BOLSA FAMÍLIA, RETROCESSO SOCIAL.
BOLSA FAMÍLIA, RETROCESSO SOCIAL.
Luiz Ferreira da Silva, 87
luizferreira1937@gmail.com
Luiz Gonzaga em vozes da seca, chamava a atenção: - “uma esmola, seu dotô, a um
homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.
O outro Luiz, também nordestino, parece que fez ouvidos moucos ou na sua ganância
por votos, de poder desmedido, ao oficializar um monte de benesses aos pobres, com o
mote do combate à fome e levá-los a novos degraus socioeconômicos.
E aí tome bolsas de tudo que é jeito e maneira, viciando um bando de desocupados
que estão se tornando parias remunerados, estimulando-os a viverem na vagabundagem.
Do dinheiro que recebem dos nossos bolsos, retiram uma boa parte para fazer uma
fezinha nos “BETS”, em torno de R&3 bi que, certamente, vão fazer falta à sua mesa.
Adicionalmente, há informações vindas do meio rural que a turma se senta embaixo
de uma sombra, para jogar baralha e dominó, enquanto as lavouras carecem de mão de
obra.
Veja pois o tiro no pé do governo. Desvia o nosso dinheiro “one way”, cria uma fatia
significativa de preguiçosos que jamais darão retorno, tolhendo o desenvolvimento do país
pelo dinheiro jogado fora, num país carente de bons serviços.
Nenhum país se tornou desenvolvido- primeiro mundo – com essa estratégia política,
que só beneficia à essa classe, do presidente ao vereador, significando um crescimento à
moda rabo de cavalo, que cresce para baixo.
Agora, nas eleições 2024, a máquina de dinheiro foi acionada com muitas promessas
de novos afagos, incluindo ônibus de graça, bolsas estaduais etc., um chamamento ao voto
de cabresto.
Tem que se criar um programa para os pobres? É justo, mas não para dar tudo de
graça, mas os ensinando a pescar, ao invés de dar o peixe.
Quando na década de 40, frequentei o Grupo Escolar Inácio de Carvalho, na Cidade
de Coruripe, AL, tínhamos aulas no período da manhã, retornando para casa às 12 horas
para almoçar. Os alunos levavam seu próprio lanche das 10 horas, geralmente uma fruta da
época colhida no quintal. Também uma quartinha para tomar água fresca.
Pela tarde, às 15 horas, o retorno para os trabalhos manuais. As meninas com seus
bastidores para aprender bordar e costurar; e os meninos com serras em arco para se iniciar
na arte da marcenaria ou alfaiataria.
Todos imbuídos da necessidade de sair da escuridão do analfabetismo e estimulados
pelos pais que visualizavam uma vida melhor para os seus filhos, bem diferente da sua
trajetória sacrificada. Não queriam isso para eles.
Hoje, não há esse sentimento doméstico em casa, e se precisa atrair as crianças para
a escola, com pratos de comida e incentivos estipendiários aos pais. Mas estamos num
mundo em desando, melhor do que viver nas ruas, mercê dos atrativos das drogas.
Então, dever-se-ia acabar com os “bombons” políticos viciantes e investir em serviços
nas áreas pobres, como saneamento, melhorias habitacionais, saúde e educação sanitária.
Adicionalmente, a implantação de centros comunitários, eivados de ensino em tempo
integral para as crianças; treinamento profissional para os adultos e agência de colocação
da mão de obra qualificada nas empresas.
Assim, todos ganham e o país mais ainda, diferentemente das famigeradas bolsas
que é um verdadeiro “revertero”, e todos perdem. (Maceió, Al, 04.10.2024)
A MÃE NATUREZA NOS ENSINANDO O CAMINHO DO BEM
A MÃE NATUREZA
NOS ENSINANDO O CAMINHO DO BEM.
Luiz Ferreira da Silva, 87
Manoel Malheiros Tourinho, 84
(Floresta amazônica, fonte de ensinamentos)
O título do artigo que faz o conteúdo desse capítulo, é o mesmo de um
livro do primeiro autor desse capítulo, editado e lançado em 2018. A obra que
agora os autores revivem, foi fruto de mais de 50 anos de estudo e pesquisa do
primeiro autor, sobre os solos tropicais como força interativa de alto valor
ambiental.
Nos trópicos, os solos se formam rápido como também se intemperizam,
condicionando a vida na sua superfície, tanto a vida humana como a não-
humana. Os humanos, apesar de Sapiens, não entendem ou não querem
entender a sabedoria da natureza.
Não querem saber, por exemplo, que os solos trabalham e se perpetuam
sob a “lei do mínimo” e a natureza vive em ampla solidariedade ecológica. Uma
entidade divina, bastante espiritualizada, que favorece os grandes avanços da
ciência na via dos conhecimentos integrados. É a mãe natureza dando régua e
compasso para gerenciar o mundo, sem destrui-lo, seguindo o lema USAR
SEM DEPREDAR.
Há na natureza diversos trabalhos comunitários, um tipo de
solidariedade natural, uma perfeita harmonia Natura-Naturans, como menciona
Francisco I, em diversas Cartas Apostólicas que clama aos cristãos o amor a
Terra. “A Terra geme a dor do parto”. As ‘praças biológicas” de micro-
organismos, que o se desconhece para o bem e manutenção da sociedade
humana ecossistêmica, são destruídas completamente nas obras mega
capitalistas como a exploração mineral, a construção de hidroelétricas, a
expansão urbana com o aterro de zonas florísticas alagadas, entre outros. A
Natureza só nos ensina os caminhos do bem. Então vamos lá. Ela vai nos
ensinar sem cobrar taxas de inscrição, mensalidades ou outros tipos de taxas
de acumulação. Então, vamos lá:
Primeiro, coloquemos uma mochila nas costas e visitemos a floresta
amazônica lá para as bandas do Xingu. Sem drones e mapas com imagens.
Paremos numa bela castanheira e, numa linguagem “fito telepática”,
escutemos o que ela tem a nos ensinar.
- Sua copa apara as águas, amortecendo a força energética, evitando
erodir o solo.
- As bromélias que se agarram ao seu frondoso caule, formam um meio
de cultura para diversos micro-organismos que vão trabalhar em funções
especificas.
- As parceiras, ao seu redor, árvores do mesmo tope, outras mais baixas
até chegar aos extratos inferiores, formam uma comunidade de irmãos, vivendo
em comensalismo, ajudando-se para a preservação de todos, sobretudo
cuidando do solo e da água.
- O sistema amplo de raízes finas a grandes pivotantes se interagem
com as bactérias, fungos, nematoides e animais, remexendo o solo e o
enriquecendo de nutrientes. Neste contexto a minhoca funciona como um
arado, mas sem destruir a capa orgânica, ou seja, como os arados da
mecânica humana.
- A água se amolda ao terreno suprindo as necessidades das plantas,
dos animais e recarregando o lençol freático.
- De repente, surge o uirapuru com seu canto melodioso para encantar
as fêmeas, como se fosse um buquê de flores à sua amada. Não tem o
sentimento nocivo do “dar ou desce”.
- Um carapanã zune e lhe rouba um pouco de sangue, sem qualquer
infecção, pois faz parte do sistema de auto sustentabilidade.
- No oco de uma andiroba, um enxame de abelhas, no seu projeto de
polinização, contribuindo para a perpetuação das espécies, em parceria com os
belos beija flores que não se cantam de imitar os helicópteros.
Esta resumida descrição fito ecológica já ensina ao Homem sobre
solidariedade, trabalhar em mão dupla, preservar-se e aos seus, não destruir a
o seu meio e caminhar de mãos dadas no mesmo passo.
Daquele ambiente salutar, continue andar até chegar ao mar. Arreie o
matulão e se sente nas areias brancas de quartzo e sinta a brisa do mar
salitrado.
Receba a energia do trabalho das ondas e o espumar da limpeza dos
sargaços. Lá, além os arrecifes com vida, através do plâncton, provendo as
espécies marinhas, observe as gaivotas se refestelando.
Tudo isso, são ensinamentos de humildade, trabalho diuturno e
compromisso.
Nessa viagem, em todos os nichos visitados, um outro ensinamento
capital, a capacidade de mudar. De repente, muda o seu meio e as espécies
vão se selecionando naturalmente, adaptando-se, como é o caso da
castanhola, árvore ornamental, que vicejava nos baixios úmidos e teve que
migrar para as áreas secas, quando aqueles se inundaram. Diferentemente, o
Homem tem medo da morte, do futuro e da mudança, incapaz de enfrentar,
recorrendo aos psicólogos ou ao colo da mamãe.
Entretanto, não é ela quem vai lhe dar guarida, mas a Mãe Natureza que
pode lhe fazer o bem, desde que aprenda os seus ensinamentos e se enturme
no seu grupo, espelhando-se ao mesmo tempo no macaco jupará ou no urubu
que, sem irem à escola, plantam, respectivamente, cacau e dendê e vivem
felizes e faceiros.
Quem é o irracional? Como se depreende o ser humano tem
negligenciado os ensinamentos da Natureza. Então o humano é o irracional?
Os fundamentalistas bíblicos dizem não; os ecologistas ou os que vivem
ecologiando a natureza, dizem sim. É provável que existam tantos “gostos”
possíveis a responder essa pergunta. Um encaminhamento dialético é que
natureza e cultura são opostas, porém, da mesma moeda plasmada na trilogia:
Criatura-Natureza-Criação. Tudo está interligado. Não existe uma separação
clara entre natureza e cultura.
Mas o que vale a pena proteger ou mudar porque constitui uma ameaça
ou um transtorno? Entretanto, assim que a mente passa explorar ideias mais
abrangentes, até culturalmente construídas foram da ambiência, os cenários-
razões naturais e culturais, podem mudar de figura, conteúdos e formas.
Os autores, com experiencias vivenciais no assunto, afirmam que as
endogenias proporcionam os melhores meios de tratar com a natureza e
escrever com esta um novo contrato natural, respaldado em novas formas de
manejá-la, construídas em ontologias de raiz, ainda que venham ser evolutivas.
A floresta amazônica, para cumprir a sua função termostática do clima,
deveria permanecer tão intacta e inalterada quanto possível. Maneja-la com
“regras de quintal”, porque permitem regras de uso da terra mais maleáveis.
Isso não aconteceu.
E hoje se clama pela agricultura ombrófila; a Amazônia pedindo,
clamando pela sombra, ao invés da agricultura a “céu aberto” a qualquer custo
de insumos de elevados preços financeiros e ambientais. Até o cacau,
atividade agro econômica emblemática da agro-fruticultura-florestal, está sendo
forçado a mudar o manejo a favor da “desambientaçao” da atividade.
Se vê, pois, que o extrativismo, ainda que tenha escrito uma história
econômica saudável para a região, foi jogado no desterro e substituído por
cultivos e cultivares, de alhures, sem nenhuma adesão a cultura e ao território.
Melhor seria a “tecnificação” do Homem Original, visando tornar a terra
mais produtiva, porém sem destruí-la, possibilitando uma convivência com as
árvores extratoras e os cultivos adaptados ao ambiente e fundamentais à sua
sobrevivência e felicidade grupal. (01/10/2024)
X (EX-TWITTER) VOLTOU NO BRASIL. OU QUASE ISSO, ENTENDA A POLÊMICA
TECHaoMINUTO
X (ex-Twitter) voltou no Brasil. Ou quase isso. Entenda a polêmica
O acesso está sendo possível por wi-fi, em celulares, em algumas cidades do país, incluindo São Paulo e Belo Horizonte
X (ex-Twitter) voltou no Brasil. Ou quase isso. Entenda a polêmica
© Getty Images
Notícias ao Minuto Brasil
18/09/24 10:38 ‧ Há 7 Horas por Folhapress
Tech X-JUSTIÇA
(FOLHAPRESS) - Bloqueado no Brasil desde o início de setembro, o X (antigo Twitter) voltou a funcionar na manhã desta quarta-feira (18) para alguns usuários. O acesso está sendo possível por wi-fi, em celulares, em algumas cidades do país, incluindo São Paulo e Belo Horizonte.
Procurado pela reportagem, o STF (Supremo Tribunal Federal) afirma que está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. "Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes", diz .
A rede social do bilionário Elon Musk foi derrubada de forma "imediata, completa e integral" por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, do dia 30 de agosto. O bloqueio ocorreu depois de a plataforma desobedecer decisões judiciais de forma recorrente, como perfis e postagens com ataques considerados criminosos a delegados da Polícia Federal (PF).
Quem consegue acessar a rede relata certa lentidão para atualizar o aplicativo e "engasgos" para subir imagens. Apesar disso, o retorno do X já é o assunto mais comentado da rede social e rende memes.
A volta do aplicativo foi condicionada ao cumprimento de ordens judiciais proferidas pelo ministro relacionadas à ferramenta, ao pagamento das multas pagas e à indicação, em juízo, de pessoa física ou jurídica como representante do X em território nacional.
Além da investida contra a operação do X no Brasil, Moraes também decidiu bloquear as contas da empresa Starlink, que também de Musk. A medida seria uma forma de cobrar multas aplicadas contra o X.
A decisão, sob sigilo, alegou que as duas empresas fazem parte do mesmo grupo econômico. O bloqueio das contas foi decidido por Moraes no último dia 18 -um dia após Musk decidir fechar o escritório do X no Brasil.
Um total de R$ 18,35 milhões de reais de contas bancárias do X e da Starlink foram bloqueados e, posteriormente, transferidos para a conta da União. Segundo o STF, o X tinha cerca de R$ 7,3 milhões em suas contas e a Starlink tinha R$ 11 milhões. Após a transferência, Moraes desbloqueou as contas bancárias e os ativos financeiros das empresas do bilionário no Brasil.
Apesar do pagamento, não havia garantia do retorno da rede social, já que outras ordens, como a de um representante legal no Brasil, ainda não foram cumpridas.
No Supremo, tramitam duas ações contra a decisão de Moraes que suspendeu o X e determinou multa a a quem usar subterfúgios tecnológicos para a continuidade das comunicações pela plataforma, como o VPN.
Elas ficaram sob a responsabilidade do ministro Kassio Nunes Marques -ele pediu que a PGR e a AGU (Advocacia-Geral da União) se manifestassem sobre o tema.
As ações são ADPFs (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), tipo de processo que questiona se houve desrespeito à Constituição.
A decisão de Moraes foi validada pela Primeira Turma do Supremo, com cinco integrantes, e não foi levada ao plenário, composta pelos 11 ministros. Gonet afirmou que a decisão da Primeira Turma "corresponde a decisão do Supremo Tribunal sobre o assunto".
Leia Também: Elon Musk cede e vai contratar funcionários de segurança para o X
O OVO ESTÁ COZINHANDO
GAZETA DO POVO
Quarta-feira, 18 de Setembro de 2024.
Rodrigo Constantino
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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Censura
O ovo está cozinhando
Por
Rodrigo Constantino
18/09/2024 10:11
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Deputada María Elvira Salazar apresentou projeto que pode impedir a entrada nos EUA de acusados de violar a liberdade de expressão de cidadãos americanos.| Foto: EFE/Lenin Nolly
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A deputada republicana María Elvira Salazar, representante da Flórida, apresentou nesta terça (17) um polêmico projeto de lei no Congresso dos Estados Unidos que pode impedir a entrada de autoridades estrangeiras acusadas de violar a liberdade de expressão de cidadãos americanos. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Alexandre de Moraes, é mencionado explicitamente como um possível alvo da medida.
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O projeto, chamado "No Censors on our Shores Act", Salazar propõe uma emenda à Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA. Se aprovada, a legislação permitirá que oficiais estrangeiros, incluindo ministros do STF, sejam considerados inadmissíveis ou até mesmo deportados caso sejam acusados de violar direitos da Primeira Emenda de americanos.
O Brasil será um pária mundial sob sanções econômicas, como os demais países do eixo do mal. A batata está assando. Ou, se preferir, o ovo está cozinhando...
Em seu discurso de apresentação, a deputada Salazar declarou: "O ministro Alexandre de Moraes é a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão contra cidadãos americanos como Elon Musk. Os responsáveis pela censura não são bem-vindos na terra dos livres, os Estados Unidos". Salazar foi a mesma congressista que puxou uma foto de Alexandre no comitê para assuntos internacionais e o chamou de "operador totalitário" do direito.
Embora Moraes seja o único ministro do STF mencionado nominalmente, o projeto de lei poderia potencialmente afetar outros membros da corte brasileira, caso sejam acusados de ações semelhantes. A proposta surge em meio à recente controvérsia envolvendo Moraes, o empresário Elon Musk e a rede social X (antigo Twitter), que ganhou repercussão internacional.
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Trump e Musk: dois patriotas preocupados com a América
O projeto de lei, se aprovado, poderia ter implicações significativas para as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, especialmente no que diz respeito às visitas de autoridades judiciais brasileiras ao país norte-americano, mas também agentes policiais e lideranças políticas como os presidentes da Câmara e do Senado.
Essa não foi a única notícia preocupante para autoridades brasileiras cúmplices dos abusos de Alexandre. A Casa Branca, por meio de sua porta-voz, finalmente se manifestou sobre a censura imposta ao antigo Twitter. Uma jornalista da Globo fez a pergunta sobre o banimento do X numa entrevista coletiva, mas a emissora sequer publicou a resposta - talvez por desagradar sua linha editorial.
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Audiência em Congresso americano expõe ditadura brasileira
Karine Jean-Pierre, a porta-voz da Casa Branca, disse que liberdade de expressão inclui o acesso irrestrito às redes sociais: "Acho que quando se trata de redes sociais, sempre fomos muito claros de que todos devem ter acesso às redes, é uma forma de liberdade, de liberdade de expressão". O The New York Post repercutiu a resposta, que foi ignorada pela própria Globo.
Isso ocorreu durante o fim do governo Biden, que está senil e "desaparecido". Imagina se Donald Trump voltar à Casa Branca ano que vem! Certamente a chapa vai esquentar para o lado dos censores brasileiros, ainda mais quando lembramos da proximidade de Trump com Elon Musk. O dono da X, aliás, divulgou nesta terça que o Iêmen tem acesso agora aos satélites da Starlink. O Iêmen! Tudo que é país pode utilizar a internet da Starlink. Já o Brasil...
O mundo observa atento o que se passa em nosso país. Nesta terça concedi entrevista ao canal Rebel TV, do Canadá. O apresentador estava bem por dentro dos abusos de Alexandre e seus cúmplices, e esteve na manifestação de 7 de setembro na Paulista. Cada vez mais gente fala disso e reage. Uma jornalista alemã fará um documentário sobre os crimes alexandrinos. O custo do sistema de mantê-lo será cada vez mais alto. O Brasil será um pária mundial sob sanções econômicas, como os demais países do eixo do mal. A batata está assando. Ou, se preferir, o ovo está cozinhando...
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/maria-salazar-censura-brasil-ovo-esta-cozinhando/
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DECISÃO DO STF CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE BOLSONARO PODE CUSTAR MAIS DE R$130 BI
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Quarta-feira, 18 de Setembro de 2024.
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Decisão do STF contra reforma da Previdência de Bolsonaro pode custar mais de R$ 130 bi
Por
Carinne Souza
18/09/2024 12:47
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Decisão do STF contra reforma da Previdência de Bolsonaro pode custar mais de R$ 130 bilhões à União.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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A invalidação de dispositivos da reforma da Previdência promulgada em 2019, que está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), pode ter um impacto fiscal de pelo menos R$ 132,6 bilhões. A Corte está julgando 13 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) que tratam da reforma realizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e ao menos quatro delas devem ser invalidadas e resultar em impactos econômicos significativos para os cofres federais.
O cálculo é de nota técnica da Advocacia Geral da União (AGU) obtida pelo Estadão/Broadcast, que aponta para o efeito fiscal da invalidação desses quatro dispositivos. Embora o julgamento tenha sido interrompido, já há maioria formada para derrubar esses pontos.
Em dois deles, de acordo com o estudo da AGU, a União deve ser impedida de acionar gatilhos que poderiam reduzir o déficit atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS, a Previdência dos servidores) em R$ 126,5 bilhões.
Outro artigo, que cria cálculos diferenciados para as alíquotas da contribuição paga por mulheres no regime geral (INSS) e no regime do serviço público, tem risco fiscal estimado em R$ 6,1 bilhões para o RPPS. O julgamento do tema está suspenso após o pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, em junho. Ele seria o último a votar.
A Corte já formou maioria para derrubar os pontos, detalhados nesta reportagem da Gazeta do Povo. Porém, os ministros ainda podem alterar seus votos até a proclamação do resultado.
Os dilemas em torna de reforma da Previdência têm se arrastado enquanto especialistas já alertam para a necessidade de novas mudanças tendo em vista que previsão do déficit previdenciários nas contas públicas para os próximos anos é de piora.
Nos 12 meses encerrados em maio deste ano, as contas do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS) tinham um rombo equivalente a 3,12% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior desde março de 2021. Enquanto isso, as contas públicas como um todo registraram um déficit primário de 2,53% do PIB, de acordo com o Banco Central.
O rombo previsto para este ano no regime geral é de R$ 272,5 bilhões. Para o regime próprio dos servidores da União, o déficit projetado é de R$ 56 bilhões, o que corresponde a 0,56% do PIB.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/decisao-do-stf-contra-reforma-da-previdencia-de-bolsonaro-pode-custar-mais-de-r-130-bi/?ref=principais-manchetes
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O ENTREVERO COM AS APOSENTADORIAS DO INSS
** O ENTREVERO COM AS APOSENTADORIAS DO INSS **
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Embargos no ritmo normal das Aposentadorias? -Culpa de Aposentados-...
O que realmente dificulta o seu ritmo normal? -Culpa dos Aposentados-...
Por que o bom funcionamento nunca aparece? -Culpa dos Aposentados-...
Disseram que culpas são de Aposentados? Sim! -Culpa dos Aposentados-...
Porquê SM não tem índice fixo pra todos, dificuldades? -Culpa de Aposentados-...
Aposentados não podem ter corretivo do Mínimo? Não! -Culpa de Aposentados-...
Culpados os aumentos divergentes? Naturalmente sim! -Culpa de Aposentados-...
Há Segurados sem a mesma correção do Mínimo? Sim! -Culpa de Aposentados-...
Enfim, há enxovalhamento nas Aposentadorias? Talvez! -Culpa de Aposentados-...
Por que Segurados considerados lesados não podem reclamar por Aposentados-...
Porque suas aposentadorias não passam de Direitos esquecidos e dispersados!-...
Vejam Executivos e Legislativos a falta de tirocínio tirado de inocentes Aposentados-...
Controle das aposentadorias é a mais dificultosa e ainda fustigam mais Aposentados-...
Agora, trabalhem em dobro, com dois Mínimos, para normalizar vida de Aposentados-...
ALMIR PAPALARDO.
PORTO ALEGRE ALERTA - MACEIÓ, O PARAÍSO DAS ÁGUAS
PORTO ALEGRE ALERTA
MACEIÓ, O PARAISO DAS ÁGUAS.
LUIZ FERREIRA DA SILVA, 87
luizferreira1937@gmail.com
Engenheiro Agrônomo e Escritor, Pesquisador aposentado da CEPLAC.
Maceió é marcada pela presença de diversos rios, lagoas e lagos que
contribuem para a paisagem natural da região. Neste contexto hidrográfico,
sobressai o Rio Mundaú que desagua na lagoa do mesmo nome, formando
paisagens cênicas ecológicas. A foto mostra a cidade ao fundo vendo o mar
abraçar a lagoa, sentindo a necessidade de se “enturmar” com vista à própria
sobrevivência.
Trata-se, pois, de uma Cidade privilegiada por sua hidrografia, cujos
“nichos” contribuem para a sua beleza natural, além de desempenharem um
papel importante na preservação do meio ambiente e no fornecimento de
espaços de lazer para os habitantes e visitantes da região.
Três cenários ambientas se destacam no seu entorno:
1. A mata atlântica erguida sobre os solos de tabuleiros que distava a uns
3 km em linha reta da planície de inundação construída pelo mar;
2. O mar com seus arrecifes formando praias calmas e caracterizado
pela cor de suas águas; e
3. O complexo lagunar, interagido nesse contexto ambiental, de ictiologia
rica, sobressaindo o famoso sururu, molusco bivalve, alimento e
provedor de rendas dos pobres da sua margem.
*. Pois bem, o que o Homem vem fazendo nesses últimos 50 anos? A
expansão urbana destruiu a mata no primeiro patamar e, mais ao fundo, a cana-
de-açúcar destruiu grande parte, não respeitando as áreas ribeirinhas e nem a
topografia declivosa. Espécies de plantas e de animais extintos, num atentado à
mãe Natureza.
*. Por outro lado, falta de esgoto sanitário e a ação do Homem sem
educação ambiental, descartando o lixo onde bem lhe aprouver, têm maculado
a natureza marinha, poluindo as praias, antes encantadoras. E não esquecer a
especulação imobiliária. Um exemplo, a bela praia da Ponta Verde. A ganância
imobiliária tomou parte da praia, reduzindo a pista de rolamento com a edificação
de prédios a uma distância mínima do mar. Essa primeira faixa urbana
começaria mais adiante, na atual segunda quadra. Assim, a planície arenosa
seria alargada e o mar continuaria seu trabalho constante de levar e trazer, de
subir e descer, num processo normal ecológico. Ao invés da atual avenida
litorânea, estreita e já com tráfego complicado, seria bem espaçosa, com duas
pistas de cada lado e um canteiro central arborizado com espécies das restingas.
Uma beleza cênica sem igual.
Como o mar resgata tudo aquilo que lhe pertence, não por mandado
judicial, mas por decisão da Mãe Natureza, de vez em quando avança e o
Homem tenta conter sua força erosiva com imensos blocos de cimentos. Até
quando e a que custo?
*. E nesta inconsequência ecossistêmica, as lagoas não escaparam. Uma
das paisagens mais bonitas do Nordeste é o complexo lagunar de Alagoas,
sobretudo da Capital, Maceió, de influência marinha, não só pela beleza cênica,
como pela riqueza e diversidade biológica. Os problemas das lagoas se
resumem no assoreamento e na descarga de dejetos (urbanos e industriais), que
são efeitos, cujas causas são o desmatamento dos divisores de água contíguos
ao espelho d'água, a eliminação da vegetação ciliar e das vertentes dos grandes
rios, acarretando modificações no perfil de equilíbrio do manancial hídrico, com
diversas consequências ambientais (físicas e biológicas) e poluição advinda do
lixo, dos esgotos e dos resíduos industriais.
Então, prezado leitor, Maceió se assenta ao nível do mar conectado com
as lagoas, onde desenvolveram os bairros de elevado grau social, econômico e
cultural – Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca, Mangabeiras – em terrenos antigos
das restingas, com lençol freático a poucos metros da superfície.
Essa configuração “eco-geográfica”, a torna vulnerável às alterações do
complexo hidrológico, discriminado anteriormente, que, à medida que o Homem
agride à Natureza, pode provocar uma catástrofe, pois ela não perdoa àqueles
que não respeitam as suas leis.
E, como sabemos, o” bicho-homem” é o único animal capaz de destruir a
sua própria espécie, mercê da ganância imediatista e da sua insensibilidade aos
apelos da Mãe Natureza.
É importante um lembrete mais, sobretudo às grandes metrópoles, a
exemplo de São Paulo. Imagine, por hipótese, ruas contínuas asfaltadas
cobrindo uma área de 10.000 km quadrados, sobre a qual cai uma chuva de 100
mm. Ou seja, 1 bilhão de litros que deveriam alimentar os canais hídricos
subterrâneos e recarregar os rios, mas seguem um outro caminho, o da
destruição. Não haverá “bocas de lobo” e nem piscinões que deem jeito.
E esse outro, presentemente, que continua batendo em nossa cara
maceioense, que merece letras maiúsculas:
O MAU EXEMPLO DA “BRASKEM”, UM CRIME ECOLÓGICO SEM
PRECEDENTES NO MUNDO, FRUTO DA GANÂNCIA NA EXPLORAÇÃO
DESCOMEDIDA DE UM BEM DA NATUREZA, TANTAS VEZES DENUNCIADA
PELO DR. ABEL GALINDO, PROFISSIONAL DE RENOME, INCLUINDO A
PLANO DE SAÚDE - MODELO ATUAL ESTÁ FALIDO, DIZ ESPECIALISTA
GAZETA DO POVO
Modelo atual está falido, diz especialista
Para Roque Khouri, o atual modelo de planos de saúde está falido. “Ele tem uma judicialização excessiva, um custo elevadíssimo para o consumidor e um formato engessado que também prejudica as operadoras”, afirma.
Segundo dados da ANS, o prejuízo operacional acumulado pelas Operadoras de Plano de Saúde foi de R$ 18 bilhões de 2021 a 2023. Em 2023, o rombo foi de R$ 5,92 bilhões na modalidade médico-hospitalar.
“O prejuízo operacional não significa que as OPS tenham tido resultado final negativo, pois as receitas financeiras são importantes para as OPS pela própria natureza do seu negócio, ou seja, elas recebem a contraprestação dos beneficiários (mensalidades) e há um intervalo de tempo até que as despesas assistenciais sejam pagas”, explica.
“Mas o resultado operacional é importante para a sustentabilidade das OPS, principalmente porque a taxa de juros tende a cair e, por isso, as receitas financeiras tendem a diminuir”, acrescenta.
Para ele, deve ser discutido um novo modelo que permita que os planos possam oferecer mais produtos aos consumidores, não somente o ambulatorial e o hospitalar. É necessário formatar produtos com capacidade de atender as diversas camadas de usuários nas diferentes faixas etárias”, diz.
O QUE ACONTECERIA SE PUDÉSSEMOS LEMBRAR DE ABSOLUTAMENTE TUDO?
BBC NEWS BRASIL
O que aconteceria se pudéssemos lembrar de absolutamente tudo?
Ilustração de cabeça com várias imagens como se fossem memóriasCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Você gostaria de recordar cada detalhe da sua vida?
Article information
Author,Pedro Raúl Montoro Martínez, Antonio Prieto Lara e Julia Mayas Arellano
Role,The Conversation*
12 agosto 2023
Lembrar de absolutamente tudo seria incrível, não é? Funes, o memorioso, pode não ter a mesma opinião.
Aos 19 anos, ele bateu a cabeça com força ao andar a cavalo e, quando voltou a si, percebeu que havia adquirido o incrível talento (ou talvez a maldição) de lembrar tudo o que percebia ao seu redor.
“Essas memórias não eram simples; cada imagem visual estava ligada a sensações musculares, térmicas e assim por diante. Podia reconstruir todos os sonhos, todos os entressonhos. Duas ou três vezes havia reconstruído um dia inteiro; nunca havia duvidado, mas cada reconstrução exigia um dia inteiro. No entanto, Funes não era muito capaz de pensar. Pensar é esquecer as diferenças, é generalizar, abstrair. No mundo lotado de Funes só havia detalhes, quase imediatos”.
Salomão, o memorável
Na realidade, Funes nunca existiu. Ao menos fora da mente prodigiosa do escritor argentino Jorge Luis Borges e do conto "Funes, o memorioso", publicado em 1942.
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Mas, por mais extraordinário que possa parecer, houve alguém muito parecido no mundo real.
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Estamos falando de Solomon Shereshevski, um mnemonista profissional russo que viveu em Moscou na primeira metade do século 20 e que foi estudado pelo neuropsicólogo Alexander R. Luria.
Seu livro "A mente de um mnemonista" (1968) descreve exaustivamente esse caso e é considerado uma joia da literatura científica.
Shereshevski conseguia lembrar com precisão longas sequências de letras, números e palavras que mostravam para ele apenas uma vez, mesmo décadas depois, e sem erros.
A memória de Solomon poderia ser descrita como “fotográfica”, pois tudo que ele via, lia ou ouvia se transformava em uma memória que ele percebia claramente com o “olho” de sua mente, como se estivesse realmente vendo.
Capa do livro "A mente de um mnemonista"CRÉDITO,UNIVERSIDADE DE HARVARD
Legenda da foto,O livro que o neuropsicólogo soviético Alexander Luria escreveu sobre Solomon Shereshevsk
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Ele também fazia cópias das informações em formatos sensoriais diferentes do original, fenômeno conhecido como sinestesia.
O próprio Salomão descreveu como se lembrava das listas de palavras:
“Normalmente sinto o sabor e o peso da palavra… e não tenho mais nada o que fazer, ela se lembra de si mesma. Sinto uma coisa amanteigada escorregar pela minha mão, feita de vários pontos muito muito claros, que formigam um pouco a minha mão esquerda e já não preciso mais”.
No entanto, Salomão tinha uma incapacidade de extrair o significado de textos longos, de entender os duplos sentidos de poesias, piadas ou provérbios e até de fazer raciocínios lógicos e matemáticos.
Além disso, Shereshevski tinha dificuldade para lembrar rostos e vozes de outras pessoas.
Podemos tirar uma conclusão desse caso: uma memória superlativa não parece implicar maior inteligência ou melhor capacidade de raciocínio lógico ou abstrato.
William James, um dos pais da psicologia contemporânea, já havia apontado no final do século XIX: "Se nos lembrássemos de tudo, seríamos tão deficientes na maioria das vezes como se não lembrássemos de nada... O resultado paradoxal é que uma condição para lembrar é que devemos esquecer”.
Uma enciclopédia de arrependimentos
Outro caso bem conhecido parece apoiar a ideia de que uma maior capacidade de memória não necessariamente leva a uma memória melhor.
Nascida em 1965, Jill Price é uma americana que consegue lembrar, com riqueza de detalhes e com a mesma intensidade emocional da primeira vez, tudo o que aconteceu em sua vida.
Essa condição é conhecida como hipertimesia e envolve uma memória autobiográfica exacerbada, que se torna disfuncional e patológica.
O principal problema é que Jill não controla o acesso a essas memórias, em vez disso, elas a sobrecarregam quando ela se depara com um encontro ou outras memórias vinculadas.
“A maioria das pessoas considera isso uma bênção, mas eu chamo de fardo”, explica ela. "Todos os dias eu repasso toda a minha vida na minha cabeça e isso está me deixando louca."
Jill PriceCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Jill Price gostaria de poder esquecer algumas coisas
Ela ainda consegue se lembrar de cada uma das vezes em que sua mãe lhe disse que ela estava engordando na adolescência, com o mesmo fardo emocional que sentia então.
A memória dela se tornou uma enciclopédia de arrependimentos que a persegue frequentemente.
O caso de Jill Price foi exaustivamente investigado pela disciplina de neuropsicologia e ela mesma escreveu um livro contando sua história.
Os testes de inteligência apontaram que ela tem uma capacidade intelectual normal, embora sejam detectadas algumas deficiências no pensamento abstrato e outras funções executivas.
Como podemos ver, uma memória ilimitada não nos torna mais inteligentes ou, infelizmente, mais felizes.
As pessoas costumam dizer que o tempo cura tudo, mas no caso de Jill Price, os momentos ruins de sua vida estão sempre vivos em sua cabeça.
Os campeões mundiais da memória
Um caso bem diferente é o dos mnemonistas profissionais, aquelas pessoas que memorizam longas listas de números, palavras ou datas a uma velocidade vertiginosa em "campeonatos da memória".
Por mais surpreendente que pareça, a maioria desses "prodígios" não tem uma memória qualitativamente diferente de qualquer um de nós.
Na verdade, eles atingem esse grande desempenho de memória treinando várias horas por dia durante anos.
A história de Joshua Foer, um jornalista seduzido pelo assunto ao fazer uma reportagem e que, um ano depois, foi proclamado vencedor do United States Memory Championship 2006, é bastante ilustrativa.
Qual era o seu segredo? O treinamento maciço em regras mnemônicas, conforme descrito em seu divertido livro "Os desafios da memória".
Homem olhando para tela de computadorCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,A memória pode ser treinada
O curioso é que, além das informações específicas para as quais são treinados, esses profissionais cometem os mesmos erros de memória que os demais mortais.
Eles esquecem onde estacionaram o carro ou o aniversário de um amigo como qualquer outra pessoa. Na verdade, os casos de memória fotográfica genuína são tão extraordinários que não representam um fenômeno estatisticamente relevante na população.
Se lembre de esquecer
Voltamos à pergunta do início: o que aconteceria se pudéssemos nos lembrar de absolutamente tudo?
A pergunta é interessante porque nos permite questionar a própria natureza desse processo mental tão importante em nossas vidas.
A memória não é um registro preciso e muito menos literal da realidade, nem um arquivo histórico do passado.
Não é reprodutivo, mas reconstrutivo: abstrai, resume, esquematiza, constrói e generaliza a partir do momento em que a informação é adquirida.
Assim que lemos ou ouvimos um texto, esquecemos muito das palavras reais que foram usadas. É assim que destilamos a essência da mensagem, o nuclear, o simbólico, o interessante.
Ilustração de cabeça em formato de árvore sendo desmatadaCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Esquecer é tão importante quanto se recordar, apontam especialistas
A memória se desvincula dos detalhes, se torna abstrata, se torna semântica desde o início de sua obra. Essa é a maneira pela qual uma memória saudável e ativa se adapta às demandas de um ambiente em mudança.
A memória fotográfica, nos pouquíssimos casos descritos pela ciência, pode ser considerada uma aberração, por excesso, da memória. Ou melhor, uma aberração do esquecimento.
Porque esquecer, apesar de sua má impressão, é tão necessário quanto recordar para permitir que a memória use as informações do passado de forma adaptativa para viver no presente e antecipar o futuro.
Então agora você já sabe: nunca esqueça de lembrar de esquecer.
*Pedro Raúl Montoro Martínez e Julia Mayas Arellano são professores titulares e Antonio Prieto Lara é professor assistente PhD no Departamento de Psicologia Básica da Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) em Madrid, na Espanha
Este artigo foi publicado originalmente no The Conversation e foi compartilhado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia o texto original aqui.
STF JULGA SE PLANOS DE SAÚDE PODEM AUMENTAR MENSALIDADE DE IDOSOS
STF julga se planos de saúde podem aumentar mensalidade de idosos
GAZETA DO POVO
Julgamento contrapõe idoso e operadora de saúde
O caso concreto a ser julgado pelo STF é um recurso da Cooperativa de Serviços de Saúde dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed) à decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS), que considerou abusivo o reajuste do plano de saúde em razão da mudança da faixa etária.
Para o plano de saúde, o Estatuto do Idoso não poderia ser aplicado, já que o contrato foi firmado antes da vigência da norma.
O julgamento estava suspenso desde junho de 2020. Na época, a relatora – ministra Rosa Weber, hoje aposentada – votou pela aplicação do estatuto, impedindo o reajuste da mensalidade quando o consumidor completa 60 anos.
O voto foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, além de Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, estes dois últimos já aposentados.
Divergiram da relatora os ministros Marco Aurélio Mello, também aposentado, e Dias Toffoli. Ambos consideraram inconstitucional a aplicação do estatuto nesse caso.
Com o placar de 4 a 2, o caso foi levado ao plenário físico a pedido do ministro Gilmar Mendes. Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux se declararam impedidos e não vão participar do julgamento.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/stf-julga-se-planos-de-saude-podem-aumentar-mensalidade-de-idosos/?utm_source=salesforce&utm_medium=emkt&utm_campaign=newsletter-economia&utm_content=economia
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Especialistas acreditam na proteção ao idoso
Para os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, a tendência é de que o plenário leve em consideração a proteção dos direitos constitucionais.
Solange de Campos, do escritório Carvalho & César Advogados Associados, diz que a questão está diretamente relacionada com a preservação de direitos fundamentais à vida e à saúde, previstos na Constituição.
“Qualquer contrato que não respeite esses direitos deve ser considerado abusivo. E, por óbvio, os contratos de planos de saúde visam, acima de tudo, o lucro das empresas, mitigando todos os princípios constitucionais básicos”, afirma.
Para Cardoso, o espírito da legislação é proteger duplamente o idoso. “Ela entende que o idoso é vulnerável como consumidor e pela idade”, afirma Cardoso. “Considerando ainda os números estratosféricos de lucro que os planos de saúde têm hoje, entendo que seria razoável pensar em uma decisão favorável."
Paulo Roque Khouri, especialista em Direito do Consumidor, concorda que a probabilidade maior é que os planos, mesmo anteriores ao estatuto, não sejam autorizados a reajustar além das regras estabelecidas pela lei de 2003. Mas isso, segundo ele, não deve resolver o problema para essa faixa da população.
“O idoso hoje não tem oferta de planos. Os individuais são altíssimos, inacessíveis para a grande maioria. Por isso, praticamente não existem mais”, pondera. “Por outro lado, o modelo dos planos coletivos acaba reajustando os valores bem acima do que as pessoas podem pagar.”
Reajustes são foco de contestação
Cardoso lembra que os contratos antigos não são o único objeto de pendengas judiciais envolvendo os planos de saúde. Os reajustes, sobretudo em contratos coletivos atuais, são temas constantes de judicialização.
Atualmente, os planos individuais têm reajustes anuais balizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Este ano o índice autorizado foi de 6,91%.
Mas os planos coletivos (por adesão ou empresariais) não estão sujeitos a esse limite. Seus reajustes dependem do contrato firmado entre o consumidor e a operadora de saúde. Portanto, podem ser maiores que os estabelecidos pela ANS para os planos individuais.
Por isso, parte dos consumidores acaba mudando de plano todo ano, em busca de opções mais baratas, ou recorrendo à Justiça. “Há situações em que os reajustes são desarrazoáveis”, diz Cardoso. “Por isso é fundamental estar atento às cláusulas do contrato, que nem sempre são claras.”
6 DICAS PARA MANTER MEMÓRIA AFIADA COMO A DO NEUROCIENTISTA RICHARD RESTAK, DE 81 ANOS
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6 dicas para manter memória afiada como a do neurocientista Richard Restak, de 81 anos
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07:22
Article information
Author,Laura Plitt
Role,BBC News Mundo
16 março 2023
Com o passar dos anos, lembrar-se das coisas parece cada vez mais difícil. Onde deixei as chaves do carro? Como se chama a filha daquela prima distante? Qual o nome do ator daquele filme de que eu tanto gostava?
Mas este processo de desgaste da memória não é inevitável. Quem garante é Richard Restak, neurologista e professor da Faculdade de Medicina e Saúde do Hospital da Universidade George Washington, nos Estados Unidos. Ele é autor de cerca de 20 livros sobre a mente humana.
O renomado cientista tem 81 anos, cabelos grisalhos e memória impecável. E afirma que, se exercitarmos nossa memória diariamente, da mesma forma que se faz com o corpo, é possível mantê-la ativa e em plena forma.
Em conversa com a BBC News Mundo (o serviço em espanhol da BBC), Restak ofereceu conselhos fundamentais para treinar e fortalecer nossa memória.
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Richard Restak sentado em casa e sorrindo para a fotoCRÉDITO,DIVULGAÇÃO
Legenda da foto,Richard Restak exercita a mente todos os dias
1. Leia livros de ficção
Os livros de não ficção são uma grande fonte de conhecimento e informações, mas, para ativar a memória, os romances são muito mais úteis.
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“Os livros de não ficção, como o último que escrevi, não exigem muito em termos de memória. Você pode ler o índice e concentrar-se naquilo que interessa, por exemplo”, afirma Restak.
“Mas a ficção é muito mais exigente do ponto de vista da memória, especialmente quando se trata de um romance complexo”, explica o professor. “Ali, os personagens aparecem e desaparecem. Você pode encontrar alguém no segundo capítulo que depois só irá aparecer no capítulo 10.”
Reter o fio da história, os vínculos entre os personagens e os detalhes da trama exige um esforço de memória maior, em comparação com os livros de não ficção.
Mulher lendo livro na camaCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Romances são melhores para exercitar a memória que os livros de não ficção
2. Transforme as palavras em imagens
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Este é um princípio básico. Restak sugere, por exemplo, que, se for apresentado a alguém com o sobrenome Greenstone – Pedraverde, em português – você deve visualizar na sua cabeça uma pedra de tom verde intenso.
Esta estratégia simples ajudará sua mente a se lembrar daquele sobrenome sem problemas.
“Se você não fizer isso e ficar só com as palavras, pode acontecer de você depois não se lembrar se é Pedrazul ou Pedrapreta, por exemplo”, explica ele.
Outro truque usado pelo especialista é criar um mapa mental de lugares com os quais esteja muito familiarizado, como seu bairro, para relacioná-los a coisas de que quer se lembrar.
Se o objetivo, em algum momento, for se lembrar de comprar leite e pão, Restak relaciona as palavras com dois lugares do seu mapa para compor imagens dramáticas, difíceis de esquecer.
“Imagino minha casa virada de lado, com leite brotando da chaminé (como se fosse uma caixa de leite) e esparramando pela rua”, descreve ele. “E, quando passo pela biblioteca e olho pela janela, imagino que as estantes estão cheias de fatias de pão no lugar dos livros.”
3. Faça jogos mentais com seus amigos (e quando estiver sozinho)
Um dos jogos favoritos de Restak para as festas ou reuniões familiares, que é um excelente exercício para a memória, é o chamado jogo das “20 perguntas”.
O jogo consiste em um jogador (ou equipe) pensar em uma pessoa, coisa ou lugar, enquanto o outro jogador (ou equipe) deve adivinhar do que ou de quem se trata, fazendo até 20 perguntas que só podem ser respondidas com “sim” ou “não”.
A dificuldade do jogo reside no fato de que os dois lados precisam se recordar tanto das perguntas como das respostas, para não dar pistas falsas, não repetir perguntas e chegar, por eliminação, à resposta correta.
Se você estiver sozinho e for amante do esporte, por exemplo, tente relembrar todos os jogadores da sua equipe favorita. Quando eles estiverem na sua mente, passe a colocá-los em ordem alfabética e enumere a lista de jogadores nessa ordem.
4. Use a tecnologia (de forma inteligente)
Homem no corredor de supermercado com celular na mãoCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Na próxima vez que você for ao supermercado, tente se lembrar dos produtos que precisa comprar antes de conferir a lista de compras
Levar no celular uma lista dos produtos que queremos comprar no supermercado ou uma foto de algo que nunca compramos, mas queremos experimentar, não é necessariamente uma má ideia.
O uso de celulares e aparelhos similares faz com que nossa memória se debilite, mas podemos usar a tecnologia a nosso favor.
Quando você for ao supermercado, por exemplo, Restak recomenda tentar primeiro se lembrar do que foi comprar e só depois consultar a lista, para evitar esquecer alguma coisa.
O mesmo acontece com os produtos novos: tente lembrar como eles são e, depois que conseguir, confirme com a foto para ver se está certo.
A ideia, segundo o professor, é “não substituir a memória pelo aparelho, mas usar primeiro o cérebro e depois verificar seu desempenho”.
5. Faça a ‘siesta’
Em alguns países, a siesta (tirar uma soneca no inpicio da tarde) não tem fama muito boa, mas diversos estudos demonstraram que fazer uma siesta rápida é fundamental para ajudar a memória. Restak faz uma siesta todos os dias e afirma que ela ajuda a absorver informações, consolidá-las e codificar a memória, para depois ter acesso a ela.
“De fato, quando tomamos dois grupos de estudantes e permitimos que um deles faça uma siesta depois de aprender algo e o outro não, observamos que o grupo que dormiu um pouco aprendeu muito melhor”, afirma Restak.
A recomendação do professor é dormir de 20 a 40 minutos. “Se passar da hora, você irá interferir com o sono noturno. Por isso, ligue o alarme ou peça a alguém que o acorde.”
6. Melhore a alimentação
Mais do que alimentos específicos, Restak afirma que o principal é evitar certos alimentos, como os ultraprocessados – os que contêm excesso de gorduras, sais, conservantes etc.
“Esses alimentos não são bons para a memória porque, a longo prazo, reduzem a circulação sanguínea nas regiões relacionadas à memória e causam hipertensão e diabetes”, explica ele. “São fatores que podem causar demência.”
POR QUE ESQUECER É UMA FUNÇÃO NORMAL DA MEMÓRIA - E QUANDO SE DEVE FICAR PREOCUPADO
BBC NEWS BRASIL
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Por que esquecer é uma função normal da memória - e quando se deve ficar preocupado
Cabeça com várias imagens sobrepostasCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Quanto mais tempo vivemos, mais experiências temos e mais informações temos para lembrar
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Author,Alexander Easton
Role,The Conversation*
24 fevereiro 2024
Esquecer-se de coisas no dia a dia pode ser um pouco irritante ou, à medida que envelhecemos, um pouco assustador. Mas é parte da função normal da memória - permitindo-nos seguir em frente ou abrir espaço para novas informações.
As nossas memórias não são, na verdade, tão confiáveis quanto a gente pensa. Mas que nível de esquecimento é normal? Tudo bem confundir os nomes dos países, como o presidente dos EUA, Joe Biden, fez recentemente? Vamos analisar as evidências.
Quando nos lembramos de algo, nossos cérebros precisam aprender a memória (codificar), mantê-la segura (armazenar) e recuperá-la quando necessário (recuperar). E o esquecimento pode ocorrer em qualquer parte desse processo.
Ao receber informação sensorial pela primeira vez, o cérebro não consegue processar tudo. Assim, usamos nossa atenção para filtrar as informações para que o que é importante possa ser identificado e processado.
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Isso significa que, quando estamos codificando nossas experiências, estamos codificando principalmente aquilo em que estamos prestando atenção.
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Quando alguém se apresenta em um jantar enquanto prestamos atenção em outra coisa, não codificamos o nome. É uma falha de memória (esquecer), mas é totalmente normal e bastante comum.
Hábitos e estrutura, como sempre colocar as chaves no mesmo lugar para que não tenhamos que codificar sua localização, podem nos ajudar a contornar o problema.
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Ensaiar também é importante para a memória. As memórias que mais duram são aquelas que ensaiamos e recontamos muitas vezes (embora muitas vezes adaptemos a cada releitura e, provavelmente, nos lembremos do último ensaio em vez do evento real em si).
Na década de 1880, o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus ensinou a um grupo de pessoas sílabas sem sentido, que elas nunca tinham ouvido antes, e analisou o quanto lembraram delas ao longo do tempo. Ele mostrou que, sem ensaio, a maior parte da nossa memória desaparece dentro de um ou dois dias.
No entanto, se as pessoas ensaiassem as sílabas repetindo-as em intervalos regulares, o número de sílabas que poderiam ser lembradas por mais que apenas um dia aumentou sensivelmente.
Mas essa necessidade de ensaio pode ser outra causa do esquecimento diário. Quando vamos ao supermercado, podemos codificar onde estacionamos o carro, mas quando entramos na loja, estamos ocupados ensaiando outras coisas que precisamos lembrar (nossa lista de compras). Como resultado, podemos esquecer a localização do carro.
O que nos revela outra característica do esquecimento: podemos esquecer informações específicas, mas lembrar da essência.
Quando saímos da loja e percebemos que não lembramos onde estacionamos o carro, provavelmente podemos lembrar se era à esquerda ou à direita da porta da loja, no limite do estacionamento ou mais para o centro.
E, assim, em vez de ter que percorrer todo o estacionamento até encontrá-lo, podemos fazer a busca em uma área relativamente definida.
Uma senhora mostra fotografias a uma criança CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Hábitos e estrutura, como sempre colocar as chaves no mesmo lugar, podem ajudar a evitar alguns pequenos esquecimentos do dia a dia
O impacto do envelhecimento
À medida que as pessoas envelhecem, elas se preocupam mais com a memória. É verdade que nosso esquecimento se torna mais pronunciado, mas isso nem é sinal de problema.
Quanto mais tempo vivemos, mais experiências temos e mais temos a lembrar. Não só isso, mas as experiências têm muito em comum, o que significa que pode se tornar complicado separar esses eventos em nossa memória.
Se você só passou férias na praia na Espanha uma vez, você vai se lembrar com grande clareza. Agora, se você já foi de férias para a Espanha muitas vezes, visitou diversas cidades em momentos diferentes, lembrar se algo aconteceu na primeira vez em Barcelona ou na segunda, ou se seu irmão estava nas férias em Maiorca ou Ibiza, torna-se mais desafiador.
A sobreposição de memórias, ou interferência, atrapalha a recuperação de informação. Imagine arquivar documentos no seu computador. Ao iniciar o processo, você tem um sistema claro, em que saberá onde encontrar cada documento que guardar.
Mas à medida que mais e mais documentos entram, fica difícil decidir a qual das pastas ele pertence. Você também pode começar a colocar muitos documentos em uma pasta porque todos eles estão relacionados a um mesmo item.
Isso significa que, com o tempo, torna-se difícil recuperar o documento certo quando precisar dele, seja porque você não consegue saber onde o colocou, ou porque sabe onde ele deve estar, mas há muitas outras coisas para pesquisar.
Mas não esquecer também pode ser perturbador. O transtorno de estresse pós-traumático é um exemplo de uma situação em que as pessoas não conseguem esquecer. A memória é persistente, não desaparece e muitas vezes interrompe a vida diária.
Pode haver experiências semelhantes com memórias persistentes no luto ou em casos de depressão, condições que podem dificultar o esquecimento de informações negativas, quando esquecer seria extremamente útil.
Esquecer não necessariamente afeta a tomada de decisão
Esquecer-se de coisas é comum, e à medida que envelhecemos isso se torna mais comum. Mas esquecer nomes ou datas, como Biden fez, não necessariamente prejudica a tomada de decisões. As pessoas mais velhas podem ter conhecimento profundo e boa intuição, o que pode ajudar a neutralizar tais lapsos de memória.
Claro que, em alguns casos, esquecimentos podem ser sinal de um problema maior, e conversar com um médico pode ser necessário. Fazer as mesmas perguntas sempre é um sinal de que esquecer é mais do que apenas um problema de distração quando tentava codificar a informação.
Da mesma forma, esquecer como circular em ambientes muito familiares é um sinal de que você está com dificuldade para usar pistas do ambiente para lembrar de como se locomover. E embora esquecer o nome de alguém no jantar seja normal, esquecer como usar talheres não é.
Em última análise, esquecer não é algo a se temer - em nós ou nos outros. Costuma ser um mau sinal quando em caso extremos de esquecimento.
* Alexander Easton é professor de psicologia da Universidade de Durham.
**Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original em inglês
QUATRO MAUS HÁBITOS QUE AFETAM A MEMÓRIA QUANDO ENVELHECEMOS (E COMO CORRIGIR ISSO)
BBC NEWS BRASIL
4 maus hábitos que afetam a memória quando envelhecemos (e como corrigir isso)
© Getty Images
"A memória é o diário que todos nós carregamos conosco."
Foi assim que o escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) definiu a memória.
No entanto, à medida que envelhecemos, algumas páginas deste registro das nossas vidas podem se extraviar ou se perder. E isso não é apenas desconcertante, mas também doloroso.
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O professor Charan Ranganath, diretor do Laboratório de Memória Dinâmica da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, é um dos neurocientistas mais renomados no estudo da memória — e ele garante que o risco de isso acontecer pode ser minimizado.
Em conversa com a BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, o autor do livro Why We Remember ("Por que nos lembramos", em tradução livre) identificou quatro maus hábitos que a maioria das pessoas tem — e que, segundo ele, afetam a capacidade do nosso cérebro de lembrar das coisas.
Ele deu também algumas dicas para corrigi-los.
O neurocientista Charan Ranganath passou os últimos 25 anos de sua carreira estudando como o cérebro funciona
O neurocientista Charan Ranganath passou os últimos 25 anos de sua carreira estudando como o cérebro funciona
© Michael Rock/Cortesía Editorial Península
1. Não descansar o suficiente
À medida que os seres humanos envelhecem, tendem a dormir menos horas e, como se não bastasse isso, problemas no trabalho, econômicos e de saúde podem afetar a qualidade do sono, uma combinação que pode ser bastante prejudicial para a saúde.
“Sabemos agora que o cérebro possui um sistema que drena as toxinas que se acumulam nele, incluindo a proteína amiloide, que está envolvida no desenvolvimento de Alzheimer. Este sistema é ativado durante a noite”, observa Ranganath.
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O neurocientista, que há 25 anos estuda o funcionamento do cérebro, explica que o sono também tem uma função restauradora.
“Se uma pessoa não dorme o suficiente, a função frontal do cérebro é reduzida, assim como o seu nível de tolerância ao estresse; e, por isso, ela não é capaz de se concentrar adequadamente.”
Mas, durante a noite, o cérebro não só elimina elementos nocivos e recarrega as baterias, como também organiza as nossas memórias.
“Durante o sono, a memória é reativada, e é a isso que muitos atribuem a origem dos sonhos (…) Dormir facilita a retenção das informações que aprendemos”, acrescenta o especialista.
Não usar celular e computador, evitar refeições pesadas, bebida alcoólica e cafeína antes de dormir são algumas das recomendações que Ranganath dá para tentar ter um sono reparador.
E para aquelas pessoas que, por um motivo ou outro, têm dificuldade de dormir à noite, o especialista afirma que tirar uma soneca durante o dia também pode ser muito benéfico.
“Os benefícios [do sono] para a memória também podem ser alcançados durante o dia”, diz ele.
Dormir bem é, segundo o especialista, uma das principais coisas que você pode fazer para preservar a memória
Dormir bem é, segundo o especialista, uma das principais coisas que você pode fazer para preservar a memória
© Getty Images
2. Ser multitarefa
No mundo competitivo e atribulado de hoje, a capacidade de ser multitarefa — ou seja, de fazer várias coisas ao mesmo tempo — é vista como algo positivo. Mas Ranganath alerta que isso pode ser “muito ruim” para a memória.
O motivo? “O córtex pré-frontal nos ajuda a focar no que precisamos fazer para atingir nossos objetivos, mas esta habilidade maravilhosa fica prejudicada se pularmos continuamente de um objetivo para outro”, explica.
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Segundo ele, existe em nosso cérebro uma competição entre os conjuntos de neurônios que participam de diferentes tarefas — e esta competição é o que dificulta que a gente realize várias tarefas ao mesmo tempo de maneira correta e eficiente.
Por isso, o neurocientista adverte que verificar o e-mail enquanto se assiste a uma palestra ou uma aula só vai levar a uma coisa: não se lembrar do que estava ouvindo inicialmente.
“Ao mudar de objetivo (começar a verificar o e-mail), os neurônios se distraem e registram memórias fragmentadas da conferência, porque você está usando muitas funções executivas para gerenciar a mudança de uma atividade para outra, e isso dificulta a formação de uma memória duradoura”, observa.
Tentar realizar várias tarefas simultaneamente afeta negativamente a nossa memória
Tentar realizar várias tarefas simultaneamente afeta negativamente a nossa memória
© Getty Images
Mas, como acontece com toda regra, há pelo menos uma exceção: tarefas que estão associadas ou relacionadas.
“Se você está fazendo um bolo, tem que pré-aquecer o forno, e depois voltar a preparar a massa, ou algo do tipo. Mas se você juntar todas essas tarefas em uma grande tarefa, vai conseguir”, ilustra.
Para evitar ser multitarefa, Ranganath não apenas recomenda tentar terminar uma atividade antes de iniciar outra, como também evitar o que pode nos distrair do objetivo.
Assim, ele sugere colocar o celular no modo silencioso, principalmente as notificações de e-mail e mensagens, enquanto uma ação está sendo executada.
Também recomenda fazer pausas para sonhar acordado ou esticar as pernas.
A questão do tempo que gastamos verificando o celular também leva a outra pergunta: que efeitos isso vai ter para os jovens de hoje?
“Possivelmente haverá algumas consequências positivas, e outras negativas, mas o relevante é que eles estão desenvolvendo hábitos que não fazem bem à memória”, diz o especialista.
Um estudo publicado em 2023 revelou que adolescentes e crianças americanas passam entre cinco e oito horas por dia grudados no celular.
3. Cair na monotonia
Diferentemente do que se imagina, o cérebro humano não está programado para lembrar de tudo. Pelo contrário, ele é seletivo.
“A maioria das experiências que vivemos ou das informações às quais fomos expostos vai ser esquecida”, explica Ranganath.
Apenas aquelas experiências ou eventos associados ao medo, raiva, desejo, felicidade, surpresa ou outras emoções que sejam capazes de liberar substâncias químicas como adrenalina, serotonina, dopamina ou cortisol em nosso cérebro vão acabar fixados em nossos neurônios.
Estas substâncias químicas ajudam na plasticidade cerebral, que é essencial para a memória.
“A plasticidade no cérebro nos ajuda a realizar tarefas, especialmente aquelas que são repetitivas, de forma mais eficiente”, explica o professor da Universidade da Califórnia, acrescentando que esta capacidade diminui com a idade.
Por isso, ações como lembrar a senha que acabamos de alterar para acessar nossa conta bancária, celular ou e-mail ficam mais difíceis com o passar do tempo.
“Uma vez que você altera a senha, os neurônios que tinham a senha antiga armazenada vão brigar com aqueles que possuem a nova”, afirma.
Quebrar a monotonia e sair da rotina é, segundo o especialista, a melhor maneira de tentar preservar a plasticidade cerebral.
As novas gerações estão desenvolvendo hábitos prejudiciais à memória, com a superexposição às tecnologias de comunicação
As novas gerações estão desenvolvendo hábitos prejudiciais à memória, com a superexposição às tecnologias de comunicação
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4. Ser confiante demais
“As pessoas pensam que sua memória é muito boa até que, em algum momento da vida, percebem que não é o caso”, observa Ranganath.
E não é para menos, já que o cérebro não foi projetado para lembrar literalmente de tudo aquilo que vivenciamos — o que, segundo o especialista, seria uma tarefa muito árdua.
“Estima-se que o americano médio esteja exposto a 34 gigabytes (o equivalente a 11,8 horas) de informação por dia”, afirma o professor.
“O propósito da memória não é recordar o passado, embora possa fazer isso — mas, sim, retirar do passado as informações importantes de que necessitamos para compreender o presente, e nos preparar para o futuro”, explica, recomendando não recorrer apenas à memorização para aprender algo.
“A aprendizagem mais eficaz ocorre em circunstâncias em que nos esforçamos para evocar uma memória, e depois obtemos a resposta que buscamos”, indica.
“Por exemplo, alguns minutos depois de ser apresentado a alguém, desafie-se e tente dizer o nome da pessoa. E à medida que a conversa fluir, faça isso novamente. Quanto mais espaçadas forem essas tentativas, melhor.”
Os trabalhos repetitivos e monótonos também afetam a nossa memória, por isso o especialista recomenda sair da rotina
Os trabalhos repetitivos e monótonos também afetam a nossa memória, por isso o especialista recomenda sair da rotina
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Outras recomendações
Além de combater os quatro hábitos mencionados acima, Ranganath garante que existem outras formas de proteger nossa memória — e desfrutar de uma boa saúde mental.
“Há muitas coisas óbvias que as pessoas podem fazer para cuidar da memória, mas não fazem porque estão à espera de um comprimido ou de uma vacina, porque é mais fácil, e não precisam mudar seu estilo de vida", diz ele.
Mas quais são estas coisas óbvias?
“No curto prazo, busque dormir melhor, aprenda a lidar com o estresse (ou tente diminuir as causas que o desencadeiam) e adote práticas de mindfulness (atenção plena), que servem para detectar quando você está distraído”, afirma.
No longo prazo, a lista é um pouco mais comprida.
“A alimentação pode fazer muito, a dieta mediterrânea tem provado ter resultados muito bons no que diz respeito à promoção da saúde mental”, diz ele.
“O exercício físico, principalmente o exercício aeróbico, é bom porque aumenta a secreção de substâncias que aumentam a plasticidade e melhoram a vascularização do cérebro”.
Praticar exercício físico e adotar uma alimentação equilibrada pode ajudar a manter a saúde do seu cérebro
Praticar exercício físico e adotar uma alimentação equilibrada pode ajudar a manter a saúde do seu cérebro
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“Uma boa saúde bucal e auditiva também é importante, porque estudos constataram que pessoas com problemas de higiene oral ou que não cuidam dos ouvidos tendem a sofrer de problemas cognitivos", acrescenta. "E, por último, as relações sociais e a exposição a coisas novas estimulam a plasticidade cerebral."
Por fim, o especialista afirma que estudos revelaram que estas boas práticas permitiram a algumas pessoas manter sua memória até uma idade avançada — e reduzir em um terço o risco de demência.
Os dados são animadores, especialmente considerando que 40% das pessoas podem ter algum tipo de problema de memória ao completar 65 anos, segundo a Sociedade de Alzheimer do Canadá.
PEGADA DE CARBONO
DO AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS
PEGADA DE CARBONO
Paulo Chiacchio
Engenheiro Agrônomo
A expressão pegada de carbono, foi criada
pelos pesquisadores William Rees,
canadense e Mathis Wackernagel, suíço, na
década de 90, para caracterizar o impacto do
consumo e desperdício de recursos naturais.
Em 2003, Wackernagel fundou a Global
Footprint Network. Entretanto,a expressão
passou a ser usada em 2000 e popularizada
em 2005, a partir do lançamento da
campanha da Britsh Petroleum (BP), sobre o
conceito e cálculo do impacto das atividades
diárias, no caso pela emissão atmosférica de
gases do efeito estufa.
Por definição, a Pegada de Carbono (Carbon
Footprint) é o indicador utilizado para calcular
as emissões de carbono equivalente na
atmosfera por uma pessoa, atividade, evento,
empresa, organização ou governo durante os
processos e atividades de produção, no uso e
no descarte de produtos ou na prestação de
serviços.
Com a medida da quantidade de carbono
equivalente na atmosfera, consequente das
atividades antrópicas, determina-se a Pegada
de Carbono de uma pessoa, órgão ou
empresa pública ou privada em toneladas de
dióxido de carbono equivalente (CO2e).
Embora a denominação do indicador, refira-
se a carbono, não se restringe apenas à
emissão de CO2 , também envolve as
emissões de outros gases do efeito estufa.,
como o metano e óxido nitroso, todos
convertidos em CO2e.
O indicador, pegada de carbono serve para
analisar ou avaliar as emissões atmosféricas
dos gases do efeito estufa (GEE), de
qualquer atividade humana sobre a natureza,
causando mudanças climáticas e,
consequentemente catástrofes. Saliente-se
que o “modus vivendi” atual da população
contribui para a emissão de quantidade de
GEE superior à capacidade de absorção do
planeta
Desde os anos 70, a pegada de carbono vem
crescendo paulatinamente, atualmente é
superior em 50% da pegada ecológica,
constituindo-se no indicador que mais cresce,
atingindo níveis muito altos no mundo.
Nos Estados Unidos, a média é de 16
toneladas por pessoa ao ano, uma das taxas
mais altas no mundo. No Brasil, a pegada
média de carbono é de oito toneladas “per
capita” a cada ano.
Até 2050, para se evitar o aumento global de
temperatura em 2ºC, a pegada média deverá
ser da ordem duas toneladas por pessoa,
desde que haja mudança no estilo de vida, a
exemplo de menor consumo de carnes, de
combustíveis fósseis entre outras mudanças.
Atente-se para a expectativa populacional do
mundo até 2050, estimada em 9,7 bilhões de
habitantes dependentes de água, alimentos,
moradia, energia elétrica, transporte.
Também de sido grande o esforço dos
governos e de outras instituições
internacionais combater as mudanças
climáticas, tendo como foco prioritário a
redução de emissão dos gases do efeito
estufa.
É de grande importância e fundamental a
determinação da quantidade de GEE emitida
pelas organizações, atividades ou serviço,
considerando os benefícios ambientais e as
vantagens econômicas com a redução de
custos para as empresas, através do
estabelecimento de estratégias para redução,
compensação das emissões atmosféricas,
gestão dos impactos e agregando valor ao
produto.
Várias normas e protocolos estão disponíveis
para inventariar, quantificar, especificar
princípios, requisitos e orientações para
calcular e estimar a pegada de carbono dos
produtos (PCP), a exemplo de GHC protocol,
PAS 2050, ISO 14064 e ISO 14047.
Para reduzir a pegada de carbono é de suma
importância e essencial a mudança de hábito
ou estilo de vida para reduzir as emissões
atmosféricas de gases, como por exemplo:
Comprar produtos com embalagens
recicláveis, retornáveis ou recicladas (a
produção de cinco sacolas plástica emite um
quilo de CO2eq).
Dar preferência a alimentos orgânicos.
Reduzir ou equilibrar o consumo de carnes
bovina, suína e frango.
Fazer a compostagem com os resíduos
orgânicos.
Adotar o consumo consciente.
Evitar o uso de veículos automotivos.
Como exemplo, um litro de gasolina emite 2,3
kg de CO2eq
Para calcular sua pegada de carbono, o site
Carbon Footprint permite realizar o valor
aproximado com base em algumas
informações
O SENTIMENTO SOCIOAFETIVO PELA TERRA CULTIVADA
DO AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS
O SENTIMENTO SOCIOAFETIVO PELA TERRA CULTIVADA
Luiz Ferreira da Silva
(Capítulo XII do livro em formatação – A NATUREZA CONSTROI E O HOMEM DESTROI).
Vi, através da BAND, belos vinhedos
cultivados por famílias italianas de gerações
sucessivas. Aquelas belas jovens colhendo
cachos verdes de uvas como que viam os
olhos da mesma cor de seus ancestrais,
unindo-as aos pioneiros. E ao provarem o
vinho, a emoção se renovava e se fazia
presente em toda a família na imaginação
afetiva.
Não é só uma arte para ganhar
dinheiro com a terra cultivada, mas um vetor
de fertilização de almas.
Um simples exemplo do Sul alienígena
que encontra ECO na agricultura familiar do
semiárido nordestino.
Neste duro torrão, também o pequeno
agricultor lavra a terra com amor e se torna
um cuidador da Natureza, pois a tem para a
sua sobrevivência e sua escola de vida.
Como era bonito ver os humildes rurais
trazendo em caçuás os produtos, literalmente
frutos do seu labor, da sua competência, do
seu “ganha pão”, abastecendo as feiras!
O ponto mais importante de uma
Cidade, sobretudo no Nordeste, é a sua feira.
O primeiro “shopping center” que se tem
notícias e, possivelmente, inspirador dos
Americanos em sua capacidade de ganhar
dinheiro com a edificação de complexas
estruturas de cimento, abrigando lojas de
diversas matizes.
O do meu interior (Coruripe, Al) é a céu
aberto, com um galpão para abrigar certos
produtos, a exemplo de carnes e farinha.
Alguns feirantes com pequenas toldas e a
maioria no chão mesmo, espalhando os seus
cultivos trazidos das roças.
Dois aspectos importantes. O primeiro
se refere ao estímulo ao pequeno produtor
rural que dispõe de um lugar para
comercializar os seus produtos. Em segundo,
a importância para o pobre, adquirindo
alimentos e outras necessidades sem o
famigerado código de barras.
Fico pasmo ao ver pessoas carentes
comprando nos supermercados pagando
altos impostos, pela falta de uma feira. Ao
invés dos saquinhos já pesados e
etiquetados, a cuia e a balança suspensa
para mensurar o quanto de feijão, de farinha,
de açúcar, dentre outros gêneros se deseja
adquirir.
Poder-se-ia agregar outra importância, o
ponto de encontro de toda a sociedade, todos
dependentes da humilde feira. É importante
se enfatizar esse seu valor social.
A figura do freguês é a marca da
relação de quem compra com quem vende,
diferentemente dos hipermercados, nos quais
o prezado leitor nem é notado, não se criando
qualquer vínculo amistoso. O dinheiro fala
mais alto.
Isso foi, com maior preponderância, 70
anos atrás. Veio a nova revolução verde
através de uma agricultura de altos insumos
e máquinas modernas de plantar e colher,
sem se falar nos drones e sistemas de
inteligência artificial, bem diferente de um
passado dos chamados fazendeiros, aqueles
de muita terra e coração fincado nela.
Oravam pelas chuvas, acendiam velas
a São Pedro e conheciam as vacas pelo
nome. Uma relação socioafetiva com a terra,
tal qual os seus vizinhos de pouca terra.
Mesmo chamados de latifundiários tinham o
visgo da terra e, talvez por isso, brigavam de
unha e dente pelo seu patrimônio.
Hoje, já se deslumbra uma outra
figura, agora chamado de empreendedor
rural, com muita terra e plantios a perder de
vista, cujo interesse maior é faturar e ter
poder.
Têm até neófitos que nunca pisaram
no chão rural. Com muito dinheiro, sem saber
o que fazer, contratam um assessor
financeiro que lhe convence a plantar para
exportação, pois o retorno é certo. - É só
adquirir terras no cerrado, contratar
agrônomos e técnicos agrícolas e, com seu,
poder usufruir das instituições públicas.
Sabemos da importância da grande
produção para a economia do país via
exportação, porém não atende ao combate
da fome interna e, no geral, provoca
destruição dos recursos naturais.
Qual a razão? Falta, a muitos deles, o
sentimento socioafetivo à terra.
QUANDO AS PALAVRAS QUALIDADE E QUANTIDADE PODEM SER BONS INDICATIVOS PARA OS APOSENTADOS?
Quando as palavras Qualidade e Quantidade podem ser bons indicativos para os Aposentados?
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almir papalardo
11:54 (há 6 horas)
para sen.marciobittar@senado.leg.br, sen.marcosdoval@senado.leg.br, sen.marcosrogerio@senado.leg.br, sen.mariadocarmoalves@senado.leg.br, sen.meciasdejesus@senado.leg.br, sen.nelsinhotrad@senado.leg.br, sen.neysuassuna@senador.leg.br, sen.omaraziz@senado.leg.br, sen.oriovistoguimaraes@senado.leg.br, sen.ottoalencar@senado.leg.br, sen.paulopaim@senado.leg.br, sen.paulorocha@senado.leg.br, sen.pliniovalerio@senado.leg.br, sen.randolferodrigues@senado.leg.br, sen.reguffe@senado.leg.br, sen.renancalheiros@senado.leg.br, sen.robertorocha@senado.leg.br, sen.rodrigocunha@senado.leg.br, sen.rodrigopacheco@senado.leg.br, sen.rogeriocarvalho@senado.leg.br, sen.romario@senado.leg.br, sen.rosedefreitas@senado.leg.br, sen.sergiopetecao@senado.leg.br, sen.simonetebet@senado.leg.br, sen.sorayathronicke@senado.leg.br, sen.styvensonvalentim@senado.leg.br, sen.tassojereissati@senado.leg.br, sen.telmariomota@senado.leg.br, sen.vanderlancardoso@senado.leg.br, sen.wellingtonfagundes@senado.leg.br, sen.wevertonrocha@senado.leg.br, sen.zenaidemaia@senado.leg.br, sen.zequinhamarinho@senado.leg.br
Prezados Senhores Senadores:
*** QUANDO AS PALAVRAS 'QUANTIDADE E QUALIDADE' PODEM
SER BONS INDICATIVOS PARA OS APOSENTADOS??? ***
As palavras 'Qualidade e Quantidade' podem ser boas ou até mesmo ruins para os Aposentados! Dependendo da utilização numa movimentação contínua, elas podem proporcionar para os aposentados dois destinos diferentes: Fazer o 'Bem' ou o próprio 'Mal', embora em análises sérias, ambas se assemelham muito mais ao 'Bem'. Mas, não é esta a verdadeira e sofrida realidade nas correções das aposentadorias, já que elas são escalonadas conforme os benefícios recebidos entre o Piso e o Teto.
De que adianta o aposentado desfrutar da palavra 'Qualidade" se sua força continua esquálida, porque, não consegue reunir uma equipe com dezenas de novos aliados, ou de outros presidentes, formando um grupo pipoqueiro que não chega nem a formar uns dez defensores! Se desviarmos para a palavra 'Quantidade', continuará o aposentado que recebe seus benefícios com descontos pelo motivo de não haver união e concordância entre os parlamentares legislativos. Eles não se incomodam com o preconceito dado aos Aposentados, preferindo ficar mudos e acomodados, sem novos problemas, já que existe uma fragilidade política dos segurados do RGPS!!
Todo brasileiro sabe que tamanha discórdia e insensatez maldosa só poderá ser contornada pelos próprios 600 parlamentares do Poder Legislativo. Entre os 513 deputados da Câmara, certamente, haverão alguns outros políticos com um pouco mais de justiça e ponderação, faltando-lhes apenas sobre o assunto, maiores combinações e reuniões sucessivas. Faltam maiores coordenações.
Faltam, talvez o maior empecilho do insolúvel problema, entendimentos igualitários entre os dois presidentes da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, quando, ambos, divergem sobre o seguimento para uma solução que acalme a situação divergente entre os verdadeiros direitos dos mais de 35 milhões de aposentados.
Diante dessa desigualdade criada entre aposentados com correções diferentes do salário mínimo, talvez, para o prosseguimento deste desagradável assunto, porque é inimiga mortal de velhíssimos trabalhadores, seria a aplicação por parte da matemática, que versa sobre a nossa importante "ESTATÍSTICA".
Somente a Estatística, diante de 600 parlamentares do Poder Legislativo, seria capaz de descontinuar este ilógico empasse criado entre os Aposentados, uns tratados com a correção do salário mínimo e outros sem direitos à mesma correção. Assim, dos 513 deputados, haveria outros que concordariam em incluir os segurados reclamantes no mesmo esquema. Como tudo está estancado pelo acirramento que não ata nem desata, somente a Estatística teria possibilidade de resolver a questão.
Todos os 81 senadores e 513 deputados mandariam para as suas Mesas Diretoras, obrigatoriamente, suas opiniões sobre a atual situação de Aposentados. Seriam a favor ou contra a resolução definitiva sobre a insolúvel solução sobre aposentadorias. Dos 600 parlamentares votantes, venceriam aqueles que somasse a maioria dos votos: Sim ou Não! Estaria aí a Estatística já formada.
Pensem bem aqueles que gostam de ver solucionado todos os problemas difíceis, façam seus nomes da histórica política da nação e, transformando a ideia em lei ajam de acordo com suas ideias solucionarias. Nada deu certo, só falta usar mesmo a Estatística.
ALMIR PAPALARDO.
PODERIA SER PIOR
PODERIA SER PIOR
Caio Mesquita - CEO da Empiricus
Tendo completado 56 anos nesta semana, o tema da idade, e como se preparar para um mundo cada vez mais velho, tem capturado minha atenção.
Se você ainda é jovem, talvez não saiba, mas certamente já desconfia de que envelhecer é, na sua essência, ruim.
A decadência física é inexorável. Depois dos quarenta anos, então, o quadro só piora.
Todo o esforço que fazemos, alimentação, exercícios, procedimentos estéticos, são meras distrações à inevitabilidade do tempo.
Há sempre um lado bom, porém.
Os erros acumulados, se bem entendidos, minimizam chances de reincidência.
Já vimos esse filme antes, e a frequência de reprises só aumenta.
Há poucos tipos de seres humanos, menos do que podemos contar com os dedos de uma mão. Dizem que a primeira impressão é a que fica. Talvez não, mas cada vez tenho me surpreendido menos, tanto positiva ou negativamente.
Recebo uma mensagem de alguém, com quem nunca falei antes, me chamando de "querido". Quando jovem, eu imaginava se tratar de um chamado carinhoso. Hoje, não mais.
Velhos são conhecidos reclamões, mas a verdade é que, em número cada vez maior, nunca foi tão fácil ser velho.
A população mundial, e o Brasil segue essa tendência, segue cada vez mais velha e não há sinais de que esse processo seja revertido.
De acordo com o IBGE, a proporção de brasileiros com 65 anos ou mais deve passar de 9,5% em 2020 para 25,5% em 2060. Esse rápido crescimento da população idosa traz desafios mas, como investidores, nos cabe buscar as oportunidades desta nova realidade.
Ficamos excitados com o impacto de gadgets e inovações tecnológicas tentando estimar como as grandes techs podem se valorizar, mas talvez o dinheiro no futuro venha de soluções que viabilizem a ampliação de serviços de saúde, medicamentos e tecnologias assistivas.
Com uma maior demanda por serviços e produtos ligados à saúde, temos a obrigação de nos interessar em como empresas de biotecnologia, farmacêuticas e de cuidados para idosos estão evoluindo.
As mudanças demográficas vão além do óbvio, porém. Os mais velhos são pilar significativo no mercado de luxo, priorizando a qualidade e a exclusividade em detrimento da ostentação.
Os coroas são os principais compradores em categorias como relógios sofisticados, jóias, moda e carros de luxo, posto que têm mais poder de compra do que as gerações mais jovens, devido a décadas de poupanças e investimentos.
Esse grupo também valoriza funcionalidade, qualidade e design, e está mais propenso a investir em experiências de luxo, como viagens exclusivas, gastronomia de alta qualidade e bem-estar premium.
A indústria financeira e de investimentos também se desenvolve em sintonia com o envelhecimento da população. Na Empiricus, apenas para dar um exemplo em primeira pessoa, há uma clara correlação positiva entre a faixa etária e o engajamento dos assinantes.
Por outro lado, devemos ter cuidado com os idosos do lado do passivo.
Investidores, cada vez mais preocupados com a capacidade dos governos em honrar suas obrigações previdenciárias futuras, começam a embutir prêmios na rolagem da dívida pública até mesmo dos países desenvolvidos.
Setorialmente, deve-se tomar cuidado ao se investir em ações de convênios médicos, por exemplo, cuja saúde financeira pode ser comprometida se a proporção de clientes idosos for desproporcionalmente alta em relação aos clientes mais jovens e saudáveis, que geralmente necessitam de menos cuidados médicos.
Ao final, sabemos que envelhecer é ruim, mas a alternativa é muito pior.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Um abraço e boa leitura.
Caio Mesquita
CEO da Empiricus
OLHAR DIALÉTICO DA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA GAÚCHA
DO JORNAL AGRISÊNIOR NOTÍCIAS
OLHAR DIALÉTICO DA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA GAÚCHA
Manoel Moacir C. Macêdo; Manoel M. Tourinho & Gutemberg A. D. Guerra
Os autores, são agrônomos, cristãos e respectivamente PhDs pela University of Sussex,
Inglaterra; University of Wisconsin, Estados Unidos; e École des Hautes Éstudes, França.
Algemado em suas raízes históricas, o
Brasil é um País majoritária e oficialmente
cristão. É o país com maior percentual de
crentes do planeta, pois 81% desse universo
declaram acreditar em Deus. A utopia de
“amar ao próximo, como a si mesmo” se
expõe à pro-sociabilidade, como caminho
para superar as desigualdades sociais.
A expressão de solidariedade do
conjunto do povo brasileiro à tragédia
climática no estado do Rio Grande do Sul não
será suficiente se permanecer limitada àquele
estado, pois exige uma profunda revisão da
postura nacional frente às necessidades de
uma justiça climática e ambiental. A surpresa
não é somente com as históricas secas do
Nordeste brasileiro, onde sessenta milhões
das filhas e filhos do mesmo Deus das
gaúchas e gaúchos, padecem secularmente,
não pelo excesso, mas pela carência de
chuva, alimento, terra, moradia, educação e
saúde. A pauta concentra nas ações dos
responsáveis pela coletividade na prevenção,
inteligência, e contenção de ameaças de
tragédias como a atual. Conhecida a
liberalidade das restrições ambientais e
flexibilidade a qualquer produção agrícola por
entes municipais, estaduais e federal, sem
considerar a nossa sociedade profundamente
marcada pela desigualdade.
Não se trata de fazer comparações
entre quem sofre mais ou menos, mas tornar
claras as responsabilidades de quem deve
cuidar das pessoas por igual. Não está em
julgamento o eventual “choro dos alvos e
gordos” e nem os “sofreres dos esquálidos
pretos e pardos”. Uns do Sul, outros do
Nordeste, mas todos de uma mesma
geografia reencarnatória. Na dialética cristã
não pode prosperar o separatismo por cor,
raça, procedência nem por opção sexual. Ao
contrário, deve avançar para mais integração
de um só povo pretensamente ungido como
irmãos pelo sinal da Santa Cruz. Aqui se diz
que “Deus é brasileiro, coração do mundo e
pátria do Evangelho”. A igualdade em sua
amplitude cristã deve ser a âncora dos povos
onde quer que estejam. Sinal igual de
integração deve ser dado àqueles modos de
produção que expressam a suavização das
desigualdades sociais, afastando antigas e
novas marginalizações fincadas na
distribuição da riqueza.
Sul e Nordeste de um país continental
como o Brasil, expressam contingências
sociais distintas. História, sociologia,
antropologia, economia e política, são
dialeticamente opostas. No primeiro,
simplificadamente, os solos são férteis, a
maioria da gente alva e o sol generoso. No
segundo, a aridez, a gente preta e tostada
pelo sol cáustico. No Sul, é marcante a
influência dos imigrantes europeus brancos e
livres, no Nordeste, os autóctones e pretos
por muito tempo escravizados. Não são
determinismos históricos, mas situações
circunstanciais, regidas pela lei moral de uma
duvidosa concepção de progresso.
Considerando o PIB - Produto Interno
Bruto, o Rio Grande do Sul é o quinto estado
mais rico, entre as vinte e sete unidades
federativas do Brasil. Similar opulência na
produção agropecuária. Esses índices
projetam o Brasil como a nona economia
global. Essas unidades federativas não são
similares nem no IDH – Índice de
Desenvolvimento Humano, nem no PIB e
menos ainda na distribuição da riqueza.
Existe um persistente fosso de bem-estar
entre eles. Como está sendo manejada essa
riqueza? pergunta-se. De onde vieram os
“homens sem-terra para as terras sem
homens” quando da ocupação subordinativa
da Amazônia? A unidade recai
compulsoriamente, nos cuidados do estado,
com o povo varonil do Norte ao Sul, do Leste
ao Oeste de um único País. Não é justificável
e nem moralmente aceitáveis tão distintos
acolhimentos em tragédias, tal qual as
enchentes e as secas, de um mesmo povo.
Pecado capital que merece a excomunhão
cristã.
No senso comum, predominam, pelos
que muito tem, o sentido do Estado como
estrutura degenerada, corrupta e desprezível
ao desenvolvimento. Diferente dos que pouco
possuem, que colhem o Estado como o único
alívio às necessidades básicas do viver,
como saúde, educação e moradia, entre
outros direito sociais e constitucionais. Na
práxis são letras mortas, qualificadas como
expectativas de direitos. O caso da tragédia
do Rio Grande do Sul é uma inexorável
evidência. De imediato os três poderes da
República agiram e colocaram em ação as
suas organizações e a soma de sessenta
bilhões de reais. Outros privilégios por certo
advirão, a exemplo de anistias e subsídios.
Na versão cristã não cabem
discriminações perante as tragédias, mas
perdão, compaixão e solidariedade como
bálsamos às dores e feridas, como no caso
da tragédia gaúcha, com mais de uma
centena de mortos, outro tanto de
desaparecidos, e mais de três centenas de
municípios em estado de calamidade pública.
Ao final, os cristãos, pela via da
espiritualidade, acolhem livre de dogmas, o
que reza a lei moral da destruição: “é
necessário que tudo se destrua para renascer
e se regenerar” e mais, “as desigualdades
das condições sociais não é uma lei natural,
mas é obra do homem e não de Deus”.
Ao final, existem outras possibilidades
de interpretações sobre os fenômenos
climáticos a ser urgentemente levadas em
conta. Os astrofísicos e pesquisadores sobre
o clima têm alertado com frequência sobre a
movimentação dos rios voadores, e as
recentes catástrofes. Afirma ainda, que
outras poderão acontecer como
consequência da intervenção humana no
planeta, mas isso deixamos em aberto para
uma abordagem mais específica, reunindo os
dados que justificam essas previsões.
O CLIMA MUDOU? O HOMEM? O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO?
O CLIMA MUDOU?
O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO
AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO?
Luiz Ferreira da Silva
Pesquisador aposentado da CEPLAC
e
Hermes Almeida
Ex- Pesquisador da CEPLAC e
Professor da Universidade Estadual da Paraíba.
Vamos pegar o exemplo da capital
paulista. São 6,2 milhões de veículos
mandando para o ar que respiramos,
toneladas de gases emanados dos canos de
descargas dos veículos impulsionados por
energia fóssil, a do petróleo.
O álcool, um amenizador, entra em
pouca percentagem. Mas não contribui tanto,
inclusive polui com a queima das palhas da
cana, além de emitir gases.
Essa mão humana no contexto, não só
prejudica a nossa saúde, como altera o nosso
céu. Não sei se ao ponto de mudar o clima,
mas certamente de bagunçar as correntes de
ar, provocar os famosos “abafamentos” e
provavelmente alterar as concentrações das
quedas pluviométricas.
Fiquemos por aqui, hoje, só nesse
parâmetro da ação maléfica do bicho-homem.
Deixemos o desmatamento, o esgotamento
sanitário, os gases industriais, as áreas
antropizadas, a eutrofização das águas, a
degradação dos solos para uma outra
apreciação.
Veja e se “assunte” que são agressões
a uma ambiência, outrora, pura, em todos os
seus parâmetros, resultando um desequilíbrio
dos ciclos da natureza.
Isso é uma verdade aos olhos de
todos. Nada de ser cientista para enxergar.
Os eventos extremos do Tempo são, a
priori, variações naturais. As ações
antrópicas degradam o meio ambiente, cujos
efeitos que antes eram “normais” passam a
ser extremos. As chuvas, por exemplo,
resultam de nuvens convectivas,
especialmente, às cumulonimbus (Cb),
porque elas se formam devido as diferenças
nas correntes convectivas térmicas. Esse tipo
de precipitação ocorre, com maior frequência
no verão ou em dias típicos de verão, em
outra estação do ano.
Áreas antropizadas, pois, favorecem
não somente a formação desse tipo de
nuvens, mas ampliam os seus efeitos em
razão do aumento no escoamento superficial.
As cidades, em especial, as regiões
metropolitanas, como a referida, SP,
com grandes áreas antropizadas
oportunizam, em geral, condições para
formar Cbs, cuja espessura vertical pode
alcançar 16 km e milhões de toneladas água,
que precipitam com elevadas intensidades,
com descargas elétricas e trovões, podendo
ocorrer ventos fortes e granizo.
Recortes geográficos modificados
resultam, na sua maioria, no balanço de
energia à superfície maiores e, portanto,
elevam-se as temperaturas do ar.
Para uma mesma altura de chuva, que
no ambiente natural resultava apenas numa
cheia (normal), ocasiona nesse ambiente
modificado uma repercussão maior, com
inundações e alagamentos.
Imagine, ademais, a falta de estrutura
das Cidades, desprovidas de obras de
escoamento, drenagem interna, contenção de
barreiras e de “pôlders”!
Em síntese, para aclarar a questão:
ambientes modificados ocasionam efeitos
extremos de qualquer elemento
meteorológico.
Portanto, mudar o ambiente, não
significa mudança no clima e muito menos
ainda, mudança climática.
Então, o clima continua o mesmo,
igualzinho de dantes, porém o Homem é
quem mudou a ambiência, bagunçando os
ciclos atmosféricos e os eventos pluviais, de
modo a alterar o regime de chuvas, a
temperatura e a umidade do ar.
Em outras palavras, a ambiência
degradada resulta em outro ambiente E a
cada vez mais, os reflexos negativos para o
planeta, via enchentes, queda de barreiras,
alteração do perfil de equilíbrio dos rios e
tempestades marítimas.
Portanto, meu caro leitor, a coisa é feia
e ultrapassa as pomposas reuniões dos
países ricos, no seu “mise en scene”
(encenação) ridículo, prometendo metas e
mais metas, somente para jogar para a
plateia.
Enquanto eles “palram”, vamos nos
juntar aos gaúchos na construção de suas
cidades devastadas por fenômenos da
natureza, provocados pelo próprio Homem,
bem como ajudar às milhares de famílias
atingidas, deixando-os jogando conversa fora
com o catastrofismo da mudança climática,
quando são os responsáveis maiores pela
destruição da Mãe Natureza.
No momento, vamos reconstruir Porto
Alegre e tantas outras cidades menores do
RS. Mas não vamos ficar só nisso e daqui
uns 6 meses cair no esquecimento e
continuar no mesmo diapasão de dantes.
Isso, jamais!
Vamos, isso sim, fincar nas nossas
mentes a necessidade urgente de uma NOVA
ORDEM AMBIENTAL, pressionando aos
nossos governantes incessantemente,
ajuizando, inclusive, as ongs ambientais de
discurso repetitivo. (Maceió/AL, 20/05/2.024)
O CLIMA MUDOU?
O CLIMA MUDOU?
O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO
AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO?
Luiz Ferreira da Silva, 87
Engenheiro agrônomo e Escritor.
Pesquisador aposentado da CEPLAC/BA.
Vamos pegar o exemplo da capital paulista. São 6,2 milhões de veículos
mandando para o ar que respiramos, toneladas de gases emanados dos canos
de descargas dos veículos impulsionados por energia fóssil, a do petróleo.
O álcool, um amenizador, entra em pouca percentagem. Mas não contribui
tanto, inclusive polui com a queima das palhas da cana, além de emitir gases.
Essa mão humana no contexto, não só prejudica a nossa saúde, como
altera o nosso céu. Não sei se ao ponto de mudar o clima, mas certamente de
bagunçar as correntes de ar, provocar os famosos “abafamentos” e
provavelmente alterar as concentrações das quedas pluviométricas.
Fiquemos por aqui, hoje, só nesse parâmetro da ação maléfica do bicho-
homem. Deixemos o desmatamento, o esgotamento sanitário, os gases
industriais, as áreas antropizadas, a eutrofização das águas, a degradação dos
solos para uma outra apreciação.
Veja e se “assunte” que são agressões a uma ambiência, outrora, pura,
em todos os seus parâmetros, resultando um desequilíbrio dos ciclos da
natureza.
Isso é uma verdade aos olhos de todos. Nada de ser cientista para
enxergar. A propósito, o Dr. Hermes Almeida, Climatologista renomado, ex-
ceplaqueano e professor titular da Universidade Federal da Paraíba, com
sabedoria, nos ensina:
Os eventos extremos do tempo são, a priori, variações "naturais". As ações
antrópicas contribuem para formar Cb (cumuloninbus), porque ela se forma devido
as diferenças nas correntes convectivas térmicas. Por isso, que os Cbs ocorrem, com
maior frequência no verão ou em dias típicos de verão, em outra estação.do ano.
As cidades, em especial, as regiões metropolitanas, como a de SP, por
exemplo, com as ações antrópicas, em geral, geram condições para formar Cbs, cuja.
espessura vertical de um pode chegar a 16 km e milhões de toneladas água.
Então, o clima continua o mesmo, igualzinho de dantes, porém o Homem
mudou a ambiência, bagunçando os ciclos atmosféricos e os eventos pluviais,
de modo a alterar a precipitação pluviométrica, a temperatura e a umidade do ar;
ou seja, a ambiência degradada resulta em outro ambiente,
E a cada vez mais, os reflexos negativos para o planeta, via enchentes,
queda de barreiras, alteração do perfil de equilíbrio dos rios e tempestades
marítimas.
Portanto, meu caro leitor, a coisa é feia e ultrapassa as pomposas
reuniões dos países ricos, no seu “mise en scene” (encenação) ridículo,
prometendo metas e mais metas, somente para jogar para a plateia.
Enquanto eles “palram”, vamos nos juntar aos gaúchos na construção de
suas cidades devastadas por fenômenos da natureza, provocados pelo próprio
Homem, bem como ajudar às milhares de famílias atingidas, deixando-os
jogando conversa fora com o catastrofismo da mudança climática, quando são
os responsáveis maiores pela destruição da Mãe Natureza.
No momento, vamos reconstruir Porto Alegre e tantas outras cidades
menores do RS. Mas não vamos ficar só nisso e daqui uns 6 meses cair no
esquecimento e continuar no mesmo diapasão de dantes. Isso, jamais!
Vamos, isso sim, fincar nas nossas mentes a necessidade urgente de uma
NOVA ORDEM AMBIENTAL, pressionando aos nossos governantes
incessantemente, ajuizando, inclusive, a ruma de ongs ambientais de discurso
curto. (Maceió/AL, 16/05/2.024)
CATÁSTROFE GAÚCHA
A CATÁSTROFE GAÚCHA
E A MÃO IMPEDIOSA DA MÃE NATUREZA Luiz Ferreira da Silva,87
(Cidade gaúcha sob ação predatória das chuvas torrenciais)
Todos estarrecidos com as chuvas no Rio Grande do Sul destruindo tudo
pela frente, causando danos físicos e na alma dos seus habitantes.
Temporais constantes, afetando os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo,
Jacuí, Sinos, Gravataí. Além do Guaíba, em Porto Alegre, deixando mais de 80
mortos, uma centena de desaparecidos e danos em casas, estradas, pontes.
Havia uma Natureza provendo ao Homem, exigindo apenas sua interação
com o ambiente fito-ecológico, ademais do mote: usar sem depredar. De outra
forma, ela não se responsabilizaria com as consequências, alertando: quem
transgredir as minhas leis será cobrado mais tarde.
No meio rural, a derrubada da vegetação das ribeiras dos rios, evita a
erosão de suas margens e até contribui com a riqueza ictiológica. Nas Cidades,
as obras que tamponam e compactam o solo, as edificações em áreas
declivosas, as barreiras verticais, os esgotos contaminantes, as árvores
plantadas inadequadamente no meio urbano, são agressões.
A chuva é um presente de Deus. Fator fundamental da vida. Mas o
Homem, no seu imediatismo e individualismo, também influi negativamente nos
seus ciclos, anteriormente bem definidos, provocando distúrbios de toda sorte.
Exemplifico aos prezados leitores para melhor elucidação:
*. No ambiente natural, a chuva é uma dádiva; sempre benvinda. Ela, ao
cair, é amortecida pelas árvores, evitando que a sua energia destrua o solo,
causando erosão. Imediatamente, as águas vão se amoldando ao terreno,
procurando o seu caminho para chegar ao leito do rio, sem antes ir recarregando
os depósitos subterrâneos. Nesse seu trajeto, vai molhando as raízes das
plantas, solubilizando os nutrientes (alimentos dos vegetais e microrganismos) e
matando a sede dos animais. Depois, transforma-se em “fumaça” e volta a
formar nuvens, fechando o ciclo biológico.
*. Diferentemente, uma chuva que cai numa Cidade, cujo Natureza foi
alterada, é sempre motivo de preocupação. A ação do homem sem a devida
atenção às características do solo e aspectos físico-hídricos repercute no bem-
estar da população, desde um simples alagamento à queda de barreiras com
danos irreparáveis, como está acontecendo presentemente com os irmãos do
Sul.
Dessa forma, além de se ajuizar o Homem, de modo geral, quanto à
educação ambiental, é também importante que os Engenheiros aprendam a
construir obras que atendam aos ensinamentos da Mestra Natureza.
Portanto, pela má intervenção do homem, cada vez mais se agrava o
problema da água, não só neste aspecto catastrófico, mas para próprio consumo
humano, como também para uso industrial e, principalmente, para utilização na
agricultura (irrigação), antevendo-se carência ou grande dispêndio no tratamento
desse importante recurso no próximo milênio. (Maceió/AL, 07-05-2.024).
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