Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

INVERSA DA COPA



16 de julho de 2018

PEDRO CARVALHO,
DE MOSCOU

        
Nota do Editor: Que jogão, hein?! Teve de tudo: golaço de fora da área, contra, de pênalti marcado após consulta ao vídeo, com falha do goleiro... E no final deu a favorita França, bicampeã! O Pedro se despede hoje de você após 16 edições do Inversa na Copa. Agora, só mesmo no Catar, em 2022. E quem sabe você não assiste ao hexa lá mesmo com ele, de camarote? Oportunidades no mercado não faltam para tornar isso realidade... A começar pela nova febre dos investimentos, com potencial 10x maior que as já vividas com a maconha e o bitcoin! Todos os detalhes estão aqui. Um forte abraço, Frederico Rosas.
          
Caro leitor, cara leitora,
      
Nas minhas andanças pela Rússia durante a Copa, tomei um punhado de notas mentais. Coisas meio aleatórias que me ajudavam a entender a psicologia, a política e a economia de um país tão vasto e tão diverso. Sempre contando com a sua orientação e ajuda imprescindíveis, leitor.
           
Infelizmente, quatro semanas é pouquíssimo tempo para uma ambição dessas, em que pese a sorte de ter rodado a Rússia de norte (São Petersburgo) a sul (Rostov), de sua sofisticada capital ao coração de seu interior (Samara e Kazan).
                 
                         
No processo, li, pesquisei, entrevistei e conversei tudo o que podia, até o domingo que consagraria a França campeã (Allez Les Bleus!, ou Vamos, Azuis!, em bom português). Mas vale a ressalva: se escrevesse esta mesma lista no mês que vem, ela sairia bem melhor, assim como o desempenho e o entrosamento das seleções costumam melhorar a cada partida da Copa.
             
A sensação na Rússia é de aprendizado permanente, de estar provando um aperitivo de conhecimento com prazo muito apertado para virar prato pronto.
       
Mas vamos lá!
         
1 - Os russos são extremamente orgulhosos de seu país.
       
2 - Apesar de estarem geograficamente na Europa, os moscovitas se referem a Paris, Berlim ou Londres como Europa: “Quando vou à Europa, compro isso e aquilo...”
       
3 - Durante 73 anos de comunismo, os norte-americanos eram reduzidos a uma palavra por aqui: “idiotas”. Agora, a influência americana está na música, nos fast-foods, no cinema...
     

O croata Modric foi eleito o melhor da Copa, e o francês Mbappé, a revelação. Já pensou descobrir um talento desses antes mesmo de eles explodirem no mercado? Na Bolsa, milhares de especialistas se debruçam todos os dias em descobrir a próxima febre dos investimentos. Um grupo de elite na Inversa acaba de identificar essa nova onda, com potencial ilimitado e para a qual ninguém está olhando ainda. Saiba como ganhar com ela aqui.

     
4 - As novelas brasileiras (principalmente “O Clone”) eram muito populares até uns cinco anos atrás. Agora, perderam espaço para produções asiáticas e americanas. (O sucesso de “Escrava Isaura” foi tal que a palavra “fazenda” passou a fazer parte do vocabulário russo).
   
5 - Outras coisas brasileiras que ecoam por aqui: o Michel Teló, nosso futebol (eles conhecem bem os craques do nosso passado), a lambada (!), a bossa nova, praias como Copacabana.
   
6 - As referências ao passado socialista estão por toda a parte: em insígnias que adornam prédios, nomes de ruas, murais do metrô, estátuas de Lênin, museus sobre o período etc. Ao mesmo tempo, toda a Rússia respira um ar capitalista e ocidentalizado. Parece uma relação tranquila com o passado. É como se a Perestroika tivesse sido mais uma correção de rota do que uma completa destruição do que havia antes.
     
7 - A educação básica ainda é quase toda pública. Sobre as escolas privadas, elas não são melhores nem piores em termos de qualidade. Nas universidades existem muitas bolsas, de modo que a maioria estuda de forma gratuita.
           
                
8 - A saúde funciona de forma parecida com o Brasil: quem quiser hospital melhor, paga um seguro. Costuma ser um seguro barato, mas sem acesso a procedimentos de alta complexidade.
   
9 - Na comparação geral com o Brasil, tenho a sensação de que aqui os luxos são públicos, enquanto para os brasileiros são privados. As cidades russas têm metrôs maravilhosos, museus de primeiro mundo, passeios urbanos que deixam os nossos no chinelo, calçadas largas e floridas, parques bem equipados – e todas essas cidades são ligadas por trens. Mas os quartos de hotel, por exemplo, dão a impressão que não veem uma reforma desde os tempos de Kruschev. 
         
10 - O que não significa que não existam bons restaurantes, bares e baladas na Rússia. Ao contrário: eles estão mais próximos do nível europeu que os nossos.
         
11 - Parece que qualquer russo pode dar uma aula de história a você. Eles conhecem os escritores, pintores, bailarinos, cientistas – mas, sobretudo, o passado do país.
                 
12 - Se existe uma unanimidade na Copa, ela é a seguinte: os russos foram muito, muito simpáticos e acolhedores com os estrangeiros. Todo mundo ficou impressionado com isso. Eles tiravam fotos com brasileiros como se fôssemos famosos. Sempre perguntavam o que achamos da Rússia – e abriam um sorriso à nossa aprovação.
         

O hexa ficou para 2022, no Catar. Mas enquanto a Seleção brasileira não volta a campo pelo Mundial, você pode bater o mercado já neste segundo semestre com a Seleção Inversa de Ações. Elas foram escolhidas a dedo, após análise minuciosa dos mais de 400 papéis disponíveis na Bolsa. Para conhecer a tempo as ações que foram convocadas com o objetivo de fazer você ganhar dinheiro de verdade até dezembro, basta acessar este link.

                    
13 - Na época do comunismo, até falar sobre sexo era pouquíssimo comum. Ainda hoje, jovens moscovitas não têm o costume de conversar sobre isso com as amigas. Pornografia era um tabu: ninguém tinha filmes ou revistas “adultas” naqueles tempos.
       
14 - Para nós, embargo econômico é só uma notícia meio distante no caderno de economia. Aqui, o efeito é bem prático: a variedade de produtos nos supermercados caiu nos últimos dois ou três anos. Ainda assim, os supermercados em geral são bons.
       
15 - Rodei mais ou menos 96 horas de trem pelo país e não vi uma fazenda de gado. Nos supermercados, porém, a oferta de carne é parecida com a nossa. Agora entendo porque qualquer entrave nas exportações brasileiras gera tanto rebuliço.
     
16 - Toda a Rússia – mesmo imensa – fala um idioma homogêneo. Na Ucrânia, a língua muda uns 50 por cento. No Cazaquistão (outra ex-república soviética gigante), muda quase totalmente.
         
17 - Muitos taxistas da Rússia, por sinal, são imigrantes de ex-repúblicas como Cazaquistão e Uzbequistão. Essa é a turma que pega os empregos pesados por aqui.
           
18 - Os russos, como em geral os europeus, se viram muito bem sem empregadas domésticas ou babás. Limpam a própria casa, tiram o lixo, lavam a roupa. Vi uma mulher de classe média viajando sozinha com quatro filhos no trem – e a cena estava longe de parecer um caos.
                
                     
19 - Putin é visto como alguém que acabou com a anarquia dos anos 90, marcados pela atuação de máfias e a elevada criminalidade. Além disso, ele conseguiu “amarrar” e atrair investimentos europeus para cá, principalmente em Moscou. As melhorias em infraestruturas têm sido intensas e as taxas de emprego têm se mantido altas.
           
20 - Hoje, a sensação de segurança no dia a dia de Moscou é bastante alta.
       
21 - A internet é boa e barata. Paguei 40 reais por um chip que durou quase três semanas, com uso intenso de dados (vídeos, fotos, documentos, ligações para o Brasil etc). Existe internet grátis no metrô e em uma série de locais públicos.
           
22 - A vida em uma cidade com muitos metrôs é menos sedentária. É raro ver alguém acima do peso nas ruas. (Aliás, se eu pudesse fazer apenas um pedido ao gênio da lâmpada para minha cidade, São Paulo, eu pediria metrôs).
        
No fim, se não valeu pelo hexa, essa odisseia valeu para quebrar muitas visões viciadas que eu tinha sobre o país. É minha última semana aqui na Rússia, mas me comprometo a ler todos os seus comentários, dúvidas ou sugestões recebidos pelo  copa@inversapub.com.
         
Ah, e não esqueça de dizer o que achou dessa iniciativa da Inversa!
         
Forte abraço,
Pedro Carvalho
          
P.S.: O recurso do árbitro de vídeo (VAR) brilhou na Copa. Pena que na Bolsa não é possível voltar atrás, como no pênalti para os franceses na final... No mercado, uma oportunidade desperdiçada pode nunca mais se repetir. Foi assim com as febres da maconha e do bitcoin, que tornaram pessoas comuns milionárias pelo mundo. Agora, um novo movimento, com potencial ainda maior, acaba de ser identificado. Os detalhes estão neste link. Mas lembre-se: amanhã já poderá ser tarde demais...
           
Perdeu alguma edição da Inversa na Copa durante o Mundial? Não tem problema... Todas as edições estão listadas abaixo – é só clicar e ler e reler quantas vezes quiser!

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