O APOSENTADO CATIVO / SENHOR SENADOR, SENHOR DEPUTADO
Postado por
Aposentados em Alerta
às
15:43
Prezado Senhor SENADOR / DEPUTADO:
Com respeitoso pedido de vênia encaminho-lhe a imortal Poesia do nosso iluminado poeta Olavo Bilac, "O Pássaro Cativo". Esta brilhante Poesia abrange as perversidades infringidas aos belíssimos pássaros que adornam o nosso espaço, e que são aprisionados em gaiolas por ambição, maldade ou vaidade pessoal. Acho-a muito adaptável ao critério indevido de excluir os aposentados do Sistema Previdenciário. Pássaros e Aposentados são igualmente cativos. As avezinhas são cativas da liberdade, enquanto os aposentados são cativos do direito de receber os seus reajustes com o mesmo corretivo dado ao SM, enquanto, dois terços de aposentados, do mesmo RGPS, recebem o mesmo percentual dado à atualização monetária. Parafraseando o Poema, aí vai a versão do O Pássaro Cativo para O APOSENTADO CATIVO...
Cordiais saudações.
Almir Papalardo.
** O APOSENTADO CATIVO **
Adaptou-se no INSS uma aposentadoria maldosa
Todo aposentado com benefício acima do piso
Cai na cilada duma aposentadoria falsa e ardilosa
Terá até o fim seus proventos sob improviso...
Prometeram-lhe garantias, reconhecimento e tudo
Por que é que, tendo tudo isto, há de ficar
O aposentado triste, magoado, mudo
Arredio e cabisbaixo sem reclamar?
É que, políticos, aposentados não se rebelam
Só murmurando a sua dor exalam
Sem que todos os possam entender
Se os aposentados gritassem, reclamassem
Talvez os teus ouvidos escutassem
Todo aposentado magoado dizer:
Não quero o teu matreiro despiste
Quero aposentadoria séria, isto é o que procuro
Não quero mais maldades para aposentado triste
Nem quero ver um aposentado sequer inseguro
No passado em que nasci
Só havia boa vontade de nossos organizadores
Tínhamos só bonanças e não dores
E nem precisávamos de ti
Não quero mais ser tratado com frieza
Nenhuma das tuas promessas me dá firmeza
Desconsideraram meus descontos maiores na atividade
Quero o INSS antigo, justo, com melhor criatividade
Me devolva à vida, exponha-me ao sol
Com que direito à escravidão me condenas
Quero saudar todos os aposentados no arrebol
Por que me nega o direito de aumentos de verdade
Diminuindo-os ano a ano(?!) sempre fora da realidade?
Por que me prendes? Solta-me, covarde
Por que privar-me de receber frutos de cordialidade
Não me roubes o direito de ter minha individualidade
Quero luz para o meu fim, quero paz e tranquilidade
Estas cousas o aposentado diria
Se abrisse a boca para falar
Tua mente, legislador, tremeria
Vendo tanta aflição
Tua mão carrasca, sem hesitar, lhe abriria
A porta da prisão
Velhos aposentados recuperariam a alforria...
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