Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

CARTA À SENADORA ANA AMÉLIA


Prezada Senadora Ana Amélia:
Há exatamente um ano atrás, por ter sido mensagens para mim muito relevantes, peço vênia para reenviá-las. 
    Almir Papalardo.



Almir Papalardo
** Reminiscências **
Prezada Senadora ANA AMÉLIA:
Apenas com o intuito de relembrar, encaminho o primeiro e'mail que lhe enderecei em 09/07/2009, já queixando-me da cafajestada cruelmente imposta aos aposentados do INSS. Naquela ocasião, vossa excelência não era senadora, e sim, uma brilhante jornalista.
Almir Papalardo.
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Elogio a uma Jornalista ética e sensata
Almir Papalardo
qui 09/07/2009 19:05
Caríssima Jornalista Ana Amélia Lemos:
É com satisfação que tomo conhecimento que os aposentados do RGPS já contam com mais uma jornalista aliada, nesse grandioso jornal Zero Hora. Apesar de ser carioca do Rio de Janeiro, sou fã incondicional do jornalista Paulo Santana, apreciador de seus artigos postados no blog em defesa de aposentados. Agora já são dois os jornalistas que merecem todo o meu respeito e reconhecimento, atuantes no sul do país.

Muito obrigado em nome de 08 milhões de aposentados, que já começam a visualizar uma luz no fim do túnel.

Continue firme na sua conduta, legítima defensora dos aposentados e pensionistas. 

Cordialmente,
Almir Papalardo.
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Aproveitando o ensejo envio-lhe também um excelente artigo do jornalista Paulo Santana, de 16/05/2008, denunciando os maus-tratos que incompetentes e oportunistas impõem aos indefesos aposentados! Como podemos constatar pela presente interação, já decorreram oito anos em que somos prejudicados, pisados, constrangidos e abandonados pelos nossos Três Poderes. Já está na hora de sermos mais notados pelo Poder Legislativo, que tem competência e forças suficiente para nos alforriar! Deveríamos ser a "bola da vez", sendo priorizados para que a dignidade e direitos constitucionais que nos foram surrupiados, nos fossem restituídos!! O aposentado não tem tanto tempo assim para esperar, pois já está na reta final da existência...
Almir Papalardo.
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Aposentadorias degradadas
16 de maio de 2008
44
Acontece o seguinte: no governo Fernando Henrique Cardoso, foi instituído o fator previdenciário.

Trata-se de um mecanismo que determina um corte de até 40% nas aposentadorias dos trabalhadores, conforme a idade do cidadão, mesmo que ele já tenha cumprido todo o tempo de contribuição.

O corte varia de acordo com a idade de quem se aposenta (menos idade, maior o corte). Os mais penalizados são aqueles que começaram a trabalhar mais jovens, que cumprem o tempo de contribuição mas têm de continuar a trabalhar para não sofrerem o corte.

Outra herança trágica para o trabalhador instituída no governo Fernando Henrique Cardoso foi a desvinculação do reajuste de todas as aposentadorias com o reajuste do salário mínimo. Por essa separação, os governos Fernando Henrique e Lula jactam-se de concederem reajustes consideráveis no salário mínimo, mas não atribuem às outras aposentadorias com valor superior ao salário mínimo o mesmo índice de reajuste.

Quem ganha na aposentadoria mais que um salário mínimo tem recebido reajuste insignificante em comparação ao salário mínimo, ocasionando por exemplo a perversidade de que quem ganha cinco salários mínimos na aposentadoria vê reduzidos seus proventos, em poucos anos, para três, para dois salários mínimos, logo adiante passará a ganhar um só salário mínimo.

Vai subindo cada vez mais o valor do salário mínimo, reajustado em nível altamente compensador, enquanto que as aposentadorias maiores sofrem um arrocho que tem sido desumano.

Tanto o fator previdenciário quanto o não-acompanhamento do reajuste das aposentadorias em geral com o do salário mínimo constituem-se em perversidade do governo com os aposentados, que ficam por esses dispositivos condenados à opressão salarial ou a trabalhar por tempo excessivo ao do exigido para a contribuição.

Os aposentados brasileiros vêm sofrendo ano a ano degradação de seus ganhos, eles que já entregaram toda sua vida ao trabalho e agora precisam mais do que nunca de proventos minimamente dignos, com reajustes de índices iguais ao do salário mínimo.

O governo mesmo informou que nos últimos sete anos poupou R$ 10 bilhões graças ao fator previdenciário.

A seguridade, que compreende previdência, saúde e assistência social, é superavitária. Parte desse superávit tinha de ser destinada aos cada vez mais precários proventos dos aposentados.

Para mudar esse quadro, o senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou projeto no Senado Federal que acaba com o fator previdenciário e revincula os proventos dos aposentados ao índice de reajuste do salário mínimo.

Foi tanta a repercussão do esforço do senador Paim, que o projeto foi aprovado por unanimidade no Senado.

Mas o governo, que tem maioria absoluta na Câmara, onde será decidida a questão, não concorda com a mudança.
Anteontem, foi realizado em Brasília um evento que visou à mobilização dos deputados federais para essa importante questão previdenciária e social, sob a liderança do senador Paim e da deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS), dois gaúchos na liderança dessa luta pela redenção das aposentadorias.

E, no próximo dia 29, esse ato pela luta contra a opressão salarial dos aposentados será realizado aqui em Porto Alegre, às 14h, no auditório da Fetag e às 18h na Esquina Democrática.

É imprescindível que os aposentados gaúchos lá compareçam, como o público em geral, para levar à frente esta luta por uma política que visa a desconstituir o empobrecimento e a inanição dos aposentados brasileiros.

*Texto publicado hoje em Zero Hora.
Postado por Sant`Ana

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