Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

DESMASCARANDO MENTIRAS

 

 Almir Papalardo
 
Ministros, fiéis apoiadores da base do governo e fanáticos eleitores do Partido dos Trabalhadores, para justificarem a violência que é praticada contra aposentados e pensionistas do RGPS, afirmam em alto e bom som que essa categoria de cidadãos chorões e rabugentos, que não tendo perdas nos  seus benefícios previdenciários como alegam, só vivem resmungando e enchendo o saco dos governantes.

- O governo restitui rigorosamente para os aposentados todo o percentual perdido na inflação -,  se vangloriam os poderosos sob aplausos dos imaturos políticos! Portanto, não podem reclamar de perdas porque não é a verdade. (SIC), querem de tanto repetir esta mentira, transformá-la em verdade, confundindo a cabeça dos incautos e dos preguiçosos que não gostam de raciocinar!

O pior é que existem internautas e até políticos acreditando nesta inverdade. Vamos analisar por intermédio da simulação abaixo, que o aposentado é sim, barbaramente lesado, vítima de preconceitos e discriminação, obrigando-o a correr  sério risco de enfrentar uma velhice totalmente desamparado e esquecido pelo governo federal.

*Os valores abaixo são meramente fictícios, aproximadamente paralelos com a realidade, até porque, os valores consolidados variam de aposentado para aposentado. A demonstração está sendo usada somente para fácil compreensão e melhor assimilação do cruel massacre, jamais combatido pelos demais poderes. 

– Em 1997 um trabalhador se aposentou com 08 salários mínimos que correspondia na época a: SM=120,00 X 08 = R$960,00. Com esta aposentadoria de 960 reais, ele podia comprar até 08 cestas básicas (custo médio da cesta 120 reais), além de ter uma qualidade de vida até bem confortável, sem maiores receios ou preocupações financeiras. Podia gozar até o fim dos seus dias, um descanso reconfortante, tranquilo e merecedor.

– Agora, em 2015, com a arapuca do desvínculo do seu reajuste ao do salário mínimo, funcionando desde 1998 na surdina e na calada da noite, ele recebe: SM=788,00 x 04 (já perdeu com os achatamentos metade do nº de SM que tinha em 1994) = R$3.152,00.

Diz o governo: - houve perdas somente em número de salários mínimos e não no poder de compra -. Com estes 3.152,00 reais o aposentado compra mais ou menos as mesmas 08 cestas básicas. (Contradigo: e é só, não compra mais nada, ao contrário do passado, quando ainda não tinha seus proventos arbitrariamente surrupiados anualmente).

É ai que está armado a arapuca da equipe econômica do governo, usando valores complexos, procurando confundir a sociedade com todos esses variados números e múltiplos percentuais, de que não houve perdas no poder aquisitivo do aposentado. Não falam de jeito nenhum que o aposentado recebendo 08 salários mínimos em 1997, e agora recebendo apenas 04 salários mínimos em 2015, houve uma perda verdadeira e indigna de 04 salários mínimos. 

Ora, 04 salários mínimos, com a política de recuperar seu valor tão defasado, hoje, correspondem a R$3.152,00, uma perda da metade do total que deveria estar recebendo ou seja: R$6.304,00. Isso eles fazem questão absoluta de esconder, não sendo de bom alvitre que o trabalhador ativo finalmente acorde, percebendo a monstruosa perda dos aposentados, e que, certamente, irá também acontecer com ele, quando se aposentar, tornando-se igualmente um autêntico bode expiatório!
 
Com esta perda mensal de 3.152 reais, o aposentado poderia comprar mais, satisfazer seu ego de avô carinhoso, presenteando seus netos e bisnetos, adquirir roupas e sapatos para uso próprio e da esposa, remédios para a manutenção da sua saúde e da sua companheira, podendo ainda manter um plano de saúde, necessidade imperiosa para a proteção familiar sem necessitar do socorro imediato de filhos ou outros parentes, que já têm, naturalmente, seus problemas financeiros com a manutenção de suas próprias famílias.
 
Acho que agora ficou  bem mais claro para a total compreensão de todos, esta lamentação sofrida dos aposentados, que não quer e não deve calar,  contra o preconceito danoso sofrido através destes três últimos governos federais. Cada qual pior que o outro, na perseguição covarde aos velhos e indefesos aposentados.

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