Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

PASSANDO PRA AVISAR


Passando pra avisar

Passados alguns dias do novo governo penso que não se pode ainda avaliar como realmente será ou no que efetivamente resultará, ao cabo de seu tempo, aquilo que já se pode nomear como a “Era Bolsonaro”. Diferentemente do que dizem os desassossegados, no sentido de que o Capitão ainda não cumpriu nada do que prometeu e que não fez tanto quanto poderia ter feito, lembro, sem pretender ridicularizar quem quer que seja, que só Deus fez tudo em sete dias e mesmo aqui hoje se teoriza se estes sete dias não foram mesmo milhões de anos.
Falando de um modo geral, digo que já vi boas coisas e outras nem tanto. Por exemplo, assim como durante a montagem da nova equipe de governo me pareceu (e sugeri) que três dos nomes indicados – para Casa Civil, para Agricultura e para Saúde – em face de algumas restrições ou máculas que lhes pesam deveriam ser substituídos por outros profissionais tão competentes quanto, também agora ressalto a indevida nomeação do filho do Vice Presidente Hamilton Mourão para um cargo na Presidência do Banco do Brasil. Ainda que não se assemelhe a qualquer “ação nepótica" ou caracterize um desfrute ou imoralidade administrativa, deveria ter sido evitada.
Ficou esclarecido que o rapaz era funcionário concursado do Banco há quase duas décadas e que o cargo para o qual foi alçado poderia por ele ter sido preenchido anos antes, se não fosse a perseguição que sempre sofreu durante os governos petistas. Mesmo com tais justificativas a meu sentir não tinha que ser nomeado de plano. Como diriam os antigos: “noblesse oblige”. Talvez devesse o general Vice-Presidente ao tomar conhecimento da nomeação, com firmeza estoica, recomendar que o filho devolvesse o cargo. Perdeu-se assim uma excelente oportunidade para se fixar parâmetros corretos. Durante um governo, qualquer tolerância dos lideres produz lá em baixo terríveis malfeitos.
O incidente me lembra de um episódio, pouco divulgado, protagonizado pelo ex-presidente Castelo Branco. Em 1965, o marechal Castelo Branco leu no jornal que um de seus irmãos, funcionário da Receita Federal, ganhara em cerimônia pública um automóvel Aero Willys. Ganhou a título de um agradecimento particular de sua classe pela ajuda que dera na elaboração de uma lei que organizava sua carreira. Consta que o filho do presidente – Paulo Castelo Branco - lembrava sempre que o marechal telefonou para o irmão, dizendo-lhe que deveria devolver o carro ou se afastar do cargo. Ele argumentou que não havia dinheiro público metido na homenagem e que cada colega de Repartição dispendeu menos do que com uma gravata ou com um lenço. Castelo interrompeu aos berros: “Você não entendeu. Afastado do cargo você já está! Estamos decidindo agora se você vai preso ou não”. Muito cuidado minha gente! Por qualquer deslize dos patriotas os inimigos do País se lavam em águas de rosas e a “Rede Goebells de Comunicação” explora por meses seguidos.
Tirante, entretanto, uma ou outra bobagem dessas, fico feliz com o que estou vendo. Três últimas notícias me trouxeram muita satisfação. Vi que, ainda outro dia (08/01), o Presidente determinou ao Chanceler que denunciasse junto à Organização das Nações Unidas (ONU) o Pacto de Migração, engendrado pelo guerrilheiro Aloysio Nunes para dar a qualquer imigrante – os comunas e os mulçumanos de preferência – ao pisar no solo nacional todos os direitos do cidadão brasileiro. Essa turma vinda para o bem ou mal-intencionada poderia ficar por aqui onde melhor lhe aprouvesse; receber identidade e CPF; ganhar bolsa família; comprar terras; abrir empresas; ser funcionário do Estado; ser empregado com carteira assinada; votar e ser votado; fundar partidos e muito mais. Estava assim legalizada a invasão islâmica que agora está destruindo a França.
O Capitão se posicionou como um estadista: “Jamais recusaremos ajuda aos que precisam, mas a imigração não pode ser indiscriminada. São necessários critérios, buscando a melhor solução de acordo com a realidade de cada país. Se controlamos quem deixamos entrar em nossas casas, por que faríamos diferente com o nosso Brasil? A defesa da soberania nacional foi uma das bandeiras de nossa campanha e será uma prioridade do nosso governo. Os brasileiros e os imigrantes que aqui vivem estarão mais seguros com as regras que definiremos por conta própria, sem pressão do exterior”. O resto é imbecilidade.
A segunda grande notícia dá conta de que os processos junto ao INCRA para aquisição, desapropriação e demarcação de terras para fins de reforma agrária ou de reserva para índios e quilombolas – que em um primeiro lance até foram todos suspensos – vão a rigor passar por um minucioso pente fino, inclusive para se identificar o real interesse das ONG’S petistas que os promovem, estas sob o olhar atento do general Santos Cruz, aquele que faz os comunas tremerem só de ouvir o nome.
A terceira boa notícia fica por conta do “Revogaço”. Na segunda reunião ministerial ocorrida nesta semana, o Capitão determinou aos 22 Ministros de Estado que, em suas áreas de autuação, identificassem toda e qualquer lei ou todo e qualquer decreto, que nas últimas décadas, e neste último governo de bandidos em especial, tiverem sido promulgados ou editados. Da forma e pelo rito que couber, todo ato com viés ideológico de esquerda e, portanto, nocivo aos interesses do Brasil, será revogado, neutralizado ou tornado sem efeito. Fico pensando em quanto isso reverterá em favor dos cofres públicos e o quanto atingirá de morte as tais odiosas entidades sociais.
Com grande expectativa também, estou vendo a atuação da equipe econômica que já decidiu, com o aval do Presidente, deixar que a Embraer voe mais alto, demonstrando que o Estado Brasileiro evoluiu e muito, bem como aprovar uma reforma da Previdência Social de verdade, para por fim aos privilégios, sem fatiamentos, sem subterfúgios, contrapartidas e sem tratamentos diferenciados para qualquer classe ou corporação civil ou militar. O País só deve ter uma categoria de filiados à Previdência Social: a do trabalhador brasileiro. Como disse o Prof. Paulo Guedes: “Será uma reforma que nos próximos vinte anos nem será preciso falar a respeito da mesma”.
Minha esperança é de que outras decisões iguais àquela sejam adotadas para reabilitarem a economia do Brasil. Quero ver a maldita “burro-cracia esquerdista” ser dizimada; o complexo sistema de tributos definitivamente desmantelado e substituído por algo factível e menos estúpido, levando de roldão a máquina fiscal venal e corrupta; a redução drástica da carga tributária algoz de quem produz; a facilitação do acesso para os pequenos ao capital por meio de todos os bancos estatais e privados; a adequação dos perversos juros e lucros dos bancos à realidade brasileira; uma definitiva reforma da anacrônica lei trabalhista e o incondicional apoio a quem inova e racionaliza para produzir mais e mais. Quero ver, também, entupir o Norte e o Nordeste de empregos, resgatando aquelas regiões das mãos sujas dos caciques e dos coronéis de sempre.
Releve Senhor Capitão até porque sei que falo pra quem sabe, mas só estou passando para lembrar. O Brasil é muito rico e promissor, mas seu povo – dono de um País continente onde se planta e se colhe três vezes no ano – é muito pobre. Penso que é necessário começar a reverter isto em dois anos pelo menos, ou seja, até as próximas eleições. Se isso não for possível a esquerda delinquente se assanha novamente e aí temo que possa haver “muito choro e ranger de dentes", como se diz desde o Antigo Testamento. (Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM é advogado. Email:bppconsultores@uol.com.br).

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