Anuário Estatístico da Previdência Social – Fonte MPS
Base: Ano de 2013
A - Benefícios Concedidos
No
ano de 2013, a Previdência Social concedeu 5,2 milhões de benefícios,
dos quais 86,7% eram previdenciários, 6,5% acidentários e 6,8%
assistenciais. Comparando com o ano de 2012, a quantidade de benefícios
concedidos cresceu 5,0%, com aumento de 6,3% nos benefícios urbanos e de
0,2% nos benefícios rurais. Os benefícios concedidos à clientela urbana
atingiram 80,1% e os concedidos à clientela rural somaram 19,9% do
total. As espécies mais concedidas foram o auxílio-doença
previdenciário, a aposentadoria por idade e o salário-maternidade, com,
respectivamente, 43,6%, 12,6% e 12,1% do total.
O
valor total dos benefícios concedidos em 2013 atingiu R$ 5,1 bilhões,
valor que representou um acréscimo de 13,5% em relação ao ano anterior,
com os benefícios urbanos crescendo 14,2% e os benefícios rurais 9,2%.
Considerando o valor dos benefícios, as espécies mais concedidas foram
todas previdenciárias: o auxílio-doença, a aposentadoria por idade e a
aposentadoria por tempo de contribuição, cujas participações foram de
45,9%, 10,1% e 10,0%, respectivamente. A participação dos valores dos
benefícios urbanos aumentou de 85,8% em 2012 para 86,3% em 2013 enquanto
a dos benefícios rurais passou de 14,2% para 13,7%, no período.
Em
2013, 99,5% dos benefícios concedidos à clientela rural apresentavam
valor de até um piso previdenciário, enquanto que os benefícios da
clientela urbana dessa faixa corresponderam a 42,3% do total. Observa-se
que 98,4% dos benefícios urbanos estavam contidos na faixa que atinge
até cinco pisos previdenciários. Cerca de 55,9% dos benefícios foram
concedidos a pessoas do sexo feminino, sendo que na clientela urbana
esta participação foi de 53,0% e na rural 67,4%.
Os
benefícios concedidos a pessoas com 60 anos ou mais representaram
aproximadamente 20% de todos os benefícios concedidos. Esse percentual
aparentemente reduzido deveu-se aos benefícios que são concedidos
independentemente da idade e que responderam por 71,6 % do valor das
concessões. Eram constituídos pelos benefícios de curta duração ou pelos
benefícios decorrentes de invalidez, tais como os auxílios
previdenciários, o salário-maternidade, os benefícios acidentários e o
amparo ao portador de deficiência.
O
valor médio dos benefícios apresentou um crescimento de 8,0% no ano,
passando de R$ 914,28 em 2012 para R$ 987,54 em 2013. O valor médio dos
benefícios urbanos foi 56,97% maior que o dos benefícios rurais,
respectivamente, R$ 1.064,52 e R$ 678,19. A espécie de benefício com
maior valor médio é a aposentadoria por tempo de contribuição
(R$ 1.632,07), seguida da pensão por morte acidentária (R$ 1.480,55) e
da aposentadoria por invalidez acidentária (R$ 1.336,06). O valor médio
dos benefícios urbanos concedidos a pessoas do sexo masculino (R$
1.191,66) é 25,18% maior que o do sexo feminino (R$ 951,93). Na
clientela rural esta situação se mostrou mais equilibrada, com diferença
percentual praticamente nula (R$ 678,06 e R$ 678,25).
B - Benefícios Emitidos
Em
2013, foram encaminhados para pagamento cerca de 367 milhões de
créditos, no valor de R$ 345 bilhões, o que correspondeu a um aumento de
3,59% na quantidade e 11,91% no valor emitido. O valor médio desses
créditos (R$ 939,66) foi 8,03% maior do que o do ano anterior (R$
869,85). Pouco menos de 88% do valor dos créditos corresponderam a
benefícios previdenciários, 2,6% a acidentários e 9,7% aos
assistenciais. O valor dos créditos emitidos urbanos representou 79,5%
do valor total dos créditos, sendo que as principais espécies de
créditos emitidos urbanos foram a aposentadoria por tempo de
contribuição, a pensão por morte previdenciária e a aposentadoria por
idade com, respectivamente, 34,1%, 21,3% e 12,1% do valor total. Na
clientela rural, as espécies com maior participação foram também
previdenciárias: a aposentadoria por idade, a pensão por morte e a
aposentadoria por invalidez com, respectivamente, 66,1%, 24,9% e 5,0% do
valor total.
Em dezembro de 2013, mais de 99% dos créditos emitidos para pagamento de benefícios rurais estavam grupados na faixa de valor de até um piso previdenciário, enquanto que para os benefícios urbanos, a participação foi de 57,0%. As pessoas do sexo feminino participaram com 55,9% da quantidade e 50,9% do valor dos créditos emitidos. A diferença entre o valor médio dos créditos urbanos emitidos aos homens foi 26,1% maior que o das mulheres (respectivamente R$ 1.104,61 e R$ 875,64). Na clientela rural, o valor médio dos créditos emitidos para mulheres (R$ 602,65) foi superior ao dos homens (R$ 602,23).
Em
2013, as operações de empréstimo consignado, realizadas por aposentados
e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
totalizaram R$ 26,3 bilhões. Em valores nominais – isto é, sem
considerar a inflação – o resultado foi 13,7% superior ao ano de 2012.
Pouco menos de 98% do valor dos empréstimos corresponderam a benefícios
previdenciários e 2% a acidentários. O valor dos empréstimos urbanos
representou 72% do valor total, sendo que as principais espécies de
benefícios com empréstimos consignados urbanos foram a aposentadoria por
tempo de contribuição (33,4%) e a pensão por morte previdenciária
(29,8%) do valor total. Na clientela rural, as espécies com maior
participação foram também previdenciárias: a aposentadoria por idade
(68,9%) e a pensão por morte (25,2%) do valor total.
C - Benefícios Ativos
O
valor dos benefícios ativos atingiu R$ 29,6 bilhões em dezembro de
2013, o que correspondeu a um aumento de 12,4%, com relação a dezembro
do ano anterior. Quase 80% do valor dos benefícios ativos eram da
clientela urbana e 20,7% da clientela rural. As espécies que
apresentaram maior participação em termos de valor foram a aposentadoria
por tempo de contribuição, a aposentadoria por idade previdenciária e a
pensão por morte previdenciária com, respectivamente, 26,8%, 23,3% e
22,3% do total.
O
valor médio dos benefícios ativos em dezembro de 2013 foi R$ 955,00 o
qual correspondeu a um aumento de 8,2% em relação ao ano anterior. O
valor médio dos benefícios urbanos era 57,6% mais elevado que os
benefícios rurais (R$ 1.068,91 e R$ 678,27, respectivamente). Os
benefícios do sexo masculino representaram 51,2% da quantidade e 58,3%
do valor total, o que fez com que o valor médio dos benefícios
masculinos fosse 33,7% maior do que o feminino, respectivamente R$
1.099,6 e R$ 822,7. Aproximadamente 69% dos benefícios ativos no
cadastro eram devidos a beneficiários com mais de 60 anos de idade,
porém, quando se considerou a distribuição dos benefícios segundo a
idade na DIB, esta participação foi de apenas 40,3%.
D - Benefícios Cessados
Em
2013, os principais motivos de cessação foram “volta ao trabalho” e
“morte”, que responderam, respectivamente, com 59,4% e 17,7% do total
das cessações. As espécies de benefícios com maior participação na
cessação, ao se considerar o motivo “volta ao trabalho”, foram o
auxílio-doença previdenciário e o salário-maternidade, com 68,5% e
21,3%, respectivamente. A aposentadoria por idade, aposentadoria por
invalidez previdenciária e a aposentadoria por tempo de contribuição
foram as que apresentaram maior participação no total de cessações por
“morte”, cujas participações foram de 38,0%, 17,4% e 13,5%,
respectivamente. Nas cessações cujo motivo foi a “fraude”, as espécies
com maior participação foram o auxílio-doença previdenciário, o amparo
assistencial ao idoso e a aposentadoria por idade com, respectivamente,
50,9%, 9,4% e 6,4% do total.
Na
distribuição, por sexo, dos benefícios cessados, a participação das
pessoas do sexo masculino foi de aproximadamente 47,5%. No conjunto, a
faixa quinquenal de 30 até 34 anos apresentou a maior participação nas
cessações, com 12,4% do total. Cerca de 20,1% das cessações eram de
pessoas com 60 anos ou mais, sendo que as pessoas dessa faixa
representam 83,9% do total, quando se considera o motivo “morte”.
Mais
de 67% dos benefícios cessados em 2013 apresentaram um tempo de duração
de menos de um ano e a participação dos benefícios cessados com duração
inferior a 5 anos atingiu 78,7%. Dos benefícios cujo motivo de cessação
foi “morte”, 19,6% tiveram um tempo de duração inferior a 5 anos e
35,6% dos benefícios cessados apresentaram um tempo de duração de 20
anos ou mais.
E - Beneficiários da Previdência Social
Com
relação à idade, pode-se observar que os beneficiários do INSS eram
relativamente jovens, pois 33,2% deles tinham menos de 60 anos de idade
em dezembro de 2013. O mesmo pode ser concluído a respeito dos
beneficiários do RGPS, onde 31,2% possuíam menos de 60 anos de idade em
dezembro de 2013. É possível também verificar um maior predomínio da
participação das mulheres na composição dos grupos de maior idade.
Enquanto as mulheres representam 55,9% do grupo de 60 a 64 anos, elas
são 62,4% do grupo com mais de 80 anos. Analisando os mesmos grupos de
idade para os benefícios do RGPS, as mulheres representam 56,0% do grupo
de 60 a 64 anos, e 61,9% do grupo com mais de 80 anos.
F - Acordos Internacionais de Previdência Social
Em
2013, a Previdência Social concedeu, através de acordos internacionais,
1.978 benefícios no valor de R$ 1.491 mil, o que correspondeu a um
acréscimo de 49,4% na quantidade e acréscimo de 57,3% no valor em
relação ao ano de 2012.
Durante
o ano de 2013, os créditos emitidos para remessa ao exterior de
benefícios de acordos internacionais atingiram 167,5 mil, o que
correspondeu a um acréscimo de 0,94% em relação ao ano anterior. O valor
desses créditos atingiu R$ 193,0 milhões, o que correspondeu a uma
redução de 3,44% em relação ao ano anterior. Portugal foi o país
acordante com maior participação tanto na quantidade (64,0%) quanto no
valor (61,9%) dos créditos emitidos.
Em
dezembro de 2013, considerando o total de créditos emitidos ao
exterior, as aposentadorias por idade e as pensões por morte foram as
espécies cujas participações foram mais relevantes, respectivamente,
43,4% e 29,6% do total concedido. Portugal e Espanha participaram com
60,8% e 28,9% do total concedido. As espécies de benefícios com maior
participação no valor dos créditos foram as aposentadorias por idade, as
pensões por morte e as aposentadorias por tempo de contribuição, cujas
participações foram 40,2%, 27,6% e 25,5% respectivamente do total de
créditos emitidos.
G -Serviços Previdenciários
Em
2013, a quantidade de clientes registrados nos serviços de reabilitação
profissional do INSS atingiu 53,8 mil pessoas, o que correspondeu a um
aumento de 3,48% em relação ao ano anterior. Dos clientes que tiveram
avaliação inicial conclusiva, 7,95% retornaram ao trabalho, 22,93% foram
considerados inelegíveis e 69,12% elegíveis para participar da
reabilitação. Cerca de 16,7 mil clientes foram reabilitados, o que
correspondeu a um decréscimo de 3,89%, quando comparado ao ano de 2012. A
média mensal de clientes em programa aumentou 11,5% no ano e o valor
dos recursos materiais aumentou 86,39% no período.
Em
2013 o Serviço Social atendeu aproximadamente 726,1 mil usuários. A
região Sudeste foi a que apresentou a maior participação nos
atendimentos técnicos (36,19%), seguida pela região Nordeste com
participação de 32,74%.
Em
2013 foram realizados cerca de 7,6 milhões de exames médicos periciais,
dos quais 70,5% tiveram conclusão favorável. Do total de exames, 852%
foram relativos ao auxílio-doença.
No ano de 2013, a quantidade de contribuintes empregados foi de 55,7 milhões de pessoas e o valor das remunerações pagas atingiu R$ 1 trilhão, o que correspondeu a aumentos de, respectivamente, 3,3% e 12% em relação ao ano anterior. O valor médio da remuneração dos empregados aumentou 8,4% de 2012 para 2013, passando de R$ 16.593,38 para R$ 17.986,31. A participação dos empregados do sexo masculino no total dos contribuintes e no valor da remuneração foi de, respectivamente, 59,3% e 63,9%. O valor médio da remuneração dos homens foi 31,9% maior do que o das mulheres (R$ 21.044,17 contra R$ 15.958,90).
A faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a faixa decenal que apresentou a maior quantidade de contribuintes empregados (32,7%). A maior participação no valor da remuneração foi a faixa decenal dos 30 aos 39 anos, com 32,7% do total. Cerca de 65,9% dos empregados receberam até 2 pisos previdenciários, 92,0% até 5 pisos e 2,6% receberam mais do que 10 pisos. A participação no valor da remuneração dos empregados que receberam até 2 pisos foi de 29,4%; a dos que receberam até 5 pisos atingiu 62,1% e os acima de 10 pisos participaram com 21,3% do total das remunerações.
Em
2013, o setor agropecuário participou com 3,9% do total de vínculos e
2,5% do valor da remuneração, o setor indústria com 28,9% e 31,9% e o
setor serviços com 66,6% e 65,3%, respectivamente. Os subsetores mais
representativos na quantidade de vínculos foram o comércio e reparação
de veículos automotores, os serviços prestados principalmente a empresas
e construção, com 21,7%, 13,6% e 10,7% do total. No valor da
remuneração, os três subsetores que apresentaram as maiores
participações foram o comércio e reparação de veículos automotores, os
serviços prestados principalmente a empresas e administração pública,
defesa e seguridade com 16,4%, 11,1% e 8,3%, respectivamente.
Em
setembro de 2013, quase 4,6 milhões de estabelecimentos apresentaram a
GFIP, sendo que os que declararam opção pelo SIMPLES participaram com
58,0% do total de estabelecimentos, 25,3% no número de vínculos, 15,5%
no valor da remuneração e 6,0% no valor devido declarado pelas empresas.
Cerca de 98,2% dos vínculos declarados na GFIP não estiveram expostos a
agentes nocivos e em 1,6% dos vínculos o tempo de exposição foi de 25
anos.
A
quantidade de outros contribuintes, em 2013, foi de 16,3 milhões de
trabalhadores, um aumento de 4,2% quando comparado com o ano anterior. O
valor das contribuições aumentou 11,5% no período, atingindo R$ 17,3
bilhões. A participação do sexo feminino foi de 54,6% na quantidade e
51,1% no valor das contribuições, o que fez com que o valor médio da
contribuição dos homens (R$ 1.164,45) fosse 16,9% maior do que o das
mulheres (R$ 996,30). Os contribuintes individuais representaram 76,1%
da quantidade e 73,9% do valor das contribuições e os domésticos
participaram com 12,8% da quantidade e 17,4% do valor das contribuições.
Em 2013, a faixa etária decenal dos 45 aos 54 anos foi a que apresentou maior participação na quantidade de outros contribuintes (26,8%), e para o valor das contribuições a maior participação também foi a da faixa etária dos 45 aos 54 anos (31,0%). Cerca de 12,0% dos outros contribuintes se encontravam na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 87,0% contribuíram com até 2 pisos e 96,3% com até 5 pisos. Na distribuição do valor do salário-de-contribuição, 2,4% se encontrava na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 61,8% na faixa de até 2 pisos e 81,9% com até 5 pisos. Cerca de 44,5% da quantidade de outros contribuintes foram de segurados que efetuaram 12 contribuições anuais. A análise por documento de captação revela que os outros contribuintes utilizaram a GPS em 58,6% do total de documentos, a GFIP em 39,3% e ambos em 2,1%.
I – Arrecadação
No
ano de 2013, o valor arrecadado pela Previdência Social atingiu R$
340,4 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 12,0% em relação ao
ano anterior. A contribuição efetuada pelas empresas e entidades
equiparadas (que, além da parcela da empresa, inclui parcelas relativas
aos empregados e o seguro de acidentes do trabalho) representou 79,4% do
total arrecadado no ano, as outras receitas representaram 15,0% e os
contribuintes individuais participaram com 3,1%. Quando comparada com o
ano anterior, a arrecadação de empresas cresceu 6,4%, a de outras
receitas cresceu 54,4% e a arrecadação de contribuintes individuais
cresceu 14,8%, no período.
Em
2013, do valor total da contribuição efetuada pelas empresas, 87,4%
foram destinadas ao INSS, 12,0% para outras entidades (Senai, Sesc,
etc.) e 0,6% se constituíram nos acréscimos legais devidos.
J – Cobrança
Em
dezembro de 2013, a quantidade de débitos administrativos foi de 327,6
mil, correspondendo a um valor de 107,6 bilhões. Comparada com o ano
anterior, a quantidade de débitos administrativos aumentou 12,9% e o
valor aumentou 11,3% no período. As empresas privadas participavam com
83,0% na quantidade e 71,9% no valor total dos débitos administrativos.
Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos de empresas
privadas aumentou 5,7% e o valor, 2,9%. A quantidade de débitos de
órgãos públicos federais e estaduais aumentou (36,1% e 4,4%,
respectivamente), e nos órgãos públicos municipais aumentou 70,3%. Com
relação ao valor, o aumento foi de 63,8% para os órgãos federais, de
44,7% para os órgãos municipais e de 15,9% para os órgãos estaduais.
Em
2013, a quantidade de débitos administrativos cadastrados atingiu 495,2
mil créditos, o que correspondeu a um aumento de 0,7% em relação ao ano
anterior. A quantidade de pagamentos de parcelamentos atingiu 2.200,8
mil, o que correspondeu a um aumento de 67,8% em relação ao ano
anterior. O valor dos parcelamentos foi de R$ 5,7 bilhões, o que
correspondeu a uma elevação de 24,2% em relação a 2012. A quantidade de
pagamentos de débitos administrativos foi de 26,0 mil e decresceu 15,7%
em relação ao ano anterior, enquanto que o valor foi de R$ 412,0
milhões.
Em
dezembro de 2013, a quantidade de débitos não-parcelados atingiu 1,7
milhão, no valor de R$ 234,8 bilhões, o que correspondeu a um acréscimo
de 11,5% na quantidade e de 19,6% no valor, em relação a dezembro de
2012. As empresas privadas participaram com 98,5% da quantidade e 92,5%
do valor dos débitos não-parcelados.
A
quantidade de débitos parcelados, em dezembro de 2013, foi de 149 mil, e
o valor atingiu 43,1 bilhões. Cerca de 99% da quantidade e 95% do valor
dos débitos parcelados foram de empresas privadas.
Durante
o ano de 2013, deram entrada nas câmaras de julgamento, aproximadamente
45 mil novos processos, o que correspondeu a um decréscimo de 13,83% em
relação ao ano anterior. Cerca de 30 mil processos foram julgados,
sendo negado provimento a 47,77% dos processos e dado provimento a
23,29% dos mesmos.
Em 2013, foram movimentados pelas juntas de recursos do CRPS cerca de 225 mil novos processos, o que correspondeu a um decréscimo de 36,77% em relação ao ano anterior. Foram julgados 185,5 mil processos, uma quantidade 28,31% menor do que a observada em 2012. As espécies de benefícios com maior participação nos novos processos recebidos e nos julgamentos emitidos foram o auxílio-doença e a aposentadoria por tempo de contribuição com, respectivamente, 43,21% e 19,05% dos novos processos e 45,30% e 16,46% dos julgamentos emitidos. O saldo em dezembro de 2013 foi de aproximadamente, 42,3 mil processos, o que correspondeu a um decréscimo de 46,54% do saldo observado em dezembro de 2012.
Dos
processos julgados pelas juntas de recursos em 2013 foi negado
provimento a 70,72% e dado provimento a 18,02%. As espécies de
benefícios auxílios-doença e aposentadoria por tempo de contribuição
representaram, respectivamente, 53,25% e 11,05% do total dos processos
que tiveram provimento negado. No caso dos processos onde foi dado
provimento as espécies auxílio-doença e aposentadoria por tempo de
contribuição representaram, respectivamente 26,11% e 22,06%.
M – Finanças
Em
20103, o valor total dos recebimentos do caixa do INSS atingiu R$ 431,7
bilhões, o que correspondeu a um aumento de 8,8% em relação ao ano de
2012. As principais rubricas foram “Arrecadação Bancária” e
“COFINS/LOAS”, cujas participações no total foram de 66,8% e 7,8%,
respectivamente. De 2012 para 2013, o aumento da “Arrecadação Bancária”
foi de 6,4% e o de “COFINS/LOAS” cresceu em 10,6%.
Em
2013, a relação entre a arrecadação líquida (dada pela diferença entre
recebimentos próprios menos transferências a terceiros) e o PIB foi de
6,4%; e a relação entre os pagamentos com benefícios do RGPS e o PIB foi
de 7,4%. O saldo previdenciário (diferença entre arrecadação líquida e
benefícios previdenciários) foi negativo em R$ 49,9 bilhões, o que
correspondeu a um aumento do déficit de 22,1%, quando comparado com o
ano anterior. A diferença foi negativa entre o valor da arrecadação
líquida e o total de benefícios em R$ 84,8 bilhões, cerca de 18,7% maior
que o déficit observado em 2012.
N – Contabilidade
Em 2013, o valor da despesa total do INSS foi de R$ 398,0 bilhões, o que significou um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior. As rubricas com maior participação nas despesas foram a aposentadoria por tempo de contribuição, pensão por morte previdenciária e aposentadorias por idade cujas participações foram de 24,1%, 21,2% e 21,2%, respectivamente. Os benefícios mensais ao deficiente e ao idoso representaram 8,5% do total das despesas e as despesas com pessoal e encargos sociais participaram com 2,6% daquele total.
Quantidade de Pessoas dos RPPS – 2011/2013
Em
2013, a quantidade total de pessoas vinculadas aos Regimes Próprios de
Previdência Social atingiu 9,39 milhões, sendo 4,46 milhões nos Governos
Estaduais, representando 47% do total, 0,84 milhões vinculadas às
Capitais dos Governos Municipais, representando 9% do total, 1,97
milhões nas Cidades do Interior dos Governos Municipais, representando
21% do total, e 2,12 milhões vinculados ao Governo Federal,
representando 22,5% do total. Desta análise, percebe-se que do total de
pessoas, um pouco menos de 44,03% são de vínculo federal, um pouco mais
de 30% são do âmbito municipal e em torno de 47% são dos estados. Além
da segregação por governo, a classificação por tipo de vínculo com a
previdência, assim ocorre: dos 9,39 milhões de indivíduos, 64% são
servidores e 36% são representados por aposentados e pensionistas.
Dentre
os 2,12 milhões de segurados e dependentes do RPPS da União, a maioria,
92%, é do poder executivo, e os demais 8% são dos poderes legislativo e
judiciário, demonstrando uma concentração significativa destes no poder
executivo. Com relação à classificação por tipo de vínculo com a
previdência, 52% são servidores e 48% são aposentados e pensionistas,
demonstrando uma aparente paridade na proporcionalidade entre os
servidores contribuintes e beneficiários, proporção bem diferente
encontrada quando da análise do total dos indivíduos, onde
aproximadamente 2/3 são servidores e 1/3 são os que se encontram na
condição de beneficiários. Quando a análise é temporal, entre os anos de
2011 a 2013, percebe-se que houve aumento do total dos vínculos
federais na ordem de 1%, passando de 2,09 milhões em 2011, para os
atuais 2,12 milhões. Dentre os servidores federais a redução, no mesmo
período em análise, foi de 3,3%, enquanto que entre os servidores
aposentados, houve um crescimento de 1,9%, e entre os inativos
pensionistas, houve uma redução de 0,5%.
Dos
demais 7,27 milhões de indivíduos vinculados estaduais e municipais em
2013, que estão distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil,
podemos destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes
regiões, percebe-se que a maioria destas pessoas está localizada na
região Sudeste, 47%, vindo logo em seguida a região Nordeste, com 21%, e
a região Sul, com 14%. Dentre os estados e municípios na região
Sudeste, que são 3,42 milhões, 46% são da unidade federativa de São
Paulo, em torno de 23% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais dessa
região estão distribuídos entre Minas Gerais e Espírito Santo. Com
relação à classificação destes indivíduos por tipo de vínculo com a
previdência, 67% são servidores e 33% são aposentados e pensionistas,
demonstrando uma proporcionalidade similar quando da análise do total,
onde mais de 3/4 são servidores que estão na condição de contribuintes e
em torno de 1/4 são os que estão na condição de beneficiários. De outra
forma, 3/4 estão no polo da receita (contribuintes) e 1/4 no polo da
despesa (beneficiários). Quando a análise é temporal, entre os anos de
2011 a 2013, percebe-se que houve redução do total dos vínculos
estaduais e municipais de 4,2%, passando de 7,59 milhões de indivíduos
em 2011, para os atuais 7,27 milhões. Dentre os servidores estaduais e
municipais, o decréscimo, no mesmo período em análise, foi de 6,6%,
enquanto que entre os aposentados houve crescimento de 1,4%, e entre os
pensionistas, a redução de 2%.
Fazendo
uma análise somente dos 4,46 milhões de pessoas vinculadas estaduais em
2013, que estão distribuídos em todas as unidades federativas do
Brasil, também podemos destacar diversos pontos. Quando da análise por
grandes regiões, percebe-se que a maioria destes indivíduos está
localizada na região Sudeste, 46%, vindo logo em seguida a região
Nordeste, com 25%, e a região Sul, com 10%, não se alterando muito a
proporcionalidade encontrada quando da análise conjunta dos vínculos
estaduais e municipais. Dentre os vínculos estaduais da região Sudeste,
que são 2,05 milhões, 44% são da unidade federativa de São Paulo, um
pouco menos de 20% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais dessa
região estão distribuídos entre Minas Gerais, 32%, e Espírito Santo, 4%.
Com relação à classificação destes indivíduos por tipo de vínculo com a
previdência, 60% são servidores e 40% são aposentados e pensionistas,
demonstrando uma proporcionalidade similar quando da análise do total
das pessoas vinculadas, onde 3/4 são servidores e 1/4 são os que estão
na condição de beneficiários. Quando a análise é temporal, entre os anos
de 2011 a 2013, percebe-se uma redução do total de pessoas vinculadas
estaduais de 5,3%, passando de 4,71 milhões de indivíduos em 2011, para
os atuais 4,46 milhões. Dentre os servidores estaduais, a redução, no
mesmo período em análise, foi de 8,3%, enquanto que entre os
aposentados, houve crescimento, 0,2%, e entre os pensionistas, houve a
redução de 2,8%.
Numa
análise somente dos 0,84 milhões de pessoas vinculadas municipais das
capitais em 2013, que estão distribuídos em todas as unidades
federativas do Brasil, também podemos destacar diversos pontos. Quando
da análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria desses
indivíduos está localizada na região Sudeste, 54%, vindo logo em seguida
a região Nordeste, com 17%, e a região Sul, com 10%, não se alterando
muito a proporcionalidade encontrada quando da análise conjunta das
pessoas vinculadas estaduais e municipais. Dentre as pessoas vinculadas
municipais das capitais localizadas na região Sudeste, que são 0,45
milhões, 48% são da unidade federativa de São Paulo, 40% são do Estado
do Rio de Janeiro e as demais pessoas dessa região estão localizadas
entre Minas Gerais e Espírito Santo. Com relação à classificação destes
indivíduos por tipo de vínculo com a previdência, 67% são servidores e
32% são aposentados e pensionistas, demonstrando uma proporcionalidade
similar quando da análise do total das pessoas vinculadas, onde mais de
3/4 são servidores e menos de 1/4 são as que se encontram na condição de
beneficiários. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2011 a
2013, percebe-se um crescimento de pessoas vinculadas municipais das
capitais de 1,2%, passando de 0,83 milhões em 2011, para os atuais 0,84
milhões. Dentre os servidores municipais das capitais, houve redução no
mesmo período em análise de 3,8%, enquanto que entre os aposentados
houve crescimento 13,2%, e entre os pensionistas, houve um aumento de
11%.
Fazendo
uma análise somente dos 1,97 milhões de pessoas vinculadas municipais
das cidades interioranas em 2013, que também estão distribuídos em todas
as unidades federativas do Brasil, podemos destacar diversos pontos.
Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria destes
indivíduos está localizada na região Sudeste, 45%, vindo logo em seguida
a região Sul, com 26%, e a região Nordeste, com 12%, sendo que a
proporcionalidade encontrada difere das demais análises, já que 5% das
informações foram estimadas sem identificação da unidade federativa,
muito menos da região. Dentre as pessoas vinculadas municipais das
cidades interioranas lotados na região Sudeste, que são 0,89 milhões,
52% são da unidade federativa de São Paulo, 20% são do Estado do Rio de
Janeiro e outros 24% são do Estado de Minas Gerais. Com relação à
classificação destes indivíduos por tipo de vínculo com a previdência,
82% são servidores e 17% são aposentados e pensionistas, demonstrando
uma proporcionalidade bem mais concentrada dos servidores. Quando a
análise é temporal, entre os anos de 2011 a 2013, percebe-se uma redução
do total dos servidores municipais das capitais de 4,4%, passando de
2,06 milhões de servidores em 2011, para os atuais 1,97 milhões. Dentre
os servidores municipais ativos das cidades interioranas, a redução, no
mesmo período em análise, foi de 4,7%, enquanto que entre os servidores
aposentados, a redução foi menor, 0,5%, e entre os pensionistas, houve
uma redução de 9,1%.
Quantidade de Entes Federativos por Tipo de Regime – 2011/2013
Em
2013, a quantidade total de entes federativos que oferecem algum tipo
de regime de previdência social para seus servidores atingiu 5593, sendo
3431 municípios que oferecem o regime geral de previdência social –
RGPS, representando 61% do total, 27 governos estaduais e 2030
municípios que oferecem o regime próprio de previdência social – RPPS,
representando 35% do total, e 132 municípios que oferecem regime próprio
de previdência social em extinção – RPPS em Extinção, que é um regime
de previdência somente para manutenção dos participantes e assistidos
que estavam nesse regime antes da extinção, representando 2% do total.
Desta análise, percebe-se que a maioria dos municípios guarda relação
com o RGPS.
Quando
a análise é temporal, entre os anos de 2011 a 2013, percebe-se que o
total dos entes federativos que oferecem regime de previdência social
para seus servidores ficou inalterado, porém houve migração de
municípios do RPPS para o RPPS em Extinção, ou seja, os municípios
continuaram a oferecer previdência social, porém para alguns houve troca
do tipo de regime. Assim, os municípios com RPPS reduziram em torno de
3% e os municípios com RPPS em Extinção a redução foi em torno de 61,4%.
Quando
da análise por grandes regiões, percebe-se que a Região Sudeste mantém a
proporção dos municípios por regime de previdência análoga ao do total
dos entes federativos, ou seja, em torno de 63% para o RGPS e 33% para o
RPPS. Nas Regiões Sul e Centro-Oeste, a proporção é contrária a da
análise anterior, ou seja, a maioria dos municípios tem RPPS, em torno
de 47%, e o RGPS fica com a proporção em torno de 32%. Já as Regiões
Norte e Nordeste, a proporção do RGPS é maior, em torno de 74%, e a do
RPPS é em torno de 25%.
Resultado Previdenciário dos RPPS – 2011/2013
Em
2013, o montante da receita previdenciária foi de R$ 67,55 bilhões e o
montante da despesa previdenciária foi de R$ 108,62 bilhões, tendo,
consequentemente, como resultado previdenciário o montante negativo de
R$ 41,07 bilhões. Esse resultado previdenciário, no global, é reflexo da
despesa previdenciária ser em torno de 161% da receita previdenciária.
Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a Região Sul é a
que representa a maior disparidade, já que a despesa previdenciária
representa em torno de 197% da receita previdenciária, vindo logo em
seguida a Região Sudeste, onde tal proporção é em torno de 191%, e as
Regiões Nordeste e Centro-Oeste com proporções similares em torno de
142%. A Região Norte é a única que representa uma situação do resultado
previdenciário positiva, cuja despesa previdenciária representa apenas
87% da receita previdenciária. Quando a análise é temporal, percebe-se
que em 2011, no global, a despesa previdenciária representava em torno
de 163% da receita previdenciária, maior que a situação atual em 2013 de
161%. Isso se explica, já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita
previdenciária cresceu 28%, enquanto a despesa previdenciária aumentou
27%.
Fazendo
uma análise do resultado previdenciário somente entre os governos
estaduais, percebe-se que em 2013, o montante da receita previdenciária
foi de R$ 42,75 bilhões e o montante da despesa previdenciária foi de R$
85,93 bilhões, tendo, consequentemente, como resultado previdenciário o
montante negativo de R$ 43,18 bilhões. Esse resultado previdenciário é
reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 201% da receita
previdenciária, proporção essa bem maior quando da análise do resultado
previdenciário no global, significando que a gestão previdenciária dos
governos estaduais, de uma forma geral, está mais deficitária do que
quando se analisa a gestão previdenciária de todos os entes federativos.
Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as Regiões Sul
e Sudeste representam as maiores disparidades, já que as despesas
previdenciárias representam em torno de 311% e 237%, respectivamente,
das receitas previdenciárias, vindo logo em seguida as Regiões Nordeste e
Centro-Oeste com proporções similares em torno de 163%. A Região Norte
apresenta uma situação do resultado previdenciário quase equilibrada,
cuja despesa previdenciária representa 102% da receita previdenciária.
Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2011, no global, a
despesa previdenciária representava em torno de 199% da receita
previdenciária, menor que a situação atual em 2013 de 201%. Isso se
explica, já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita previdenciária
cresceu 21%, enquanto a despesa previdenciária cresceu mais, ou seja,
23%.
Quando
a análise do resultado previdenciário é entre as capitais dos governos
municipais, percebe-se que em 2013, o montante da receita previdenciária
foi de R$ 7,81 bilhões e o montante da despesa previdenciária foi de R$
11,34 bilhões, tendo, consequentemente, como resultado previdenciário o
montante negativo de R$ 3,53 bilhões. Esse resultado previdenciário é
reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 145% da receita
previdenciária, proporção essa menor quando da análise do resultado
previdenciário no global, e bem menor quando da análise do resultado
previdenciário dos governos estaduais, significando que a gestão
previdenciária nas capitais dos governos municipais, de uma forma geral,
está mais eficiente do que quando se analisa a gestão previdenciária de
todos os entes federativos ou somente dos governos estaduais. Quando a
análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a Região Sudeste
representa a maior disparidade, já que as despesas previdenciárias
representam em torno de 195% da receita previdenciária, vindo logo em
seguida a Região Sul em torno de 124%. As demais regiões, ou apresentam
resultados praticamente equilibrados, ou seja, com proporção em torno de
107%, ou abaixo disso. Quando a análise é temporal, percebe-se que em
2011, no global, a despesa previdenciária representava em torno de 141%
da receita previdenciária, maior que a situação atual em 2013 de 145%.
Isso se explica, já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita
previdenciária cresceu 29%, enquanto a despesa previdenciária cresceu
33%.
Por
último, quando a análise do resultado previdenciário é entre as cidades
interioranas dos governos municipais, percebe-se que em 2013, o
montante da receita previdenciária foi de R$ 16,99 bilhões e o montante
da despesa previdenciária foi de R$ 11,35 bilhões, tendo,
consequentemente, como resultado previdenciário o montante positivo de
R$ 5,64 bilhões. Esse resultado previdenciário é reflexo da despesa
previdenciária ser em torno de 67% da receita previdenciária, proporção
essa melhor de todas já apresentado até aqui, significando que a gestão
previdenciária nas cidades interioranas dos governos municipais, de uma
forma geral, está mais eficiente do que quando se analisa a gestão
previdenciária dos demais entes federativos. Quando a análise é pelas
grandes regiões, percebe-se que a Região Sudeste representa a maior
proporção, já que as despesas previdenciárias representam em torno de
75% da receita previdenciária, vindo logo em seguida as Regiões Sul e
Nordeste, a primeira em torno de 71%. As demais regiões, ou apresentam
resultados bem expressivos, ou seja, com proporção em torno de no máximo
56%. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2011, no global, a
despesa previdenciária representava praticamente a mesma proporção da
receita previdenciária em 2013. Isso se explica, já que entre os anos de
2011 a 2013, a receita previdenciária cresceu 50%, e a despesa
previdenciária cresceu bem próximo, ou seja, 60%.
Resultado Operacional dos RPPS – 2011/2013
Em
2013, o montante da receita operacional foi de R$ 122,89 bilhões e o
montante da despesa operacional foi de R$ 111,78 bilhões, tendo,
consequentemente, como resultado previdenciário o montante positivo de
R$ 11,11 bilhões. Esse resultado operacional, no global, é reflexo da
despesa operacional ser em torno de 91% da receita operacional. Quando a
análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a maioria das regiões,
Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, representa o equilíbrio
financeiro, já que a despesa operacional representa por volta de 83% da
receita operacional, tendo apenas a região Norte com um resultado
operacional mais expressivo, já que a proporção despesa/receita
operacional está em torno de 62%. Quando a análise é temporal,
percebe-se que em 2011, no global, a despesa operacional representava em
torno de 89% da receita operacional, maior que a situação atual em 2013
de 91%. Isso se explica, já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita
operacional cresceu 23%, enquanto a despesa operacional cresceu 27%.
Fazendo
uma análise do resultado operacional somente entre os governos
estaduais, percebe-se que em 2013, o montante da receita operacional foi
de R$ 85,98 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 86,59
bilhões, tendo, consequentemente, como resultado operacional o montante
negativo de R$ 0,61 bilhões. Esse resultado previdenciário é reflexo da
despesa operacional ser em torno de 101% da receita operacional,
proporção essa próxima quando da análise do resultado operacional no
global, significando que a gestão operacional dos governos estaduais, de
uma forma geral, está quase que equilibrada em relação à gestão
operacional de todos os entes federativos. Quando a análise é pelas
grandes regiões, percebe-se que a Região Sudeste representa a maior
disparidade, já que as despesas operacionais representam em torno de
104% das receitas operacionais, vindo logo em seguida as Regiões Sul,
Centro-Oeste e Nordeste com proporções similares em torno de 101%. A
Região Norte apresenta uma situação do resultado operacional melhor que
as demais, já que a despesa operacional representa apenas em torno de
66% da receita operacional. Quando a análise é temporal, percebe-se que
em 2011, no global, a despesa operacional representava em torno de 99%
da receita operacional, menor que a situação atual em 2013 de 101%. Isso
se explica, já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita operacional
cresceu 20%, enquanto a despesa operacional cresceu um pouco mais, ou
seja, 21%.
Quando
a análise do resultado operacional é entre as capitais dos governos
municipais, percebe-se que em 2013, o montante da receita operacional
foi de R$ 12,62 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$
11,8 bilhões, tendo, consequentemente, como resultado operacional o
montante positivo de R$ 0,82 bilhão. Esse resultado operacional é
reflexo da despesa operacional ser em torno de 94% da receita
operacional, proporção essa bem próxima quando da análise do resultado
operacional no global, significando que a gestão operacional nas
capitais dos governos municipais, de uma forma geral, está tão eficiente
quanto o da gestão operacional de todos os entes federativos. Quando a
análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as Regiões Sudeste e Sul
representam equilíbrio nas contas operacionais, já que as despesas
operacionais representam em torno de 103% das receitas operacionais,
vindo logo em seguida as Regiões Nordeste e Centro-Oeste em torno de
88%. A Região Norte apresenta o resultado superavitário expressivo, ou
seja, com proporção em torno de 49% da relação despesa/receita
operacional. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2011, no
global, a despesa operacional representava em torno de 90% da receita
operacional, maior que a situação atual em 2013 de 94%. Isso se explica,
já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita operacional cresceu 29%,
enquanto a despesa operacional cresceu 33%.
Por último, quando a análise do resultado operacional é entre as cidades interioranas dos governos municipais, percebe-se que em 2013, o montante da receita operacional foi de R$ 24,29 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 13,38 bilhões, tendo, consequentemente, como resultado operacional o montante positivo de R$ 10,91 bilhões. Esse resultado operacional é reflexo da despesa operacional ser em torno de 55% da receita operacional, proporção essa melhor de todas já apresentado até aqui, significando que a gestão operacional nas cidades interioranas dos governos municipais, de uma forma geral, está mais eficiente do que quando se analisa a gestão operacional dos demais entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as Regiões Sul, Sudeste e Nordeste representam proporção similar do total, já que as despesas operacionais representam em torno de 62% das receitas operacionais, vindo logo em seguida a Região Centro-Oeste em torno de 53%. A Região Norte apresenta resultado bem mais expressivo, ou seja, com proporção em torno de 30%. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2011, no global, a relação despesa operacional representava praticamente a mesma proporção da receita operacional em 2013. Isso se explica, já que entre os anos de 2011 a 2013, a receita operacional cresceu 34%, e a despesa operacional cresceu em torno de 63%.
Investimentos dos RPPS – 2011/2013
Em
2013, o montante dos investimentos dos recursos dos entes federativos
atingiu R$ 174,9 bilhões. Deste recurso, em torno de 59% está
concentrado na Região Sudeste, em torno de 3% na Região Sul, e em torno
de 39% nas demais regiões. Quando a análise é temporal, percebe-se que
em 2011, no global, os investimentos montavam o valor de R$ 114,34
bilhões, o que representou um crescimento nominal em torno de 53% de
2011 a 2013, já que o montante atual é de R$ 174,9 bilhões. Esse
crescimento está atrelado ao resultado operacional positivo do período
supracitado.
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
(48) 9636-7322
(48) 9976-6974
ricardobergamini@ricardobergamini.com.br
http://www.ricardobergamini.com.br


ricardobergamini@
http://www.ricardobergamini.
0 comentários:
Postar um comentário