Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

O CLIMA MUDOU?

O CLIMA MUDOU? O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO? Luiz Ferreira da Silva, 87 Engenheiro agrônomo e Escritor. Pesquisador aposentado da CEPLAC/BA. Vamos pegar o exemplo da capital paulista. São 6,2 milhões de veículos mandando para o ar que respiramos, toneladas de gases emanados dos canos de descargas dos veículos impulsionados por energia fóssil, a do petróleo. O álcool, um amenizador, entra em pouca percentagem. Mas não contribui tanto, inclusive polui com a queima das palhas da cana, além de emitir gases. Essa mão humana no contexto, não só prejudica a nossa saúde, como altera o nosso céu. Não sei se ao ponto de mudar o clima, mas certamente de bagunçar as correntes de ar, provocar os famosos “abafamentos” e provavelmente alterar as concentrações das quedas pluviométricas. Fiquemos por aqui, hoje, só nesse parâmetro da ação maléfica do bicho- homem. Deixemos o desmatamento, o esgotamento sanitário, os gases industriais, as áreas antropizadas, a eutrofização das águas, a degradação dos solos para uma outra apreciação. Veja e se “assunte” que são agressões a uma ambiência, outrora, pura, em todos os seus parâmetros, resultando um desequilíbrio dos ciclos da natureza. Isso é uma verdade aos olhos de todos. Nada de ser cientista para enxergar. A propósito, o Dr. Hermes Almeida, Climatologista renomado, ex- ceplaqueano e professor titular da Universidade Federal da Paraíba, com sabedoria, nos ensina: Os eventos extremos do tempo são, a priori, variações "naturais". As ações antrópicas contribuem para formar Cb (cumuloninbus), porque ela se forma devido as diferenças nas correntes convectivas térmicas. Por isso, que os Cbs ocorrem, com maior frequência no verão ou em dias típicos de verão, em outra estação.do ano. As cidades, em especial, as regiões metropolitanas, como a de SP, por exemplo, com as ações antrópicas, em geral, geram condições para formar Cbs, cuja. espessura vertical de um pode chegar a 16 km e milhões de toneladas água. Então, o clima continua o mesmo, igualzinho de dantes, porém o Homem mudou a ambiência, bagunçando os ciclos atmosféricos e os eventos pluviais, de modo a alterar a precipitação pluviométrica, a temperatura e a umidade do ar; ou seja, a ambiência degradada resulta em outro ambiente, E a cada vez mais, os reflexos negativos para o planeta, via enchentes, queda de barreiras, alteração do perfil de equilíbrio dos rios e tempestades marítimas. Portanto, meu caro leitor, a coisa é feia e ultrapassa as pomposas reuniões dos países ricos, no seu “mise en scene” (encenação) ridículo, prometendo metas e mais metas, somente para jogar para a plateia. Enquanto eles “palram”, vamos nos juntar aos gaúchos na construção de suas cidades devastadas por fenômenos da natureza, provocados pelo próprio Homem, bem como ajudar às milhares de famílias atingidas, deixando-os jogando conversa fora com o catastrofismo da mudança climática, quando são os responsáveis maiores pela destruição da Mãe Natureza. No momento, vamos reconstruir Porto Alegre e tantas outras cidades menores do RS. Mas não vamos ficar só nisso e daqui uns 6 meses cair no esquecimento e continuar no mesmo diapasão de dantes. Isso, jamais! Vamos, isso sim, fincar nas nossas mentes a necessidade urgente de uma NOVA ORDEM AMBIENTAL, pressionando aos nossos governantes incessantemente, ajuizando, inclusive, a ruma de ongs ambientais de discurso curto. (Maceió/AL, 16/05/2.024)

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