Rombo dos fundos de pensão – Incompetência e Dolo

31MAIO
Este é o tema que devemos, cada vez mais, procurar entender e discutir, pois nele está associado o presente e o futuro da qualidade de nossas vidas.
Até algum tempo atrás olhávamos o drama dos nossos compatriotas da Aerus, fundo de pensão da Varig, e embora empenhássemos nosso apoio, víamos uma distância abissal para nossos “pequenos” problemas com a patrocinadora Petrobras e com o nosso fundo de pensão Petros.
Alguns poucos estudiosos abnegados tentavam nos alertar para os descaminhos que a gestão de nossos investimentos Petros estavam configurando uma catástrofe.  Foram desqualificados e denegridos por quem deveria, por dever de ofício, nos representar nas diversas instâncias. Os elegemos para representar nossos interesses. Pagamos mensalidades para entidades que tem em seus estatutos a missão de resguardar os nossos direitos. Tentaram nos ludibriar e iludir.
Hoje, temos claramente definidos um quadro extremamente preocupante, tanto pela capacidade financeira da nossa patrocinadora Petrobras, o seu plano de desinvestimentos, a redução do contingente de empregados, e também, o enorme rombo nas contas do fundo de pensão Petros.
A velocidade com que o ambiente econômico se deteriorou, tem diversas causas, de diversas naturezas, já amplamente identificados, mas não sanados por quem os causou, e que por justiça, devem ser responsabilizados civil e criminalmente.
Esta é a questão que urge:  Acionar civil e criminalmente os responsáveis, que direta ou indiretamente são os responsáveis pelos danos ao nosso Fundo de Pensão Petros.

A balela da conjuntura econômica

Mas então como alguns fundos de pensão, que atuam na mesma conjuntura econômica podem ter resultados tão positivos?
Fui buscar na Valia, pela semelhança da atividade econômica de sua patrocinadora Vale com a da Petrobras, ambas influenciadas por um conjunto de fatores comuns pela natureza de suas atividades.
Observem no gráfico abaixo o comportamento da Valia ao longo do tempo na gestão do seus investimentos em renda variável (ações), e a rentabilidade total corrigida dos fundos.

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Ao se configurar indicativo de desvalorização dos ativos negociados em bolsa de valores, a Valia iniciou fortemente, a partir de 2009, um movimento de conversão dos investimentos em ações para renda fixa, reduzindo de 30% em 2009 para 4% em 2015.
Nem mesmo as ações de sua patrocinadora Vale foram preservadas, demonstrando claramente que o comprometimento da Valia é com os seus participantes, genuínos proprietários do patrimônio do fundo de pensão.
Há muito que se analisar e concluir sobre este gráfico.  Quais fatores que influenciaram resultados tão díspares? Por que a PETROS fica altamente concentrada em determinados investimentos em renda variável, que a impossibilita de reverter posições?
Há muitas conclusões para se tirar deste gráfico e deixo em aberto para evoluirmos em nossas tratativas.
Sem firulas, malabarismos e sem ego proponho esforço para o entendimento de que estamos em um grave momento do nosso fundo de Pensão Petros, que não é capaz de honrar a obrigação de nos manter informados dos resultados sobre a gestão do nosso patrimônio. Há mais de 150 dias não temos acesso aos relatórios mensais de atividades do fundo de pensão PETROS. O último relatório disponibilizado é de novembro de 2015.

Para uma análise mais detalhada leia:

Abdo Gavinho
Editor e Webmaster de
Discrepantes.com.brS.O.S. PETROS