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PREÇOS PODEM SE ACOMODAR, MAS HÁ SINAIS DE ALERTA

DO JORNAL GAZETA DO POVO Preços podem se acomodar, mas há sinais de alerta A expectativa é de que os preços comecem a se acomodar no segundo semestre, devido à alta nos juros, explica Eduarda Korzenowski, da Somma. Nos 12 meses encerrados em maio, o IPCA acumula uma alta de 11,73%. Mas a sinalização para o ano é de uma elevação de 8,89 % nos preços, segundo a pesquisa Focus do BC. Um sinal positivo, segundo a XP Investimentos, é que os preços dos alimentos começaram a ceder, principalmente produtos in natura que tiveram forte alta no início do ano. Outro é que, com a expectativa de enfraquecimento do PIB, haverá desaceleração na alta dos preços dos serviços. Mais um fator que pode contribuir para a redução na inflação são os subsídios e cortes de impostos programados. A corretora estima que o projeto de lei que limita a alíquota do ICMS de energia, combustíveis, telecomunicações e transporte coletivo pode reduzir o IPCA em 1,7 ponto percentual se a queda do imposto for repassada integralmente ao consumidor. E também há a discussão de medidas adicionais para conter a alta dos preços no ano. A proposta legislativa de zeragem do ICMS do diesel e do gás de cozinha e do PIS/Cofins sobre gasolina e etanol até o fim de 2022 teria um impacto adicional negativo de 0,71 ponto percentual. Além do teto do ICMS, outra proposta que deve ajudar a baixar a conta de luz é a devolução de impostos cobrados indevidamente de consumidores, que só depende de sanção do presidente Jair Bolsonaro. A Câmara também aprovou projeto que acaba com o ICMS sobre as bandeiras tarifárias (valores adicionais cobrados na conta de luz), mas, como no momento não há cobrança extra, o efeito não deve ser imediato. Mas há razões para cautela em relação à inflação. Os preços do petróleo seguem elevados, na faixa de US$ 110 a US$ 120 por barril, um quadro que pressiona preços dos combustíveis e custos de produção e transporte. As projeções da XP para os próximos meses contemplam um reajuste de 10% nos preços dos combustíveis. Outro agravante é que, com a desaceleração da economia, há uma tendência de desvalorização do real frente ao dólar. Sob influência de fatores externos, como a alta da inflação e a consequente pressão sobre os juros nos Estados Unidos, a moeda norte-americana voltou a subir – nesta segunda-feira (13), a taxa de câmbio emenda o sexto pregão consecutivo de alta, cotada a R$ 5,11 no encerramento do pregão, com valorização de 2,54% sobre o real. “Este efeito, somado à situação do barril do petróleo, pode fazer com que os impactos esperados das medidas relacionadas ao ICMS dos combustíveis não surtam efeitos”, diz Vale, da MB. Custos de produção e de transportes também estão em alta. Nos 12 meses encerrados em abril, o Índice de Preços ao Produtor fechou com uma elevação de 18%, de acordo com o IBGE. Aliado à escassez de insumos e matérias-primas, esse cenário contribui para manter a inflação de bens industrializados pressionada. Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/como-deve-estar-economia-brasileira-quando-brasileiro-comparecer-urnas/ Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

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