MINISTÉRIO DA DEFESA - CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA DEFESA
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17:04
MINISTÉRIO DA DEFESA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA DEFESA
Nota de esclarecimento
Matéria da Folha manipula, omite e distorce ao dizer que hospitais militares estão ociosos
O Ministério da Defesa (MD) informa que a matéria "Hospitais das Forças Armadas reservam
vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis", publicada em 6 de
abril, no portal da Folha de S. Paulo, contém graves manipulações, incorreções, omissões e
inverdades, que levam o leitor à completa desinformação.
Ao contrário do que induz o título da matéria, a grande maioria dos hospitais militares está com
quase todos os leitos de UTI ocupados. Na realidade, muitos hospitais militares têm
frequentemente removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso. Assim como os
hospitais civis, a situação varia de acordo com cada região. Os números são críticos e evoluem
diariamente.
A reportagem deliberadamente usou dados de hospitais pequenos, com poucos leitos, recursos
limitados e de alguns que sequer possuem UTI.
No caso do Exército, a matéria afirmou que os leitos clínicos estão ociosos nos hospitais em
Florianópolis-SC, Curitiba-PR, Marabá-PA e em Juiz de Fora-MG. No entanto, a reportagem
omitiu que os leitos de UTI, dessas mesmas unidades, estão totalmente ocupados. No Paraná,
no Pará e na Zona da Mata Mineira a ocupação é de, respectivamente, de 117%, 133% e 500%.
Em Santa Catarina, não há leitos de UTI.
No caso da Força Aérea, o Esquadrão de Saúde de Guaratinguetá, também alvo da reportagem,
está instalado dentro de uma escola de formação da FAB. Ele possui sete leitos de enfermaria
Covid-19 para atender 3.000 militares, sendo que desse total 1.300 alunos estudam em regime
de internato. Já os esquadrões de saúde de Curitiba-PR e de Lagoa Santa-MG possuem,
respectivamente, seis e 13 leitos de enfermaria. Ressalta-se que essas unidades não dispõem
de estrutura para internação de longa permanência e também não possuem disponibilidade de
UTI.
A matéria mostra ainda todo o seu viés, tendencioso e desonesto, ao mencionar que as Forças
Armadas “contrariam os princípios da dignidade humana e violam o dever constitucional do
Estado de oferecer acesso à saúde de forma universal”. O jornalista deliberadamente ignora e
omite todas as ações que as Forças Armadas vêm realizando há mais de um ano, em apoio
abnegado à população brasileira, desde o início da pandemia.
O MD lamenta que assunto de tamanha gravidade seja objeto de matéria que induz a sociedade
Brasília, DF
Em 7 de abril de 2021
O sistema de saúde das Forças Armadas possui caraterísticas específicas para atender
militares que estão na linha de frente, atuando em todo o território nacional, nos inúmeros apoios
diuturnos, como transporte de material, insumos, e, agora na vacinação dos brasileiros. A
reportagem omitiu também que os hospitais militares não fazem parte do Sistema Único de
Saúde (SUS) e que atendem 1,8 milhão de usuários da família militar (militares da ativa,
inativos, dependentes e pensionistas), em sua maioria idosos, que contribuem de forma
compulsória todos os meses para os fundos de saúde das Forças Armadas.
Mesmo com seu sistema de saúde fortemente pressionado, com carência de recursos e de
pessoal, os profissionais de saúde militares também estão fortemente engajados nas
Operações Covid-19 e Verde Brasil-2. As Forças Armadas seguem atendendo à população civil,
especialmente as comunidades indígenas e ribeirinhas, tanto na Amazônia como no Pantanal,
realizando evacuação de pacientes nas regiões mais críticas, transportando toneladas de
oxigênio, medicamentos e suprimentos, transportando, montando e operando hospitais de
campanha, além de, em parceria com a academia e com a indústria, fabricando respiradores.
Apesar de os dados do HFA e dos hospitais militares estarem disponíveis para acesso público
na internet, a matéria insinua que há falta de transparência. Mesmo após a pasta ter respondido
a todas as informações solicitadas dentro do prazo acordado, a reportagem ignorou que os
leitos dos hospitais são operacionais e de alta rotatividade. Logo, ocupados tanto por pacientes
com Covid-19, quanto por pacientes oncológicos e em pós-operatório.
Este Ministério sempre se colocou à disposição para informar e responder prontamente a todos
os questionamentos demandados por esse veículo no que tange ao combate à Covid-19.
Entretanto, a reportagem optou por buscar um viés claramente negativo em um assunto de
tamanha relevância para a sociedade brasileira neste momento em que todos os esforços estão
concentrados no combate ao novo coronavírus.
O MD lamenta que assunto de tamanha gravidade seja objeto de matéria que induz a sociedade
brasileira à desinformação.
Reiteramos que as Forças Armadas atuam na atual pandemia, com extrema dedicação, no
limite de suas capacidades, sempre com total transparência e prontidão, preservando e
salvando vidas.
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