NORDESTE: POBRE POR QUE QUER?
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Aposentados em Alerta
às
14:18
NORDESTE: POBRE POR QUE QUER?
Luiz Ferreira da Silva, 85
Engenheiro Agrônomo e Escritor
luizferreira1937@gmail.com
Assistimos com alegria, o Centro-Oeste dá um pulo desenvolvimentista
com o uso dos cerrados, um ecossistema que já fora considerado imprestável
para a agricultura.
E o nosso Nordeste? Muitos o veem como de terras secas e povo sem
atitude. Nada disso; trata-se de uma região rica em outros ecossistemas, com a
vantagem da luz solar que faculta elevadas produtividades primárias.
Rico em recursos naturais que, infelizmente, vem se degradando por
ações antrópicas, malconduzidas pelo homem.
Dentre estes, a mata ciliar do Rio São Francisco, a mata atlântica do sul
da Bahia, as restingas, o complexo lagunar de Alagoas, os cerrados baianos,
sem se falar na faixa litorânea, sem igual.
O Nordeste tem jeito, sim. Um simples exemplo, as 8 propostas
agroambientais discutidas pelo autor, em seu recente livro (disponível na
Amazon, Magalu, Lojas Americanas, e outras), demonstram essa assertiva,
bastando ajuizar sua classe política, prestigiar seus técnicos, incentivar o
empreendedorismo, investir na criatividade intelectual, formar mão-de-obra
competente e promover a cidadania de seu povo.
No entanto, para se transformar o Nordeste, distribuindo bens a toda a
sociedade, é preciso se dispor de instituições fortes e operosas, líderes
empresariais e governos comprometidos com a magnitude da sua terra. Muitos
órgãos foram criados visando o desenvolvimento do Nordeste e pouco se obteve
de êxitos, sobretudo pela má influência de políticos. A SUDENE é um exemplo
dessa estupidez.
No momento, carece-se de instituições operosas no campo das ciências
agrárias, por deficiência de recursos, a exemplo da EMBRAPA e da CEPLAC,
enfraquecidas por uma política negacionista da magnitude da ciência e de seus
cientistas, ademais do fechamento de empresas estaduais de desenvolvimento
agrícola, como a EBDA, BA.
Em síntese. Nordeste de grandes oportunidades. Povo ordeiro e
empreendedor. Recursos Naturais a perder de vista. Em contraposição,
desgraçadamente, falta de comprometimento dos homens do poder e um certo
conformismo da sociedade.
Está na hora de se mudar. Vamos que vamos? (Maceió, 01/08/2.022)
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