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Exame
de sangue é capaz de detectar câncer até 4 anos antes de sintomas
Exame
de sangue é capaz de detectar câncer até 4 anos antes de sintomas
Os cientistas alertaram que o teste não funciona
para prever quem terá ou não câncer, mas sim, identificar quem já têm algum
tipo de tumor
Por Janaína Ribeiro
Publicado em:
21/07/2020 às 18h30access_timeTempo de
leitura: 2
min
Cientistas
pesquisam exame de sangue para diagnosticar Alzheimer (Gab13/Thinkstock)
Uma pesquisa divulgada
hoje (21) aponta uma nova descoberta que pode ajudar a salvar milhões de vidas.
Um novo exame de sangue possibilita a detecção de ao menos cinco tipos de câncer até 4 anos antes do que métodos convencionais. Os cânceres
de estômago, esôfago, colorretal, fígado e pulmões foram detectados pelo teste
de forma precoce. Os resultados do estudo foram publicados na revista
cientítica Nature Communications, do
grupo Nature, um dos mais importantes do mundo.
Batizado
de “PanSeer”, o exame identificou o câncer em 91% das pessoas que
foram diagnosticadas com a doença de 1 a 4 anos depois de fazer o exame, mas
que eram assintomáticas na época da coleta. Além disso, o exame também
encontrou a doença em 88% das pessoas que já tinham um diagnóstico de câncer na
época do teste. Também foram reconhecidas amostras que não tinham
a doença em 95% dos casos.
Os
cientistas alertaram que o teste não funciona para prever quem
terá ou não câncer, mas sim, identificar quem já têm algum tipo de tumor, mas continua
assintomático para os métodos de detecção atuais. Agora, mais
estudos estão sendo realizados para confirmar a capacidade do teste de detectar
a doença nesses casos.
A
descoberta foi realizada por pesquisadores da Universidade Fudan, em
Xangai, China, da Universidade da Califórnia, em San Diego e da
Singlera Genomics, uma startup que pertence a algum dos cientistas e agora quer
fazer a comercialização dos testes. Ao menos 120 mil pessoas doaram
amostras de sangue, que foram coletadas ao longo de dez anos, entre 2007 e 2017.
Todos os pacientes passaram por exames regulares. A pesquisa teve grupo de
controle e passou por revisão de pares antes de ser publicada na revista
científica.
“O
objetivo final seria realizar exames de sangue como esse rotineiramente durante
check-ups anuais”, disse Kun Zhang, um dos autores do estudo e professor da
Universidade da Califórnia em San Diego. “Mas o foco imediato é testar pessoas
com maior risco, com base no histórico familiar, idade ou outros fatores de
risco conhecidos”.
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