Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

O APOSENTADO CATIVO / SENHOR SENADOR, SENHOR DEPUTADO

Prezado Senhor SENADOR / DEPUTADO: Com respeitoso pedido de vênia encaminho-lhe a imortal Poesia do nosso iluminado poeta Olavo Bilac, "O Pássaro Cativo". Esta brilhante Poesia abrange as perversidades infringidas aos belíssimos pássaros que adornam o nosso espaço, e que são aprisionados em gaiolas por ambição, maldade ou vaidade pessoal. Acho-a muito adaptável ao critério indevido de excluir os aposentados do Sistema Previdenciário. Pássaros e Aposentados são igualmente cativos. As avezinhas são cativas da liberdade, enquanto os aposentados são cativos do direito de receber os seus reajustes com o mesmo corretivo dado ao SM, enquanto, dois terços de aposentados, do mesmo RGPS, recebem o mesmo percentual dado à atualização monetária. Parafraseando o Poema, aí vai a versão do O Pássaro Cativo para O APOSENTADO CATIVO... Cordiais saudações. Almir Papalardo. ** O APOSENTADO CATIVO ** Adaptou-se no INSS uma aposentadoria maldosa Todo aposentado com benefício acima do piso Cai na cilada duma aposentadoria falsa e ardilosa Terá até o fim seus proventos sob improviso... Prometeram-lhe garantias, reconhecimento e tudo Por que é que, tendo tudo isto, há de ficar O aposentado triste, magoado, mudo Arredio e cabisbaixo sem reclamar? É que, políticos, aposentados não se rebelam Só murmurando a sua dor exalam Sem que todos os possam entender Se os aposentados gritassem, reclamassem Talvez os teus ouvidos escutassem Todo aposentado magoado dizer: Não quero o teu matreiro despiste Quero aposentadoria séria, isto é o que procuro Não quero mais maldades para aposentado triste Nem quero ver um aposentado sequer inseguro No passado em que nasci Só havia boa vontade de nossos organizadores Tínhamos só bonanças e não dores E nem precisávamos de ti Não quero mais ser tratado com frieza Nenhuma das tuas promessas me dá firmeza Desconsideraram meus descontos maiores na atividade Quero o INSS antigo, justo, com melhor criatividade Me devolva à vida, exponha-me ao sol Com que direito à escravidão me condenas Quero saudar todos os aposentados no arrebol Por que me nega o direito de aumentos de verdade Diminuindo-os ano a ano(?!) sempre fora da realidade? Por que me prendes? Solta-me, covarde Por que privar-me de receber frutos de cordialidade Não me roubes o direito de ter minha individualidade Quero luz para o meu fim, quero paz e tranquilidade Estas cousas o aposentado diria Se abrisse a boca para falar Tua mente, legislador, tremeria Vendo tanta aflição Tua mão carrasca, sem hesitar, lhe abriria A porta da prisão Velhos aposentados recuperariam a alforria...

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