CORREIOS: A MAIOR GREVE DA AMÉRICA LATINA
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Correios: a maior greve da América Latina
15 de setembro de 2020 Editoria D.E. 0 Comments
Por Alejandro Acosta
A greve dos trabalhadores dos Correios entra na quinta semana, para surpresa de muitos. Em greve desde 17 de agosto, os trabalhadores da empresa realizaram manifestações no último dia 11 de setembro, em várias cidades do país, data em que houve a Audiência de Conciliação no TST.
Apesar das sucessivas tentativas para quebrar esta greve, que também é a maior no Brasil desde 1995, os trabalhadores têm se mantido paralisados, apesar das dificuldades e recorrentes sabotagens.
Até o momento, a política do Governo para quebrar as greves dos Correios tem sido o tradicional “balcão de negócios”, ou seja, davam alguma coisinha aos trabalhadores, enquanto tiravam direitos importantes, conquistados com muita luta, e entregavam aos pelegos mafiosos cargos de chefia e outras cositas mais.
Desta vez, esses métodos foram abandonados pelo Governo Bolsonaro, que já declarou centenas de vezes que busca entregar o Brasil aos abutres capitalistas. Neste ano, pretende entregar quatro grandes empresas, a começar pelos Correios.
A Audiência de Conciliação realizada de maneira secreta no TST (Tribunal Superior do Trabalho), na sexta feira, 11 de setembro, revelou que o Governo não quer fazer absolutamente nenhuma concessão. Busca impor a volta ao trabalho para desmoralizar os trabalhadores, sem nenhum direito, com a chamada CLT verde e amarela que impõem “maravilhas”, como a terceirização completa ou o trabalho intermitente.
A sabotagem da máfia sindical
O grau de adesão à greve ainda é elevado, considerando a alta pressão exercida contra os trabalhadores. Os pontos mais fracos do movimento relacionam-se com a não paralisação dos centros operacionais principais do Brasil, a começar por São Paulo e o Rio de Janeiro. A ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), por sua vez, tem mobilizados trabalhadores administrativos e terceirizados para escoar as cargas nos finais de semana.
A máfia sindical, principalmente a que controla os sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro, tem sabotado tudo o que pode, e cumprido a exigência fundamental do Governo de que não sejam paralisados os centros operacionais.
As direções dos principais sindicatos dos Correios (são 36 para uma única empresa e, portanto, para um único patrão), das duas federações e da ADCAP (a associação dos chefes e técnicos) estão compradas até o tutano. Por um lado, estão penduradas em dossiês pelo Governo Bolsonaro por causa das recorrentes roubalheiras nos sindicatos e federações, assim como a farra com os cargos de chefias e outras “operações não estruturadas” menos ortodoxas. Por outro, a máfia sindical atual morre de medo que aconteça com ela o mesmo que aconteceu com os pelegos ligados à Ditadura Militar, ou seja, serem ultrapassados pelos trabalhadores.
Como vencer? Salvar os Correios é Salvar o Brasil
Para vencer, os trabalhadores dos Correios precisam bater no Governo Bolsonaro onde mais dói: parar a produção com ocupações da Empresa. Isso já tem acontecido em vários centros operacionais, ato realizado pela primeira vez, em nível nacional, desde 1995. Entretanto, é preciso parar a produção totalmente para pôr o Governo Bolsonaro de joelhos. É necessário também tirar a greve do isolamento, pois acreditamos que a luta dos trabalhadores dos Correios é a luta de todos os brasileiros. Por esse motivo, é fundamental levar a luta às ruas, por meio de grandes mobilizações, nas principais cidades do país.
No dia do julgamento do Dissídio, que acontecerá no dia 23 de setembro no TST (Tribunal Superior do Trabalho), as ruas de Brasília deverão ser tomadas pelo grito: “Salvar os Correios é Salvar o Brasil”.
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