Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

VENDE-SE UM BLOCO DE OPOSIÇÃO

Jorge Oliveira Vende-se um bloco de oposição Publicado: 17 de março de 2014 às 16:25 Brasília – Está à venda na Câmara um bloco de oposição com mais de 200 deputados. No primeiro lance, Dilma, a inquilina do Palácio do Planalto, logo ao lado, já arrematou por 400 milhões três partidos: PDT, PP e o PROS que faziam parte do grupo rebelde do Eduardo Cunha, líder do PMDB. Outro lance da presidente ainda não alcançou o PR que balançou mas não se decidiu pelo afastamento do grupo, segundo seu líder Bernardo Santana (MG). É assim, à base do leilão, que se formam e se dissolvem os blocos de oposição ao governo no Congresso Nacional. O líder não precisa ser carismático, talentoso politicamente nem necessariamente ter bons propósitos para aglutinar em torno de si um monte de deputados. Para isso, é indispensável apenas ser bom em negócios, cumprir a pauta fisiológica dos seus liderados e lutar para liberar as emendas. É assim, com a liberação de emendas, que o governo tenta esvaziar o blocão que continua dando dor de cabeça ao Planalto derrubando os projetos e ameaçando a reeleição da Dilma. O leilão continua. Esta semana serão dados outros lances. A presidente designou para acompanhar a conversa os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) que vão ouvir as reivindicações do Eduardo Cunha nos salões do Palácio do Jaburu, oferecidos pelo vice-presidente Michel Temer, para a reabertura do leilão. Para desativar o blocão, espera-se que o governo ofereça agora mais do que os 400 milhões de reais já empenhados. Afinal de contas, esses recursos sensibilizaram apenas os deputados do PDT, PP e PROS, agora defensores incondicionais dos projetos do governo. Dessa vez, o leiloeiro deve jogar mais pesado. Eduardo Cunha ainda mantém sob o seu controle mercadorias valiosas como o PMDB, PSDB, DEM, SDD, PSB, PR, PTB e PSC. É com esse cacife político que o deputado reabre os trabalhos esta semana para negociar a posição do grupo em relação ao Marco Civil da Internet, que ele insiste em não votar porque considera o projeto petista fraco e malajambrado. O governo, entretanto, vai oferecer no leilão, para esvaziar o blocão, a liberação de mais emendas indispensáveis aos parlamentares em ano eleitoral. O cala-boca funciona assim: o dinheiro é liberado para municípios ou estados para garantir as obras (estradas, postos de saúde, habitação etc. etc.) indicadas nas emendas pelos parlamentares. Como este ano, por força da lei eleitoral , é proibido licitações seis meses antes do pleito, os recursos só serão aplicados no próximo ano, mas o deputado já garante o seu quinhão da empreiteira amiga para a campanha. Não à toa, em épocas de eleições, os deputados se juntam em bloco para espremer o governo que normalmente cede às pressões. Essa briguinha acaba rápido. A medida que o governo vai pulverizando o blocão com liberação das emendas individuais, a oposição vira cinzas. Aos poucos, os partidos devem ir se afastando do Eduardo Cunha que corre o risco de isolamento até dentro do próprio PMDB. Não seria surpresa, portanto, se depois desse leilão no Palácio do Jaburu, Eduardo Cunha mudar também o tom de voz para não ficar falando sozinho. Essa coisa de não ir a posse dos novos ministros é apenas fogo de monturo do blocão do líder do PMDB.
Comentário: Odoaldo Vasconcelos Passos Passos · Quem mais comentou · Trabalha na empresa Aposentado Isto é a prostituição dos políticos brasileiros. O jeito é renovar 100% dos deputados; dos senadores que concorrerão, afinal não são todos, infelizmente eles têm 8 anos de boa vida e de tempo para negociatas; dos governadores; e da presidente da república. Não se pode profissionalizar estas funções. O sujeito entra na política e aí, vira profissão e ele não quer mais sair. Quanto mais tempo fica, mais viciado nas maracutaias e ainda se aposentam com salários de marajás. Já que eles não mudam as Leis Eleitorais, afinal, eles não vão dar uma de carrascos para eles mesmos, nós, os seus "patrões," pois somos nós que os colocamos lá, temos o poder de eliminá-los pelo voto. Pensem nisto! Responder · 1 · Curtir · Parar de seguir a publicação · há 4 horas

0 comentários:

Postar um comentário