Salvo-Conduto para Bolsonaro
Prezados Senhores
Em política econômica todas as medidas tomadas têm efeitos retardados, suas respostas não são imediatas, com isso o terrível ano de 2019 que se prenuncia serão respostas de todos os crimes de responsabilidades fiscais cometidos pelo maldito e satânico governo Temer. Cabe lembrar que o orçamento de 2019 é do governo Temer. Algo que deveria ser mudado no Brasil.
Em sentido figurativo poderíamos comparar com uma represa que ao abrir as suas comportas, o aumento do leito do rio na foz levará algum tempo para ocorrer.
Abaixo outra bomba que irá explodir no colo do presidente Bolsonaro:
Eu (IPP) sou você (IPCA) amanhã.
Cabe lembrar que o IPP (Índice de Preços ao Produtor) que nada mais é do que o IPCA futuro teve aumento de 7,99% em doze meses até janeiro de 2019, bem como o IGPM na ordem de 7,62% em doze meses até fevereiro de 2019 e o IPCA de 3,89% em doze meses até fevereiro de 2019.
Em função da baixa atividade econômica as empresas não estão conseguindo repassar para os preços ao consumidor, e com isso descapitalizando-se e gerando falências, pedido de recuperação judicial e baixos investimentos, consequentemente baixo crescimento econômico.
Em vista do acima exposto a baixa inflação pelo IPCA é uma bomba relógio que irá explodir no colo do governo Bolsonaro. Em economia não há milagres. Aguardem!
Bloqueio no orçamento faz verba para custeio e investimentos ser a menor dos últimos dez anos
Bloqueio de R$ 29 bi foi anunciado pelo governo nesta sexta. Segundo Ministério da Economia, medida fez com que limite de despesas não obrigatórias caísse de R$ 129 bi para R$ 90 bi.
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
23/03/2019 05h00 Atualizado há 7 minutos
Governo anuncia bloqueio de R$ 29 bilhões no orçamento
O bloqueio no orçamento anunciado pelo governo nesta sexta-feira (22) fará com que a verba para custeio e investimentos seja a menor desde 2008, quando começou a série história do Tesouro Nacional.
Ao todo, o bloqueio anunciado é de R$ 29,7 bilhões e, segundo a equipe econômica, o objetivo é garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano.
Com a medida, explicou o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, o limite dos gastos discricionários (não obrigatórios) caiu de R$ 129 bilhões para R$ 90 bilhões neste ano.
O governo afirma que buscará reverter o bloqueio e, com isso, tentar elevar o limite dos gastos com custeio e investimentos.
Efeitos nos serviços públicos
Se for confirmado o teto de R$ 90 bilhões para as despesas não obrigatórias, podem faltar recursos para alguns serviços do governo.
Em 2017, por exemplo, quando o teto era de R$ 117 bilhões, a impressão de passaportes e as fiscalizações contra o trabalho escravo chegaram a ser suspensas ou reduzidas. Também houve redução nos recursos para as universidades federais.
De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, o espaço necessário para os gastos públicos deve ficar acima de R$ 75 bilhões. Assim, diz a IFI, não haverá problemas no funcionamento de ministérios nem na operacionalização de políticas públicas.
Esse seria o piso necessário, de acordo com o órgão, para evitar o chamado "shutdown" da máquina pública ou "desligamento", por meio do qual o governo tem o funcionamento prejudicado e não consegue produzir alguns serviços públicos para a sociedade.
De acordo com estudo do economista e pesquisador Manoel Pires, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, porém, quando se olha para "todos os indicadores disponíveis", a impressão é que se a despesa discricionária ficar abaixo de R$ 120 bilhões é "muito provável que o governo federal já esteja muito próximo de aplicar um shutdown na prática".
Entre os gastos não obrigatórios, estão:
· Investimentos em infraestrutura;
· Ações de defesa agropecuária;
· Bolsas do CNPq;
· Concessão de bolsas de estudo (Capes);
· Pronatec;
· Emissão de passaportes;
· Farmácia popular;
· Fiscalização ambiental (Ibama);
· Bolsas para atletas;
· Aquisição e distribuição de alimentos para agricultura familiar;
· Despesas administrativas do governo (água, energia elétrica, serviços terceirizados).
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Segundo analistas, entre os principais gastos afetados pela redução das despesas discricionárias geralmente estão os investimentos públicos em infraestrutura, que, em 2018, atingiram o menor patamar em dez anos, somando R$ 27,8 bilhões.
O que diz a equipe econômica
Ao anunciar o bloqueio no orçamento de 2019, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, afirmou que o governo buscará reverter esse corte no decorrer deste ano.
Para isso, espera contar com recursos decorrentes do crescimento da economia, da privatização da Eletrobras e da cessão onerosa (contrato firmado entre Petrobras e União, cujo excedente pode render cerca de R$ 100 bilhões neste ano).
"Não há nenhuma estimativa de problemas na operacionalização da máquina publica. O cenário econômico está sendo acompanhado para reversão desses valores [bloqueados]", declarou ele, citando o processo de venda de ativos (Eletrobras e cessão onerosa, por exemplo). "A máquina não vai parar, absolutamente", acrescentou.
No médio prazo, o governo tem defendido uma reforma da Previdência para diminuir o patamar de gastos obrigatórios, que estão acima de 90% das despesas totais neste ano para, deste modo, abrir espaço para gastos discricionários.
A reforma da Previdência é prioridade da equipe econômica do governo Jair Bolsonaro, que encaminhou uma proposta ao Legislativo no mês passado. Além disso, o governo também anunciou que pretende diminuir o percentual de "vinculações" no orçamento.
Ricardo Bergamini
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