Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

PODERIA SER PIOR

PODERIA SER PIOR Caio Mesquita - CEO da Empiricus Tendo completado 56 anos nesta semana, o tema da idade, e como se preparar para um mundo cada vez mais velho, tem capturado minha atenção. Se você ainda é jovem, talvez não saiba, mas certamente já desconfia de que envelhecer é, na sua essência, ruim. A decadência física é inexorável. Depois dos quarenta anos, então, o quadro só piora. Todo o esforço que fazemos, alimentação, exercícios, procedimentos estéticos, são meras distrações à inevitabilidade do tempo. Há sempre um lado bom, porém. Os erros acumulados, se bem entendidos, minimizam chances de reincidência. Já vimos esse filme antes, e a frequência de reprises só aumenta. Há poucos tipos de seres humanos, menos do que podemos contar com os dedos de uma mão. Dizem que a primeira impressão é a que fica. Talvez não, mas cada vez tenho me surpreendido menos, tanto positiva ou negativamente. Recebo uma mensagem de alguém, com quem nunca falei antes, me chamando de "querido". Quando jovem, eu imaginava se tratar de um chamado carinhoso. Hoje, não mais. Velhos são conhecidos reclamões, mas a verdade é que, em número cada vez maior, nunca foi tão fácil ser velho. A população mundial, e o Brasil segue essa tendência, segue cada vez mais velha e não há sinais de que esse processo seja revertido. De acordo com o IBGE, a proporção de brasileiros com 65 anos ou mais deve passar de 9,5% em 2020 para 25,5% em 2060. Esse rápido crescimento da população idosa traz desafios mas, como investidores, nos cabe buscar as oportunidades desta nova realidade. Ficamos excitados com o impacto de gadgets e inovações tecnológicas tentando estimar como as grandes techs podem se valorizar, mas talvez o dinheiro no futuro venha de soluções que viabilizem a ampliação de serviços de saúde, medicamentos e tecnologias assistivas. Com uma maior demanda por serviços e produtos ligados à saúde, temos a obrigação de nos interessar em como empresas de biotecnologia, farmacêuticas e de cuidados para idosos estão evoluindo. As mudanças demográficas vão além do óbvio, porém. Os mais velhos são pilar significativo no mercado de luxo, priorizando a qualidade e a exclusividade em detrimento da ostentação. Os coroas são os principais compradores em categorias como relógios sofisticados, jóias, moda e carros de luxo, posto que têm mais poder de compra do que as gerações mais jovens, devido a décadas de poupanças e investimentos. Esse grupo também valoriza funcionalidade, qualidade e design, e está mais propenso a investir em experiências de luxo, como viagens exclusivas, gastronomia de alta qualidade e bem-estar premium. A indústria financeira e de investimentos também se desenvolve em sintonia com o envelhecimento da população. Na Empiricus, apenas para dar um exemplo em primeira pessoa, há uma clara correlação positiva entre a faixa etária e o engajamento dos assinantes. Por outro lado, devemos ter cuidado com os idosos do lado do passivo. Investidores, cada vez mais preocupados com a capacidade dos governos em honrar suas obrigações previdenciárias futuras, começam a embutir prêmios na rolagem da dívida pública até mesmo dos países desenvolvidos. Setorialmente, deve-se tomar cuidado ao se investir em ações de convênios médicos, por exemplo, cuja saúde financeira pode ser comprometida se a proporção de clientes idosos for desproporcionalmente alta em relação aos clientes mais jovens e saudáveis, que geralmente necessitam de menos cuidados médicos. Ao final, sabemos que envelhecer é ruim, mas a alternativa é muito pior. Deixo você agora com os destaques da semana. Um abraço e boa leitura. Caio Mesquita CEO da Empiricus

OLHAR DIALÉTICO DA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA GAÚCHA

DO JORNAL AGRISÊNIOR NOTÍCIAS OLHAR DIALÉTICO DA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA GAÚCHA Manoel Moacir C. Macêdo; Manoel M. Tourinho & Gutemberg A. D. Guerra Os autores, são agrônomos, cristãos e respectivamente PhDs pela University of Sussex, Inglaterra; University of Wisconsin, Estados Unidos; e École des Hautes Éstudes, França. Algemado em suas raízes históricas, o Brasil é um País majoritária e oficialmente cristão. É o país com maior percentual de crentes do planeta, pois 81% desse universo declaram acreditar em Deus. A utopia de “amar ao próximo, como a si mesmo” se expõe à pro-sociabilidade, como caminho para superar as desigualdades sociais. A expressão de solidariedade do conjunto do povo brasileiro à tragédia climática no estado do Rio Grande do Sul não será suficiente se permanecer limitada àquele estado, pois exige uma profunda revisão da postura nacional frente às necessidades de uma justiça climática e ambiental. A surpresa não é somente com as históricas secas do Nordeste brasileiro, onde sessenta milhões das filhas e filhos do mesmo Deus das gaúchas e gaúchos, padecem secularmente, não pelo excesso, mas pela carência de chuva, alimento, terra, moradia, educação e saúde. A pauta concentra nas ações dos responsáveis pela coletividade na prevenção, inteligência, e contenção de ameaças de tragédias como a atual. Conhecida a liberalidade das restrições ambientais e flexibilidade a qualquer produção agrícola por entes municipais, estaduais e federal, sem considerar a nossa sociedade profundamente marcada pela desigualdade.               Não se trata de fazer comparações entre quem sofre mais ou menos, mas tornar claras as responsabilidades de quem deve cuidar das pessoas por igual. Não está em julgamento o eventual “choro dos alvos e gordos” e nem os “sofreres dos esquálidos pretos e pardos”. Uns do Sul, outros do Nordeste, mas todos de uma mesma geografia reencarnatória. Na dialética cristã não pode prosperar o separatismo por cor, raça, procedência nem por opção sexual. Ao contrário, deve avançar para mais integração de um só povo pretensamente ungido como irmãos pelo sinal da Santa Cruz. Aqui se diz que “Deus é brasileiro, coração do mundo e pátria do Evangelho”. A igualdade em sua amplitude cristã deve ser a âncora dos povos onde quer que estejam. Sinal igual de integração deve ser dado àqueles modos de produção que expressam a suavização das desigualdades sociais, afastando antigas e novas marginalizações fincadas na distribuição da riqueza. Sul e Nordeste de um país continental como o Brasil, expressam contingências sociais distintas. História, sociologia, antropologia, economia e política, são dialeticamente opostas. No primeiro, simplificadamente, os solos são férteis, a maioria da gente alva e o sol generoso. No segundo, a aridez, a gente preta e tostada pelo sol cáustico. No Sul, é marcante a influência dos imigrantes europeus brancos e livres, no Nordeste, os autóctones e pretos por muito tempo escravizados. Não são determinismos históricos, mas situações circunstanciais, regidas pela lei moral de uma duvidosa concepção de progresso. Considerando o PIB - Produto Interno Bruto, o Rio Grande do Sul é o quinto estado mais rico, entre as vinte e sete unidades federativas do Brasil. Similar opulência na produção agropecuária. Esses índices projetam o Brasil como a nona economia global. Essas unidades federativas não são similares nem no IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, nem no PIB e menos ainda na distribuição da riqueza. Existe um persistente fosso de bem-estar entre eles. Como está sendo manejada essa riqueza? pergunta-se. De onde vieram os “homens sem-terra para as terras sem homens” quando da ocupação subordinativa da Amazônia? A unidade recai compulsoriamente, nos cuidados do estado, com o povo varonil do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste de um único País. Não é justificável e nem moralmente aceitáveis tão distintos acolhimentos em tragédias, tal qual as enchentes e as secas, de um mesmo povo. Pecado capital que merece a excomunhão cristã. No senso comum, predominam, pelos que muito tem, o sentido do Estado como estrutura degenerada, corrupta e desprezível ao desenvolvimento. Diferente dos que pouco possuem, que colhem o Estado como o único alívio às necessidades básicas do viver, como saúde, educação e moradia, entre outros direito sociais e constitucionais. Na práxis são letras mortas, qualificadas como expectativas de direitos. O caso da tragédia do Rio Grande do Sul é uma inexorável evidência. De imediato os três poderes da República agiram e colocaram em ação as suas organizações e a soma de sessenta bilhões de reais. Outros privilégios por certo advirão, a exemplo de anistias e subsídios. Na versão cristã não cabem discriminações perante as tragédias, mas perdão, compaixão e solidariedade como bálsamos às dores e feridas, como no caso da tragédia gaúcha, com mais de uma centena de mortos, outro tanto de desaparecidos, e mais de três centenas de municípios em estado de calamidade pública. Ao final, os cristãos, pela via da espiritualidade, acolhem livre de dogmas, o que reza a lei moral da destruição: “é necessário que tudo se destrua para renascer e se regenerar” e mais, “as desigualdades das condições sociais não é uma lei natural, mas é obra do homem e não de Deus”. Ao final, existem outras possibilidades de interpretações sobre os fenômenos climáticos a ser urgentemente levadas em conta. Os astrofísicos e pesquisadores sobre o clima têm alertado com frequência sobre a movimentação dos rios voadores, e as recentes catástrofes. Afirma ainda, que outras poderão acontecer como consequência da intervenção humana no planeta, mas isso deixamos em aberto para uma abordagem mais específica, reunindo os dados que justificam essas previsões.

O CLIMA MUDOU? O HOMEM? O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO?

O CLIMA MUDOU? O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO? Luiz Ferreira da Silva Pesquisador aposentado da CEPLAC e Hermes Almeida Ex- Pesquisador da CEPLAC e Professor da Universidade Estadual da Paraíba. Vamos pegar o exemplo da capital paulista. São 6,2 milhões de veículos mandando para o ar que respiramos, toneladas de gases emanados dos canos de descargas dos veículos impulsionados por energia fóssil, a do petróleo. O álcool, um amenizador, entra em pouca percentagem. Mas não contribui tanto, inclusive polui com a queima das palhas da cana, além de emitir gases. Essa mão humana no contexto, não só prejudica a nossa saúde, como altera o nosso céu. Não sei se ao ponto de mudar o clima, mas certamente de bagunçar as correntes de ar, provocar os famosos “abafamentos” e provavelmente alterar as concentrações das quedas pluviométricas. Fiquemos por aqui, hoje, só nesse parâmetro da ação maléfica do bicho-homem. Deixemos o desmatamento, o esgotamento sanitário, os gases industriais, as áreas antropizadas, a eutrofização das águas, a degradação dos solos para uma outra apreciação. Veja e se “assunte” que são agressões a uma ambiência, outrora, pura, em todos os seus parâmetros, resultando um desequilíbrio dos ciclos da natureza. Isso é uma verdade aos olhos de todos. Nada de ser cientista para enxergar. Os eventos extremos do Tempo são, a priori, variações naturais. As ações antrópicas degradam o meio ambiente, cujos efeitos que antes eram “normais” passam a ser extremos. As chuvas, por exemplo, resultam de nuvens convectivas, especialmente, às cumulonimbus (Cb), porque elas se formam devido as diferenças nas correntes convectivas térmicas. Esse tipo de precipitação ocorre, com maior frequência no verão ou em dias típicos de verão, em outra estação do ano. Áreas antropizadas, pois, favorecem não somente a formação desse tipo de nuvens, mas ampliam os seus efeitos em razão do aumento no escoamento superficial. As cidades, em especial, as regiões metropolitanas, como a referida, SP, com grandes áreas antropizadas oportunizam, em geral, condições para formar Cbs, cuja espessura vertical pode alcançar 16 km e milhões de toneladas água, que precipitam com elevadas intensidades, com descargas elétricas e trovões, podendo ocorrer ventos fortes e granizo. Recortes geográficos modificados resultam, na sua maioria, no balanço de energia à superfície maiores e, portanto, elevam-se as temperaturas do ar. Para uma mesma altura de chuva, que no ambiente natural resultava apenas numa cheia (normal), ocasiona nesse ambiente modificado uma repercussão maior, com inundações e alagamentos. Imagine, ademais, a falta de estrutura das Cidades, desprovidas de obras de escoamento, drenagem interna, contenção de barreiras e de “pôlders”! Em síntese, para aclarar a questão: ambientes modificados ocasionam efeitos extremos de qualquer elemento meteorológico. Portanto, mudar o ambiente, não significa mudança no clima e muito menos ainda, mudança climática. Então, o clima continua o mesmo, igualzinho de dantes, porém o Homem é quem mudou a ambiência, bagunçando os ciclos atmosféricos e os eventos pluviais, de modo a alterar o regime de chuvas, a temperatura e a umidade do ar. Em outras palavras, a ambiência degradada resulta em outro ambiente E a cada vez mais, os reflexos negativos para o planeta, via enchentes, queda de barreiras, alteração do perfil de equilíbrio dos rios e tempestades marítimas. Portanto, meu caro leitor, a coisa é feia e ultrapassa as pomposas reuniões dos países ricos, no seu “mise en scene” (encenação) ridículo, prometendo metas e mais metas, somente para jogar para a plateia. Enquanto eles “palram”, vamos nos juntar aos gaúchos na construção de suas cidades devastadas por fenômenos da natureza, provocados pelo próprio Homem, bem como ajudar às milhares de famílias atingidas, deixando-os jogando conversa fora com o catastrofismo da mudança climática, quando são os responsáveis maiores pela destruição da Mãe Natureza. No momento, vamos reconstruir Porto Alegre e tantas outras cidades menores do RS. Mas não vamos ficar só nisso e daqui uns 6 meses cair no esquecimento e continuar no mesmo diapasão de dantes. Isso, jamais! Vamos, isso sim, fincar nas nossas mentes a necessidade urgente de uma NOVA ORDEM AMBIENTAL, pressionando aos nossos governantes incessantemente, ajuizando, inclusive, as ongs ambientais de discurso repetitivo. (Maceió/AL, 20/05/2.024)

O CLIMA MUDOU?

O CLIMA MUDOU? O HOMEM, DEGRADANDO A NATUREZA, NÃO CRIOU UM OUTRO AMBIENTE MODIFICADO, ALTERANDO O EFEITO DO TEMPO? Luiz Ferreira da Silva, 87 Engenheiro agrônomo e Escritor. Pesquisador aposentado da CEPLAC/BA. Vamos pegar o exemplo da capital paulista. São 6,2 milhões de veículos mandando para o ar que respiramos, toneladas de gases emanados dos canos de descargas dos veículos impulsionados por energia fóssil, a do petróleo. O álcool, um amenizador, entra em pouca percentagem. Mas não contribui tanto, inclusive polui com a queima das palhas da cana, além de emitir gases. Essa mão humana no contexto, não só prejudica a nossa saúde, como altera o nosso céu. Não sei se ao ponto de mudar o clima, mas certamente de bagunçar as correntes de ar, provocar os famosos “abafamentos” e provavelmente alterar as concentrações das quedas pluviométricas. Fiquemos por aqui, hoje, só nesse parâmetro da ação maléfica do bicho- homem. Deixemos o desmatamento, o esgotamento sanitário, os gases industriais, as áreas antropizadas, a eutrofização das águas, a degradação dos solos para uma outra apreciação. Veja e se “assunte” que são agressões a uma ambiência, outrora, pura, em todos os seus parâmetros, resultando um desequilíbrio dos ciclos da natureza. Isso é uma verdade aos olhos de todos. Nada de ser cientista para enxergar. A propósito, o Dr. Hermes Almeida, Climatologista renomado, ex- ceplaqueano e professor titular da Universidade Federal da Paraíba, com sabedoria, nos ensina: Os eventos extremos do tempo são, a priori, variações "naturais". As ações antrópicas contribuem para formar Cb (cumuloninbus), porque ela se forma devido as diferenças nas correntes convectivas térmicas. Por isso, que os Cbs ocorrem, com maior frequência no verão ou em dias típicos de verão, em outra estação.do ano. As cidades, em especial, as regiões metropolitanas, como a de SP, por exemplo, com as ações antrópicas, em geral, geram condições para formar Cbs, cuja. espessura vertical de um pode chegar a 16 km e milhões de toneladas água. Então, o clima continua o mesmo, igualzinho de dantes, porém o Homem mudou a ambiência, bagunçando os ciclos atmosféricos e os eventos pluviais, de modo a alterar a precipitação pluviométrica, a temperatura e a umidade do ar; ou seja, a ambiência degradada resulta em outro ambiente, E a cada vez mais, os reflexos negativos para o planeta, via enchentes, queda de barreiras, alteração do perfil de equilíbrio dos rios e tempestades marítimas. Portanto, meu caro leitor, a coisa é feia e ultrapassa as pomposas reuniões dos países ricos, no seu “mise en scene” (encenação) ridículo, prometendo metas e mais metas, somente para jogar para a plateia. Enquanto eles “palram”, vamos nos juntar aos gaúchos na construção de suas cidades devastadas por fenômenos da natureza, provocados pelo próprio Homem, bem como ajudar às milhares de famílias atingidas, deixando-os jogando conversa fora com o catastrofismo da mudança climática, quando são os responsáveis maiores pela destruição da Mãe Natureza. No momento, vamos reconstruir Porto Alegre e tantas outras cidades menores do RS. Mas não vamos ficar só nisso e daqui uns 6 meses cair no esquecimento e continuar no mesmo diapasão de dantes. Isso, jamais! Vamos, isso sim, fincar nas nossas mentes a necessidade urgente de uma NOVA ORDEM AMBIENTAL, pressionando aos nossos governantes incessantemente, ajuizando, inclusive, a ruma de ongs ambientais de discurso curto. (Maceió/AL, 16/05/2.024)