CATÁSTROFE GAÚCHA
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Aposentados em Alerta
às
13:24
A CATÁSTROFE GAÚCHA
E A MÃO IMPEDIOSA DA MÃE NATUREZA Luiz Ferreira da Silva,87
(Cidade gaúcha sob ação predatória das chuvas torrenciais)
Todos estarrecidos com as chuvas no Rio Grande do Sul destruindo tudo
pela frente, causando danos físicos e na alma dos seus habitantes.
Temporais constantes, afetando os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo,
Jacuí, Sinos, Gravataí. Além do Guaíba, em Porto Alegre, deixando mais de 80
mortos, uma centena de desaparecidos e danos em casas, estradas, pontes.
Havia uma Natureza provendo ao Homem, exigindo apenas sua interação
com o ambiente fito-ecológico, ademais do mote: usar sem depredar. De outra
forma, ela não se responsabilizaria com as consequências, alertando: quem
transgredir as minhas leis será cobrado mais tarde.
No meio rural, a derrubada da vegetação das ribeiras dos rios, evita a
erosão de suas margens e até contribui com a riqueza ictiológica. Nas Cidades,
as obras que tamponam e compactam o solo, as edificações em áreas
declivosas, as barreiras verticais, os esgotos contaminantes, as árvores
plantadas inadequadamente no meio urbano, são agressões.
A chuva é um presente de Deus. Fator fundamental da vida. Mas o
Homem, no seu imediatismo e individualismo, também influi negativamente nos
seus ciclos, anteriormente bem definidos, provocando distúrbios de toda sorte.
Exemplifico aos prezados leitores para melhor elucidação:
*. No ambiente natural, a chuva é uma dádiva; sempre benvinda. Ela, ao
cair, é amortecida pelas árvores, evitando que a sua energia destrua o solo,
causando erosão. Imediatamente, as águas vão se amoldando ao terreno,
procurando o seu caminho para chegar ao leito do rio, sem antes ir recarregando
os depósitos subterrâneos. Nesse seu trajeto, vai molhando as raízes das
plantas, solubilizando os nutrientes (alimentos dos vegetais e microrganismos) e
matando a sede dos animais. Depois, transforma-se em “fumaça” e volta a
formar nuvens, fechando o ciclo biológico.
*. Diferentemente, uma chuva que cai numa Cidade, cujo Natureza foi
alterada, é sempre motivo de preocupação. A ação do homem sem a devida
atenção às características do solo e aspectos físico-hídricos repercute no bem-
estar da população, desde um simples alagamento à queda de barreiras com
danos irreparáveis, como está acontecendo presentemente com os irmãos do
Sul.
Dessa forma, além de se ajuizar o Homem, de modo geral, quanto à
educação ambiental, é também importante que os Engenheiros aprendam a
construir obras que atendam aos ensinamentos da Mestra Natureza.
Portanto, pela má intervenção do homem, cada vez mais se agrava o
problema da água, não só neste aspecto catastrófico, mas para próprio consumo
humano, como também para uso industrial e, principalmente, para utilização na
agricultura (irrigação), antevendo-se carência ou grande dispêndio no tratamento
desse importante recurso no próximo milênio. (Maceió/AL, 07-05-2.024).
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