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NORDESTE: POBRE POR QUE QUER?

NORDESTE: POBRE POR QUE QUER? Luiz Ferreira da Silva, 85 Engenheiro Agrônomo e Escritor luizferreira1937@gmail.com Assistimos com alegria, o Centro-Oeste dá um pulo desenvolvimentista com o uso dos cerrados, um ecossistema que já fora considerado imprestável para a agricultura. E o nosso Nordeste? Muitos o veem como de terras secas e povo sem atitude. Nada disso; trata-se de uma região rica em outros ecossistemas, com a vantagem da luz solar que faculta elevadas produtividades primárias. Rico em recursos naturais que, infelizmente, vem se degradando por ações antrópicas, malconduzidas pelo homem. Dentre estes, a mata ciliar do Rio São Francisco, a mata atlântica do sul da Bahia, as restingas, o complexo lagunar de Alagoas, os cerrados baianos, sem se falar na faixa litorânea, sem igual. O Nordeste tem jeito, sim. Um simples exemplo, as 8 propostas agroambientais discutidas pelo autor, em seu recente livro (disponível na Amazon, Magalu, Lojas Americanas, e outras), demonstram essa assertiva, bastando ajuizar sua classe política, prestigiar seus técnicos, incentivar o empreendedorismo, investir na criatividade intelectual, formar mão-de-obra competente e promover a cidadania de seu povo. No entanto, para se transformar o Nordeste, distribuindo bens a toda a sociedade, é preciso se dispor de instituições fortes e operosas, líderes empresariais e governos comprometidos com a magnitude da sua terra. Muitos órgãos foram criados visando o desenvolvimento do Nordeste e pouco se obteve de êxitos, sobretudo pela má influência de políticos. A SUDENE é um exemplo dessa estupidez. No momento, carece-se de instituições operosas no campo das ciências agrárias, por deficiência de recursos, a exemplo da EMBRAPA e da CEPLAC, enfraquecidas por uma política negacionista da magnitude da ciência e de seus cientistas, ademais do fechamento de empresas estaduais de desenvolvimento agrícola, como a EBDA, BA. Em síntese. Nordeste de grandes oportunidades. Povo ordeiro e empreendedor. Recursos Naturais a perder de vista. Em contraposição, desgraçadamente, falta de comprometimento dos homens do poder e um certo conformismo da sociedade. Está na hora de se mudar. Vamos que vamos? (Maceió, 01/08/2.022)

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