Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

APOSENTADORIAS DEGRADADAS

Aposentadorias degradadas - Um artigo que Vale a Pena ser Reprisado... Caixa de entrada almir papalardo 2 de set. de 2021 18:43 (há 22 horas) Para os prezados amigos acompanhantes da novela 'A traiçoeira Guerra Entre Presidentes da Nação Versos Aposentados', transcrevo a seguir, um brilhante artigo do gênio Paulo Sant'Ana, um ilustre jornalista gaúcho. Até hoje este corajoso e brilhante texto do renomado escritor, acirrou de vez essa desastrosa polêmica oculta entre governantes e trabalhadores esquecidos e encurralados, que por falta de apoio popular, tiveram a sua aposentadoria seriamente transgredida. Salve o jornalista Paulo Sant'Ana um dos mais brilhantes do Brasil que até hoje ilumina o nosso jornalismo, principalmente com esta severa chinelada nos antigos presidentes do Brasil, responsáveis pelo covarde massacre aos velhos aposentados! Descanse em paz no trono celestial meu abençoado jornalista Paulo Sant'Ana... ALMIR PAPALARDO. Aposentadorias degradadas 16 de maio de 2008 44 Acontece o seguinte: no governo Fernando Henrique Cardoso, foi instituído o fator previdenciário. Trata-se de um mecanismo que determina um corte de até 40% nas aposentadorias dos trabalhadores, conforme a idade do cidadão, mesmo que ele já tenha cumprido todo o tempo de contribuição. O corte varia de acordo com a idade de quem se aposenta (menos idade, maior o corte). Os mais penalizados são aqueles que começaram a trabalhar mais jovens, que cumprem o tempo de contribuição mas têm de continuar a trabalhar para não sofrerem o corte. Outra herança trágica para o trabalhador instituída no governo Fernando Henrique Cardoso foi a desvinculação do reajuste de todas as aposentadorias com o reajuste do salário mínimo. Por essa separação, os governos Fernando Henrique e Lula jactam-se de concederem reajustes consideráveis no salário mínimo, mas não atribuem às outras aposentadorias com valor superior ao salário mínimo o mesmo índice de reajuste. Quem ganha na aposentadoria mais que um salário mínimo tem recebido reajuste insignificante em comparação ao salário mínimo, ocasionando por exemplo a perversidade de que quem ganha cinco salários mínimos na aposentadoria vê reduzidos seus proventos, em poucos anos, para três, para dois salários mínimos, logo adiante passará a ganhar um só salário mínimo. Vai subindo cada vez mais o valor do salário mínimo, reajustado em nível altamente compensador, enquanto que as aposentadorias maiores sofrem um arrocho que tem sido desumano. Tanto o fator previdenciário quanto o não-acompanhamento do reajuste das aposentadorias em geral com o do salário mínimo constituem-se em perversidade do governo com os aposentados, que ficam por esses dispositivos condenados à opressão salarial ou a trabalhar por tempo excessivo ao do exigido para a contribuição. Os aposentados brasileiros vêm sofrendo ano a ano degradação de seus ganhos, eles que já entregaram toda sua vida ao trabalho e agora precisam mais do que nunca de proventos minimamente dignos, com reajustes de índices iguais ao do salário mínimo. O governo mesmo informou que nos últimos sete anos poupou R$ 10 bilhões graças ao fator previdenciário. A seguridade, que compreende previdência, saúde e assistência social, é superavitária. Parte desse superávit tinha de ser destinada aos cada vez mais precários proventos dos aposentados. Para mudar esse quadro, o senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou projeto no Senado Federal que acaba com o fator previdenciário e revincula os proventos dos aposentados ao índice de reajuste do salário mínimo. Foi tanta a repercussão do esforço do senador Paim, que o projeto foi aprovado por unanimidade no Senado. Mas o governo, que tem maioria absoluta na Câmara, onde será decidida a questão, não concorda com a mudança. Anteontem, foi realizado em Brasília um evento que visou à mobilização dos deputados federais para essa importante questão previdenciária e social, sob a liderança do senador Paim e da deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS), dois gaúchos na liderança dessa luta pela redenção das aposentadorias. E, no próximo dia 29, esse ato pela luta contra a opressão salarial dos aposentados será realizado aqui em Porto Alegre, às 14h, no auditório da Fetag e às 18h na Esquina Democrática. É imprescindível que os aposentados gaúchos lá compareçam, como o público em geral, para levar à frente esta luta por uma política que visa a desconstituir o empobrecimento e a inanição dos aposentados brasileiros. *Texto publicado hoje em Zero Hora. Postado por Sant`Ana

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