Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

DIA INTERNACIONAL DO IDOSO


ARTIGO Notícia da edição impressa de 29/09/2017. Alterada em 28/09 às 19h47min Estatuto do Idoso 11 anos: o que melhorou? Vítor Bley de Moraes 

Desde 2006, em 1 de outubro, celebra-se, no Brasil, o Dia do Idoso. É a data da criação do Estatuto do Idoso, que prevê a valorização das pessoas com mais de 60 anos. Mas o que os idosos têm a comemorar? O que adianta o aumento da longevidade sem qualidade? O Estatuto funciona? Sinceramente, vejo poucos avanços.

Os idosos continuam recebendo pouca atenção do poder público. O que há de novidades, nesses últimos anos em relação às políticas públicas que promovam a qualidade de vida das pessoas idosas? Mais revoltante é observar que a classe política pouco se importa com os velhos comuns, isto porque muitos deles garantem aposentadorias vultosas e plano de saúde vitalício. 

Certamente, alguns políticos subirão à tribuna para saudar a data, enaltecer a importância dos idosos para o crescimento do País. Mais útil seria transformar os discursos em atitudes. Os nossos idosos comuns, que não pertencem à elite política, têm que se contentar com aposentadorias irrisórias, que não pagam nem os gastos com medicamentos. E há a ameaça do salário-mínimo não ter nenhum aumento em 2018. Os aposentados que ganham próximo ao teto da Previdência Social têm seus vencimentos corroídos pelo esfomeado Leão da Receita Federal. 

Será que algum político apresentou projeto para acabar com essa aberração? Para eles, é mais importante discutir questões que lhes beneficiem e possam facilitar a perpetuação nos cargos. São rápidos para auto reajustarem seus polpudos vencimentos. Valem-se de que os idosos, desiludidos com a política e com poucas condições de comparecer às urnas, não são, percentualmente, importantes para as suas reeleições. Os idosos que ainda dispõem de condições físicas precisam trabalhar para completar o orçamento, mas aí o mercado fecha-se para eles. 

A proposta do governo federal, que prevê o adiamento da aposentadoria, vai engrossar a camada de desempregados. O Brasil, embora esteja envelhecendo, continua maltratando os seus velhos, ironicamente chamados de pessoa da Melhor Idade. Portanto, nesse País de tantas corrupções, de espera nas emergências superlotadas, da falta de medicamentos nos postos de saúde, o que o idoso tem a comemorar no dia 1 de outubro? 

Jornalista   - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/09/opiniao/588097-estatuto-do-idoso-11-anos-o-que-melhorou.html)                                                                                                                               -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

MEU COMENTÁRIO: 

Almir Papalardo

Há homens públicos com grande poder de decisão, privilégio dado por Deus para que governem visando somente o bem estar da população. Mas, desagradando ao PAI supremo, eles só legislam em causa  própria, esquecendo imprudentemente a sublime missão de proteger todos os segmentos da população, notadamente os cidadãos mais idosos, que são por natureza os mais fragilizados, fisicamente os mais desgastados e, financeiramente, os mais atacados e prejudicados porque lhes defasam gradativamente os seus já minguados benefícios. 

Deus que nós dá o livre arbítrio, ilumina jornalistas como este que redigiu tão brilhante e verdadeiro texto, um real atestado profético, denunciando às danosas armadilhas arquitetadas contra o pobre e indefeso cidadão de idade avançada. Eles não sabem que o poder e a ambição são efêmeras, e que estão contraindo grandes  dívidas perante às leis divinas e que mais tarde, terão que resgatá-las. O Estatuto do Idoso que deveria ser atuante pelo acurado zelo dos homens públicos, é relegado a um segundo plano, sendo eles, os políticos, os primeiros indisciplinados a ignorá-lo e a desrespeitá-lo, tornando-o uma grande mentira, uma ilusão para toda a incauta população de boa fé...


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