O CLIMA MUDOU? O HOMEM? O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO?
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Aposentados em Alerta
às
16:54
O CLIMA MUDOU?
O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO
AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO?
Luiz Ferreira da Silva
Pesquisador aposentado da CEPLAC
e
Hermes Almeida
Ex- Pesquisador da CEPLAC e
Professor da Universidade Estadual da Paraíba.
Vamos pegar o exemplo da capital
paulista. São 6,2 milhões de veículos
mandando para o ar que respiramos,
toneladas de gases emanados dos canos de
descargas dos veículos impulsionados por
energia fóssil, a do petróleo.
O álcool, um amenizador, entra em
pouca percentagem. Mas não contribui tanto,
inclusive polui com a queima das palhas da
cana, além de emitir gases.
Essa mão humana no contexto, não só
prejudica a nossa saúde, como altera o nosso
céu. Não sei se ao ponto de mudar o clima,
mas certamente de bagunçar as correntes de
ar, provocar os famosos “abafamentos” e
provavelmente alterar as concentrações das
quedas pluviométricas.
Fiquemos por aqui, hoje, só nesse
parâmetro da ação maléfica do bicho-homem.
Deixemos o desmatamento, o esgotamento
sanitário, os gases industriais, as áreas
antropizadas, a eutrofização das águas, a
degradação dos solos para uma outra
apreciação.
Veja e se “assunte” que são agressões
a uma ambiência, outrora, pura, em todos os
seus parâmetros, resultando um desequilíbrio
dos ciclos da natureza.
Isso é uma verdade aos olhos de
todos. Nada de ser cientista para enxergar.
Os eventos extremos do Tempo são, a
priori, variações naturais. As ações
antrópicas degradam o meio ambiente, cujos
efeitos que antes eram “normais” passam a
ser extremos. As chuvas, por exemplo,
resultam de nuvens convectivas,
especialmente, às cumulonimbus (Cb),
porque elas se formam devido as diferenças
nas correntes convectivas térmicas. Esse tipo
de precipitação ocorre, com maior frequência
no verão ou em dias típicos de verão, em
outra estação do ano.
Áreas antropizadas, pois, favorecem
não somente a formação desse tipo de
nuvens, mas ampliam os seus efeitos em
razão do aumento no escoamento superficial.
As cidades, em especial, as regiões
metropolitanas, como a referida, SP,
com grandes áreas antropizadas
oportunizam, em geral, condições para
formar Cbs, cuja espessura vertical pode
alcançar 16 km e milhões de toneladas água,
que precipitam com elevadas intensidades,
com descargas elétricas e trovões, podendo
ocorrer ventos fortes e granizo.
Recortes geográficos modificados
resultam, na sua maioria, no balanço de
energia à superfície maiores e, portanto,
elevam-se as temperaturas do ar.
Para uma mesma altura de chuva, que
no ambiente natural resultava apenas numa
cheia (normal), ocasiona nesse ambiente
modificado uma repercussão maior, com
inundações e alagamentos.
Imagine, ademais, a falta de estrutura
das Cidades, desprovidas de obras de
escoamento, drenagem interna, contenção de
barreiras e de “pôlders”!
Em síntese, para aclarar a questão:
ambientes modificados ocasionam efeitos
extremos de qualquer elemento
meteorológico.
Portanto, mudar o ambiente, não
significa mudança no clima e muito menos
ainda, mudança climática.
Então, o clima continua o mesmo,
igualzinho de dantes, porém o Homem é
quem mudou a ambiência, bagunçando os
ciclos atmosféricos e os eventos pluviais, de
modo a alterar o regime de chuvas, a
temperatura e a umidade do ar.
Em outras palavras, a ambiência
degradada resulta em outro ambiente E a
cada vez mais, os reflexos negativos para o
planeta, via enchentes, queda de barreiras,
alteração do perfil de equilíbrio dos rios e
tempestades marítimas.
Portanto, meu caro leitor, a coisa é feia
e ultrapassa as pomposas reuniões dos
países ricos, no seu “mise en scene”
(encenação) ridículo, prometendo metas e
mais metas, somente para jogar para a
plateia.
Enquanto eles “palram”, vamos nos
juntar aos gaúchos na construção de suas
cidades devastadas por fenômenos da
natureza, provocados pelo próprio Homem,
bem como ajudar às milhares de famílias
atingidas, deixando-os jogando conversa fora
com o catastrofismo da mudança climática,
quando são os responsáveis maiores pela
destruição da Mãe Natureza.
No momento, vamos reconstruir Porto
Alegre e tantas outras cidades menores do
RS. Mas não vamos ficar só nisso e daqui
uns 6 meses cair no esquecimento e
continuar no mesmo diapasão de dantes.
Isso, jamais!
Vamos, isso sim, fincar nas nossas
mentes a necessidade urgente de uma NOVA
ORDEM AMBIENTAL, pressionando aos
nossos governantes incessantemente,
ajuizando, inclusive, as ongs ambientais de
discurso repetitivo. (Maceió/AL, 20/05/2.024)
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