Odoaldo Passos
Aposentado
Em
 todos os relatórios do governo são apresentados que boa parte do 
orçamento é destinada para juros e a amortizações da divida, sempre vem 
discriminado que a maior parte é para pagar a amortização dívida. Ora se
 a maior parte é para a “amortização da dívida” como é possível explicar
 o contínuo crescimento da dívida? Tem alguém dentro do Banco Central 
nos enganando.
Os dados apontam que no ano de 2009 o gato com juros e amortização da dívida representou 35,57 % do Orçamento da União (379,88 bilhões) e em 2014, o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida pública, o que representando 45,11% de todo o orçamento efetivamente executado no ano.
É
 necessário explicar para a sociedade que, muito embora a taxa selic 
atual seja de 14,75% ao ano, o governo continua pagando taxa de juros de
 mais de 40% dos contratos antigos. Em média hoje o governo paga uma 
taxa de juros de 22% ao ano. Neste caso, só existe uma solução, revisão 
contratos, caso contrário o povo brasileiro continuará trabalhando para 
engordar a taxa de lucro dos bancos. Talvez hoje estejamos colhendo o 
ônus de ter deixado na presidência do Banco Central um banqueiro durante
 oito anos, na verdade foi o mesmo que colocar uma raposa cuidando do 
galinheiro.
Caso
 o governo não rompa com esta armadilha a tragédia Grega também não 
estará longe de nós. Uma coisa é uma dívida interna do governo americano
 em mais de 100% do PIB com uma taxa de juros pequena e outra é a dívida
 interna brasileira com uma das maiores taxas de juros do mundo.
Então
 o Governo Dilma precisa ser franco e claro com a sociedade, a CPMF é 
para pagar os juros para os banqueiros e não as aposentadorias do povo 
trabalhador.
Gráfico 01 - Orçamento Geral da União (Executado em 2014) – Total = R$ 2,168 trilhão
Gráfico 02: Orçamento Geral da União (Executado em 2013) – Total = R$ 1,783 trilhão
 
 
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