Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

AVISO AOS NAVEGANTES


Como já fiz anteriormente; tal qual outros tantos economistas, jornalistas etc.. - o cálculo de perdas não se procede somando e/ou diminuindo percentuais de variações correspondentes ao que foi concedido aos aposentados e ao piso previdenciários ano a ano. O calculo é cumulativo. Pelo percentual abaixo citado, no e-mail que recebi, vale dizer que um cidadão que se aposentou em janeiro de 1994 recebe hoje apenas 23,17% em relação à variação equitativa ou análoga à concedida ao piso (ou salário mínimo). Em suma, em termos de “quantidade de salário mínimos” receberá pouco menos que ¼ do que recebia em 1994. Há algum caso que possam se pautar para essa constatação?

Não há nada que possa expressar essa perda; aliás, já como feita no passado e que esvai em comentários pesarosos contra a solicitação de direitos dos aposentados.

Simples exemplo:
Salário mínimo atual R$ 545,00
Salário mínimo 2012 - R$ 619,21
Variação 13,61%

Um aposentado que recebe R$ 1.000,00 atualmente
Passará a receber R$ 1061,00 – se o INPC – IBGE apontar para 6,1% de variação em 2011.
Se recebesse o aumento integral concedido ao piso (INPC + varrição do PIB de 2010 → 7,5%) o valor subiria para R$ 1.131,61

Variação no ano:
R$ 1061,00 = 0,9376 -1 = 0,0624 OU SEJA 6,24% DE PERDA SOMENTE NESTE REAJUSTE, E NÃO 7,5 % COMO PROPALADO. Imaginem isso feito ano a ano, acumulando-se erro sobre erro.
R$ 1131,61

Sugere-se extrema atenção na divulgação de dados a quem se imposte em fazê-lo para que não prejudique os demais (ou milhões). Erros grosseiros desmerecem qualquer causa que precisa ser pautada essencialmente em números, e impostações precisas; pois até notamos, e com muita frequência o baixo discernimento na sociedade tal qual na mídia. A função precípua é de se fazer ouvir e não rogar favores. Tal qual seria a bom termo que se investisse no arrazoamento de critérios e naquilo que tanto o governo cita ou sustenta nos seus vetos: “falta de recursos”. Há importância enorme em questionar pontualmente e não genericamente como tão apenas ocorre. Empenho direto e formalizado questionando as autoridades sobre pontos específicos e nevrálgicos nas contas das previdências do que se prestar a propor soluções que demandariam mais regras e/ou legislação.

Calcar e estancar no discurso patético de falta de recursos é uma das premissas que pode produzir viés multiplicador a outros bons resultados correlatos e oportunos (antes de ideias e proposições surrealistas à nossa realidade). O momento é adequado com SALDOS PREVIDENCIÁRIOS POSITIVOS (urbano). Nas vertentes de onde jorram ou são drenadas a fundo perdido as fontes de financiamento do RGPS, extrai-se muitos argumentos para esse embate. A isto é necessário pautar-se em demostrar através de números e impostação precisa e clara para que a razão da sociedade e da mídia possa também assentar-se e formar opinião. Tópicos não faltam, o que falta é objetividade.

Em breve se discutirá a aprovação da DRU que drenou quase ¼ das fontes de financiamento do RGPS, no Governo Lula (R$ 278 bilhões); na verdade isto foi vilipendiado do Orçamento da Seguridade Social (previdência/saúde pública e assistência social), então para que ter uma nova CPMF? Exigir a imediata transferência de todas as renúncias previdenciárias do orçamento da seguridade social (previdência, saúde pública e assistência social) para o orçamento fiscal (exceção às renuncias à entidades filantrópicas), são quase R$ 16 bilhões previstas para 2011- sem contar o que concedem a times de futebol, e a tudo que envolver a Copa da Fifa até 2015 . Estes dois últimos itens são apenas citados na LDO aprovada por Rousseff, mas não possuem valores informados. Através de todas entidades sindicais pleitear, e com muita insistência que o Ministério da Previdência passe a tão somente divulgar os dados ou resultados do RGPS separando os subsistemas urbano e rural. Não há desculpas, o Tesouro já separa, mas o governo insiste em somar alhos com bugalhos para que nós percamos enorme tempo todos os meses discutindo o que dá déficit e o que não dá; essa questão é importantíssima para tornar a questão muito mais visível à sociedade, e quão mais clara for mais adeptos se constituirão assim como cairão por banais os neoliberais que ficam na imprensa insistindo pelo “déficit consolidado” Enquanto o governo não divulgar e assim a mídia “repetir” o que o governo diz, organizar em fazer um competente demonstrativo extraído das contas nacionais, quando da divulgação do resultado fiscal do governo e padroniza-lo em publicação através de todas entidades e Movimentos para distribuir à sociedade e a mídia em geral.

Enfim sem amis no momento há outros affaires interessantes ao senso coletivo dos efetivos interessados.

O intuito é de que este aviso não sirva de crítica aquém quer que seja; mas chama a atenção de que todos se valham pela tecnicidade correta em mensurar a questão.
Respeitosamente

Oswaldo Colombo Filho

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