estado feito Bandido pela classe política mais sórdida do mundo, da qual o senhor fez e parece ainda fazer parte, tendo em vista suas decisões “politicamente corretas” para manter a estabilidade política dentro de um Parlamento rigorosamente corrompido pelos mais desprezíveis interesses adquiridos de seus ocupantes que, raramente, se comportam como o que realmente deveriam ser: verdadeiros servidores públicos.

Homens e mulheres que foram eleitos pela sociedade para representa-la e que trabalham mais de seis meses por ano para garantir os melhores salários e mordomias de seus representantes, comparativamente aos países desenvolvidos.

Uma revolta ainda maior é perceber nosso país com mais de 200 milhões de habitantes se mostrar incapaz de, majoritariamente, reagir à altura dos sofrimentos que lhes são impostos pelos bilionários roubos do dinheiro público, durante aquilo que sempre chamo de Fraude da Abertura Democrática.

Nunca é demais lembrar que estamos testemunhando a morte de mais de 200000 pessoas por ano, sendo mais de 80000 assassinadas, tudo por responsabilidade direta dos bilionários roubos do dinheiro público, cujos autores, com raras exceções, são tratados por uma majoritária parcela de um Poder Judiciário e suas Cortes Superiores, ambos degenerados, como passíveis de impunidade por esse genocídio do qual são responsáveis.

Todos deveriam, na verdade, estar sendo julgados por um Tribunal Militar.

Não pode haver nada mais trágico para uma nação quando a omissão e covardia da maior parte de seu povo supera os mais elementares princípios de honestidade, honra, moralidade e ética que, durante a história da civilização ocidental fizeram milhões perderam a vida para defender esses princípios.

A abertura democrática se mostrou uma grande mentira no que diz respeito a um projeto de bem-estar social para a maioria da sociedade.

O que ficou já comprovado é que esta fraude plantou nas relações públicas e privadas as sementes da doutrina dos bandidos e genocidas, a prática fundamentalista do ilícito a qualquer preço, que é formadora dos patrimônios milionários ou bilionários de uma rigorosa minoria pertencente às burguesias e elites públicas e privadas mais sórdidas de nossa história, porque sempre se mostraram cúmplices da corrupção orgânica e sistêmica que transformou o poder público em um Covil de Bandidos.

Valores familiares, religiosos e patrióticos têm sido corrompidos pela doutrina da transformação das massas em reféns, lacaios de corruptos, ou alienados pelo Estado Bandido dominado pela ideologia de esquerda comunista que, pelos instrumentos do marxismo cultural depravado, vem tomando conta das instituições públicas em todas as suas instâncias.

O processo educacional e cultural do país foi jogado na lata do lixo das práticas marxistas mais repugnantes, que vem transformando crianças e adolescentes em instrumentos de degeneração moral e ética como base de formação de futuras gerações.

Enquanto em nações mais desenvolvidas crianças estudam até dez horas por dia para a formação de novas gerações de homens e mulheres cultas e preparadas para o exercício de gestão de atividades estratégicas em todas as áreas, no nosso país, especialmente nas escolas públicas, o que temos assistido é a difusão e incentivo de práticas para formações promíscuas no seu pior sentido, levando chefes de família ao desespero da perda de visibilidade do que o futuro guarda para os seus filhos, melhor dizendo, da quase certeza de um futuro deprimente como cidadãos, marginalizados, corruptos, bandidos ou não.

Não sei exatamente se usei o direito de ter um dia de idiota – uma situação que nos aflige vez por outra porque ainda temos alguma esperança na capacidade humana de fazer o bem -, mas fiquei com alguma expectativa positiva do senhor agir, talvez, como um Estadista no momento mais importante de sua vida ao ocupar mesmo de forma interina a Presidência da República, e não mais como um cúmplice de uma base parlamentar que esteve do lado das gestões petistas que atrasaram nosso país em décadas, diante do mundo mais desenvolvido e tendo como pano de fundo a pior degeneração moral e ética das relações público-privadas que se poderia imaginar.

Em nenhuma hipótese o senhor, que se declara não ser candidato a um cargo presidencial em 2018, poderia estar convivendo com os fatos abaixo listados, sem duras reações que sua posição lhe permite, inclusive decretar, como última alternativa, um Estado de Exceção para, junto com as FFAA, desconstruir o Estado Bandido, salvando nosso país de uma rede de corrupção que se entranhou dentro do próprio Poder Judiciário, o que nos tem tirado quase totalmente a visibilidade de que um dia teremos uma Justiça que mereça esse nome:

- Conviver pacificamente com sistemáticas tentativas de destruição do trabalho do Juiz Sérgio Moro e sua equipe de promotores e policiais federais;

- Entregar cargos ministeriais e de segundo escalão a pessoas envolvidas ou sendo investigadas em escândalos de corrupção;

- Permitir que um marginal e uma psicopata, ajudados pelas suas milícias de movimentos sociais ilegais sustentados pelo Estado Bandido, continuem diariamente investindo na subversão da ordem pública e na desqualificação da Justiça no país e, principalmente, na perversão moral dos Tribunais Superiores, com riscos cada vez maiores de uma guerra civil pela total falta de credibilidade da sociedade no Poder Judiciário;

- Impor à sociedade duros sacrifícios para cobrir a falência financeira do Estado, mas mantendo de forma hipócrita, quase leviana, uma criminosa estrutura de máquina pública que nos obriga a trabalhar mais de seis meses por ano para sustentar seu empreguismo irresponsável e inconsequente, sem recebermos o retorno social – saúde, segurança pública, educação, cultura e saneamento básico - da extorsão fiscal que há décadas somos obrigados a suportar;

- Não tomar a decisão mais importante depois do enxugamento da máquina pública, que é a privatização de todas as empresas estatais, principalmente esse antro de corrupção em que se tornou a Petrobrás;

- E, talvez, o mais grave por um provável e desprezível “politicamente correto”: não se dirigir à Nação para publicamente demonstrar à sociedade de forma rigorosamente pontual o que foi a tragédia das administrações do PT, uma atitude que seria a única forma honesta de justificar muitas de suas medidas;

Sua apatia de estadista talvez lhe custe um alto preço.

É visível para toda a sociedade esclarecida, aparentemente menos para o senhor, que um movimento para sua derrubada está em curso, mas motivado pelas suas próprias fraquezas, omissões ou falta de coragem.

Estou me referindo a sórdida aliança do presidente do Senado e do Presidente do STF visando criar instrumentos absolutamente imorais para comprometer em definitivo a operação Lava Jato e, também, semear um absurdo crime de lesa pátria que seria a volta da psicopata Dilma ao poder junto com um marginal como ministro dominante, o ex presidente Lula.

Esperamos que os comandantes das FFAA que estão se integrando ao seu governo sejam parte de uma oculta estratégia de defesa contra um golpe para sua derrubada, conforme definido acima, que poderá ser evitado anulando - com um estado de exceção previsto na Constituição - as decisões deste grupo que apostam nas mais absurdas deformações da Justiça, provocando a destruição de nossas esperanças de um recomeço para o nosso país que, por alguns momentos, nos pareceu surgirem depois da aprovação do impeachment da psicopata Dilma.

Finalizo com uma pergunta advinda de duas premissas, sem uma invalidar a outra, que é o suborno moral e financeiro de Senadores para que o impeachment não seja aprovado, e o comprometimento da operação Lava Jato pelos que estão promovendo levianos processos administrativos no Poder Judiciário para desconstruir todo o trabalho do Juiz Sérgio Moro.

O senhor teria a coragem patriótica de junto com os comandantes militares para, através da decretação de um Estado de Exceção, recolocar o país no caminho de sua reconstrução, mas livre de todos os canalhas esclarecidos ou não que aparelham o Estado Bandido?

Tenho certeza que sua resposta, politicamente correta, publicamente, seria NÃO, mas guardo, ainda, me arriscando a ser novamente idiota, alguma expectativa que resquícios ou sintomas de honra, brio, coragem e patriotismo existam no seu interior, que o façam se transformar em um verdadeiro estadista, diante da tragédia que pode estar se avizinhando, que é a formalização de um definitivo regime cleptocrata conduzindo os destinos do nosso país.

Que Deus o ilumine.

Geraldo Almendra

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