É uma vergonha ver os políticos
de venderem em troca de um cargo, são todos (ou quase todos) uns canalhas em o mínimo
de escrúpulo, uns mercenários.
Deuvair Ferreira
Congresso mantém 26 vetos de Dilma; sessão foi suspensa
O reajuste salarial aos servidores do Judiciário e outros cinco vetos não foram votados por falta de quórum
23 set 2015
07h46
atualizado às 10h12
Após mais de cinco horas, a
sessão conjunta do Congresso Nacional foi encerrada na madrugada desta
quarta-feira (23) por falta de quórum. Partidos da oposição entraram em obstrução
e o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou a sessão antes
da apreciação de vetos considerados sensíveis ao governo, como o que trata do reajuste salarial entre 53% e
78,56% aos servidores do Judiciário e o que estende a
aplicação da regra do reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas
do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
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Renan Calheiros durante a
sessão de votação Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Mais cedo, quando a sessão
ainda tinha quórum, os deputados e senadores mantiveram os vetos aos projetos
que tratam do fim do fator previdenciário e ao que acaba com a isenção do
PIS/Cofins para o óleo diesel. Foram mantidos também outros 26 vetos. Eles
constam da pauta de 32 vetos da presidente Dilma Rousseff a diversos projetos
de lei. Nenhum dos itens alcançou o mínimo de 257 votos na Câmara dos Deputados
para voltar a valer como lei.
A sessão caiu após partidos
da oposição como o PSDB, DEM, PPS, PSB e da base aliada como o PV, PSD e PDT
terem entrado em obstrução, questionando a pouca presença de parlamentares no
plenário.
O líder do governo no Senado,
Delcídio Amaral (PT-MS), disse que, apesar do encerramento, a sessão demonstrou
força do governo que conseguiu manter a maioria dos vetos. Ele creditou o
encerramento da sessão ao avançado da hora e à queda de quórum na Câmara. “Para
quem duvidava que a gente avançasse, hoje nós demos uma demonstração de força”,
disse.
Segundo Delcídio, o governo
estava disposto a votar todos os vetos. “Os números mostraram que nós íamos
concluir os vetos. Mas agora, pelo avançado da hora, nos tivemos um problema de
quórum”, completou.
Já o líder do DEM, o senador
Ronaldo Caiado (GO), minimizou o resultado. Segundo o oposicionista, a maior
parte dos vetos mantidos não tratava de temas polêmicos. “Na próxima sessão,
provavelmente esses vetos serão derrubados”, disse.
Ao finalizar a sessão, o
presidente do Congresso não sinalizou quando haverá outra sessão para a análise
de vetos, mas o líder do governo disse que vai conversar com Renan para tratar
de uma nova data. “O governo queria votar”, disse.
Desde o início da manhã, os
servidores do Judiciário faziam manifestação em frente ao Congresso Nacional.
Munidos com cartazes e cornetas, eles tentavam fazer corpo a corpo junto aos
deputados para pedir a derrubada do veto. Caso o pedido fosse confirmado,
segundo as contas do Executivo, o reajuste custaria R$ 36,2 bilhões, em quatro
anos.
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