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CARMEN LÚCIA É CONTRA AUMENTO DE SALÁRIO PARA MINISTROS

Cármen Lúcia é contra aumento de salário para ministros e gera tensão nos tribunais

Presidente da Corte afirmou que defenderá no Supremo reajuste zero para evitar uma possível ‘bola de neve’ nos salários dos magistrados.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou que vai propor reajuste zero na reunião da Corte sobre o Orçamento para 2019. Ela é totalmente contra um eventual aumento para os ministros. Atualmente, eles ganham em torno de R$ 33 mil. Esse salário serve de teto para todos os magistrados do Brasil.
O caso será discutido no dia 8 de agosto em uma reunião administrativa no STF. Os dizeres de Cármen Lúcia têm causado grande tensão nos tribunais. Vale ressaltar que, no ano passado, ela também foi contra esse reajuste devido à crise que assolava o país.
Um integrante de outra Corte afirmou que, se for mantida essa decisão da ministra, vários membros do Judiciário tendem a conversar com parlamentares para a criação de emendas que possibilitem o aumento aos ministros e, consequentemente, o aumento para toda a categoria.
Aviso da ministra
Conforme as informações do G1, a ministra já teria avisado aos colegas de tribunal sobre o seu ponto de vista. Ela acredita que, se houver um aumento na Corte, ocorrerá um efeito cascata em todos os setores do Poder Judiciário e até mesmo de outros Poderes.
Como no ano passado não ocorreu nenhum reajuste, em decorrência de sua resistência, a ministra pode ser muito pressionada por procuradores do Ministério Público (MP) e vários magistrados que querem o aumento.
Um ministro que preferiu não se identificar afirmou que, para ele, o salário de um membro da Corte deveria ser R$ 48 mil. A proposta decidida no STF sobre o Orçamento irá para o Ministério do Planejamento.
Na votação do ano anterior, os ministros que lutaram pelo aumento foram: Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Marco Aurélio Mello, mas eles foram vencidos pelos outros, e Cármen Lúcia conseguiu impor o seu objetivo.
Resta saber agora, quando lhe resta poucos dias como presidente do Supremo, se os ministros seguirão sua sugestão ou votarão pelo reajuste.
Crise econômica

A ministra tem dito, em conversas privadas, que a crise econômica vivida pelo país é algo grave e que deve ser levado em conta na reunião sobre o Orçamento de 2019. “É preciso prudência e responsabilidade na Corte”, declarou. Cármen Lúcia também lembrou que no Brasil existem mais de 13 milhões de desempregados. Aumentar o salário dos ministros poderia ser uma afronta à sociedade que luta para ganhar um salário mais digno.
Em agosto, o resultado da votação dos 11 ministros sobre o reajuste irá para avaliação do Congresso.
Via: blastingnews

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