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Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

BACK ORIFICE 2


                                                          Back Orifice 2

Na semana passada encerrei a crônica "back orifice" prometendo publicar um segundo contraponto se a Globo News, a exemplo da Roda Morta, persistisse em exibir um jornalismo de porta de botequim de cais do porto.
Não é que persistiu!
Terá sido por solidariedade individual ou corporativismo sem causa, que a Globo News, comportando-se como catadora de xepa, pespegou casca de banana no piso da corrida presidencial do candidato Bolsonaro na vã tentativa de faze-lo escorregar. Perdeu tempo, o capitão não escorregou, não escorrega.
Bastou que um dos inquisidores do Roda Morta tivesse derrapado na maionese do bom senso, para que outro da Globo intuísse que também deveria enveredar pelo mesmo caminho escorregadio da inquisição inoportuna.
Escolhas erradas porque empalideceram o decantado preparo da  turminha da Globo. 
Poderiam ter perguntado sobre o papel da mulher no seu governo, sobre a contribuição feminina na formação do caráter da criança, sobre o desempenho da mulher na solidez do instituto da família, sobre o amor materno. Propositalmente não perguntaram porque sabem que 53% dos eleitores é do sexo feminino. Não perguntaram para que o deputado não tivesse a oportunidade de esclarecer o grande apreço que tem pelas mulheres. Não perguntaram nada que pudesse favorecer o capitão coragem!
Nada disso. Perguntaram asneiras, pespegaram cascas de banana! 
No frenesi de provarem que o capitão não é a Madre Teresa de Calcutá, chegaram a ponto de perguntar se ele iria abrir os arquivos da ditadura. Ridículos! O que a esquerda espera encontrar nos tais arquivos, se é que eles existem, além dos seus prontuários nada edificantes? Onde reside o sentido de perguntarem sobre fatos que ocorreram há mais de 50 anos, quando o que a sociedade deseja saber é o que será feito nos próximos quatro para remontar um país que foi destroçado pelas corrupção e inépcia apontadas na Operação Lava Jato? 
Existe coisa mais idiota do que perguntar a um candidato se ele tem um plano B para substituir um de seus ministros se algo der errado? O capitão retrucou, na lata, como é do seu feitio: quando você se casa, também tem um plano B? 
Existe atitude mais insólita do que atribuir foros de veracidade à uma brincadeira, à uma expressão jocosa que todos nós proferimos uma vez ou outra? Quando o capitão explicou que tudo não passara de uma brincadeira, o implacável inquisidor retrucou empoderado, como se fosse laureado professor de boas maneiras: “mas o senhor é candidato a presidente!" Mais do que o rigoroso censor do Santo Ofício, o jornalista sentiu-se no direito de impor ao candidato normas de comportamento nem mesmo aplicáveis  aos aspirantes à santidade! Quanta pretensão, valha-me Senhor Jesus Cristo, livrai-nos desse inventor de pecados! 
De que credenciais pode se valer um jornalista para chamar um deputado, um capitão, um candidato aos bons costumes?
Sapateiro, não passe das sandálias!
Colocando o Bolsonaro no centro de uma rodinha, não estavam jornalistas do mesmo nível de um Roberto Pompeu de Toledo, Alexandre Garcia, Rui Barbosa, J.R. Guzo, Augusto Nunes, Carlos Lacerda, Luís Antônio Pimentel, Orlando Dantas, Cecília Meireles, Mário Rodrigues, Nélson Rodrigues, William Waack e mais uns poucos.
Excetuando o educado e comedido Fernando Gabeira, que fez uma pergunta mais ou menos pertinente (esqueceu que os Colégios Militares não formam militares, formam jovens disciplinados preparando-os para o ensino superior) os demais inquisidores, em boa parte das vezes, fizeram perguntas que, de tão pobres, tangenciaram o limite da não-conformidade intelectual, típica dos faltos de autocrítica. De fato, deixaram a impressão de que não passaram de moços de recado de patrões ideológicos ou financeiros, haja vista o constrangedor monólogo terminal de Miriam Leitão, que de tão inusitado ganhou proeminência negativa na já enodoada (e anedotizada) imprensa tupiniquim de porta de botequim.
A moderadora (?) tentou repetir (entre pausas e aspas) o que lhe ditava no ponto eletrônico o autor esquerdizado, talvez obnubilado pelo temor de que o candidato, se eleito, venha a zelar pelo erário restringindo o acesso, que se dá à mancheia, às bilionárias verbas oficiais publicitárias. 
A oligofrenia dos vassalos, aliada à possibilidade de e$ca$$ez de bons empregos se as receitas publicitárias declinarem, obrigaram alguns desses paus-mandados, deduz-se, a repetir à tripa-forra o besteirol que lhes foi ordenado. “Desconstruam o candidato de sobrenome italiano, deve ser primo do Mussolini”, vociferou o manda tudo. Amem!   
É pra lá de lamentável a tentativa da Globo News de recriar, apelando para o non sense, agora em uma versão o tupiniquim, a Noite das Facas Longas (Nacht der langen Messer), substituindo os  punhais por “sui dissant” representantes do chamado politicamente correto, de há muito definidos como defensores de uma doutrina sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação (também iludidos e sem lógica) que sustentam a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo.“ 
O erro básico da emissora, de fundo flagrantemente ideológico, residiu no primarismo da inclusão, no rol dos escalados, de alguns inquisidores mequetrefes, e dos temas que deveriam abordar. Quanta incompetência! Quanta culpa in eligendo! Quanto medo da verdade!
Jornalistas políticos, nem todos, sejamos justos, auto ungem-se à categoria de donos da verdade e auto colocam-se no topo da pirâmide da sapiência, comportando-se como donos da interpretação dos fatos políticos e videntes de carteirinha. Por outro lado, já li, ouvi, muitas matérias bem pensadas que engrandeceram jornalistas dessa empresa. Para citar dois: Alexandre Garcia e William Waack.
O capitão respondeu às diatribes e aos argumentos especiosos sem enfurecer-se, o que fez com que os sabatinadores enfuriarem-se porque davam como líquida e certa a capitulação do candidato quando sozinho se defrontasse com o notório pelotão de pseudointelectuais. Soberba inútil. O capitão revelou-se muito mais preparado do que a maioria das mediocridades presunçosas que tentaram encurralá-lo no MMA da hipocrisia.
Um jornalista pode ser formado em uma faculdade meia-boca.
Um capitão de Artilharia só pode ser formado na Academia Militar das Agulhas Negras, reconhecido centro de excelência, onde adquire competências que vão além das matérias militares, incluindo a integração de saberes, a liderança na Era do Conhecimento, Idiomas, Economia, Estatística, Filosofia, Química, Psicologia, Metodologia de Ensino, Direito Administrativo, Administração, Direito Penal Militar e Relações Internacionais. 
O resultado não poderia ter sido diferente.
Se as forças, por assim dizer, oponentes, eram desiguais em quantidade, também eram em qualidade. 
Tanto foi assim que os entrevistadores, que tanto esmeraram-se nas perguntas sobre hipotéticos malfeitos, esmerdaram-se no efeito. 
Os artilheiros estão a caminho decididos em fazer dos seus corpos uma trincheira em defesa da Pátria e da Bandeira. 
Cel Lúcio Wandeck

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