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NA FASE MAIS CRÍTICA DA PANDEMIA, CONSTRUÇÃO CIVIL FOI O SETOR QUE MAIS EMPREGOU NO DF

METRÓPOLES DISTRITO FEDERAL Na fase mais crítica da pandemia, construção civil foi o setor que mais empregou no DF De junho a novembro, quantidade de empregados no segmento cresceu 59,5%. No fim do ano, comércio puxa índice para cima MANOELA ALCÂNTARA 25/12/2020 14:36,ATUALIZADO 25/12/2020 15:52 RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES A construção civil foi o setor que mais empregou durante o período de maior gravidade da pandemia do novo coronavírus no Distrito Federal. É o que aponta pesquisa realizada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Conforme o estudo, junho registrou o número mais alto de desempregados na capital. Nesse mês, com comércio e shoppings fechados, além de bares, hotéis e restaurantes sem funcionar, 330 mil pessoas estavam sem emprego, o que correspondente a 21,6% da população economicamente ativa. A construção civil, por sua vez, mantinha 47 mil ocupados no período, como pedreiros, engenheiros, mestres de obra, entre outros. Seis meses depois, a área tem 75 mil contratados, um acréscimo de 59,5%, que contribui para a recuperação da economia no DF e a queda na quantidade de pessoas fora do mercado de trabalho. Em novembro, o percentual de desempregados em território brasiliense caiu para 17,8% – o menor do ano. Nenhum segmento conseguiu acompanhar o ritmo das contratações para obras no DF. O setor de serviços (incluindo público e privado) tinha 878 mil ocupados em junho. Em novembro, está com 963 mil, um acréscimo de 9,6%. Batcar em construção Vendas de materiais de construção aumentaram mais de 20% somente em julhoMaterial cedido ao Metrópoles Pessoas mexendo no computador de máscara Aumento deve-se ao fato de as pessoas se preocuparem em tornar o confinamento mais confortávelFreePik Batcar em construção Vendas de materiais de construção aumentaram mais de 20% somente em julhoMaterial cedido ao Metrópoles Pessoas mexendo no computador de máscara Aumento deve-se ao fato de as pessoas se preocuparem em tornar o confinamento mais confortávelFreePik 11 2 Comércio O comércio de rua reabriu as portas em 26 de maio, após 76 dias fechado, sendo que os shoppings voltaram a funcionar no dia seguinte. Após a perda de empregos, a recuperação nas contratações chegou com as festas de fim de ano. Em junho, eram 204 mil empregados no comércio. Em novembro, subiu para 222 mil, ou seja, 8,8% a mais. Somente de outubro a novembro, houve acréscimo de 4% na quantidade total de trabalhadores brasilienses. Em novembro de 2020, o nível de ocupação aumentou (2,3%, ou 30 mil novos profissionais) e o contingente de ocupados foi estimado em 1,325 milhão de pessoas. Setorialmente, esse resultado decorreu do crescimento no segmento de serviços (4%, ou 37 mil novas vagas) e da relativa estabilidade na indústria de transformação (2,2%, ou mil). “Em junho, atingimos o maior pico de desemprego no DF. A construção civil teve alta em todo o período de seca e agora a tendência é cair, devido ao período de chuvas e de festas. No fim do ano, as contratações aumentam no comércio. É o aumento sazonal”, ressaltou o presidente da Codeplan, Jean Lima. MAIS SOBRE O ASSUNTO movimento na rodoviária DISTRITO FEDERAL DF registra desemprego de 17,8% em novembro, segundo Codeplan Alvará de construção DISTRITO FEDERAL GDF bate recorde histórico ao emitir 2.020 alvarás de construção neste ano Casas DISTRITO FEDERAL Mesmo na pandemia, emissão de alvarás de construção pelo GDF cresceu 2.931% Investimento em imóveis - Casa própria - Imovel DISTRITO FEDERAL Alta no preço dos materiais de construção deve subir custo de imóveis no DF Inativos Além disso, segundo o presidente da companhia, a população inativa, que consiste em pessoas aposentadas ou que não estão procurando emprego, diminuiu. “Entre junho e novembro, 96 mil pessoas voltaram a procurar emprego ou conseguiram se recolocar no mercado de trabalho. Somente de outubro para novembro, foram 19 mil pessoas com esse perfil de volta, após o período crítico da pandemia”, ressalta Lima. Para ele, os sinais são de recuperação econômica. Porém, não se deve esquecer que a cidade ainda vive um período pandêmico. “A abertura da economia, com bares, restaurantes, shoppings, comércio em geral, possibilitou a inserção de milhares de pessoas no mercado de trabalho. Porém, todos os cuidados precisam continuar. A construção civil se manteve aquecida pelas suas características e possibilidade de distanciamento”, ressaltou. Divergência Levantamento do IBGE, publicado em 23 de dezembro, diverge dos dados da Codeplan. Segundo o instituto, o DF teve crescimento na quantidade de desempregados de 37% no período de maio até novembro. O instituto mostra, hoje, uma taxa de desemprego de 15,4% na capital federal – a maior registrada desde o início da pesquisa, em maio. Atualmente, são 242 mil pessoas sem emprego no DF, segundo o IBGE. De acordo com o presidente da Codeplan, Jean Lima, a divergência ocorre devido à metodologia usada. “A Pnad não divide o DF por região administrativa. É uma boa referência e um parâmetro de comparação. A amostragem da Codeplan é de 2 mil domicílios por mês e permite detalhamento por regiões e faixa de renda. É uma questão de metodologia”, ressaltou. Conforme a Codeplan, o número de desempregados caiu no DF de 330 mil desempregados, em junho, para 234 mil, em novembro. CODEPLANCONSTRUÇÃO CIVILRODOVIÁRIADFMERCADO DE TRABALHOEMPREGOSRECUPERAÇÃO ECONOMICAPANDEMIA DE CORONAVÍRUS

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