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IGUALDADE DE GÊNERO NA PREVIDÊNCIA GERA POLÊMICA, DIZ ECONOMISTA


Igualdade de gênero na Previdência gera polêmica, diz economista

Armando Castelar avalia que futuramente, devido a reformas, 32 dos 35 países da OCDE não terão mais distinção por gênero

Brasília – O economista Armando Castelar afirmou que a questão da igualdade de gênero na reforma da Previdência é o tema que mais gera polêmica atualmente, mas espera que o País tenha “maturidade para discutir esse assunto como outros países”.
Castelar falou sobre a reforma durante seminário promovido nesta segunda-feira, 17, pelo jornal Valor Econômico, em Brasília.
Durante sua explanação, Castelar mostrou um gráfico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre aposentadorias ao redor do mundo.
Futuramente, devido a reformas já aprovadas ou em fase de implementação, 32 dos 35 países da OCDE não terão mais distinção por gênero.
Desses, somente o Chile permanecerá com a diferença de cinco anos.
“A conta não fecha, não fecha aqui como não fechava em outros países”, avaliou Castelar.
Ele também expôs dados sobre a expectativa de vida ao nascer dos brasileiros.
A expectativa de vida ao nascer de um homem no Brasil é de menos de 71 anos no Brasil atualmente.
Já das mulheres é de pouco mais de 78 anos.
A diferença entre a expectativa de anos de vida aos 65 anos fica menor entre os gêneros.
Hoje, os homens possuem média de 16,7 anos a mais de vida nesta idade, enquanto as mulheres possuem mais 19,8 anos.
“Daqui a 15 anos, nossa expectativa de vida ao chegar aos 60 anos vai subir 3 anos”, considerou o economista.
“Estamos fazendo a reforma para uma realidade de vida que felizmente vai ser a realidade de vida da Europa, muito antes que a gente tenha a renda que esses países têm hoje em dia.”
Castelar avalia que o Brasil gasta com Previdência como se fosse um país europeu, como se fosse um “país rico”, apesar de ter uma população mais jovem.
“O Brasil gasta muito com previdência para estrutura etária da população. Não é questão se tem déficit, ou se não tem déficit, simplesmente é uma despesa grande demais”, disse.
Para o economista, sem a reforma, a carga tributária no Brasil ficará “altíssima e não vai sobrar dinheiro para outras coisas”.
“É fácil perceber que a conta não vai ser paga. Quando o imposto fica caro demais, quem paga foge do imposto. A gente já viu isso na Grécia, já viu no Rio de Janeiro”, continuou.
Segundo ele, a regra que está valendo no Rio de Janeiro atualmente sobre as aposentadorias é: “devo, não nego, pago quando puder.”

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