Foi um brado dado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, do Rio de Janeiro, senhor Wadih Damous, criticando o Conselho Nacional de Justiça que tirou a toga do desembargador Roberto Wider, aposentando-o compulsoriamente.
Tal explanação tirou-me o torpor que já está enraizado entre todos os ex-trabalhadores, que já se acostumaram a considerar a aposentadoria como um severo castigo, um castigo até perigoso, porque ano a ano mais se afundam, como se estivessem atolados numa área de areia movediça. Estão assistindo indefesos e indignados o seu poder aquisitivo ser corroído impiedosamente.
O que é isso minha gente brasileira? Estão praticando uma total inversão de valores, transformando a aposentadoria numa punição, em vez de fortalecê-la como um merecido prêmio, reconhecimento pelo tempo em que o trabalhador ficou na labuta, contribuindo certinho, mês a mês, para o INSS.
Além de ser um cidadão idoso sem condições de recomeçar a vida novamente, está numa idade em que mais precisava de proteção, não merecendo ser descartado e judiado. Como qualquer outro brasileiro merecia também usufruir de uma boa e tranquila cidadania. O direito deveria ser igual para todos. Cadê o Estatuto do Idoso?
Acima falei que jamais vimos notícias boas para aposentados, que por isso vivem amargurados, queixosos e inconformados, atingidos pelo preconceito. Houve sim, um momento do aposentado, há vinte anos atrás, graças a sensibilidade e correção da juíza Salete Maccaloz, que mostrando a sua coragem e justiça, peitou o governo que queria dar de reajuste para os aposentados acima do piso, somente 54%, enquanto dava para o salário mínimo um percentual de reajuste de 147%
Recebemos de castigo, pela vitoria do "affair 147", a implantação do Fator Previdenciário e a Desvinculação do nosso reajuste ao reajuste do salário mínimo...
Acorda Brasil com seus Pilares Éticos e Morais: Aposentadoria é um prêmio e não um castigo!
Almir Papalardo
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