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Caminhoneiros chegam ao Planalto com
mais itens na pauta de reivindicações
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Pelo menos 15 caminhoneiros autônomos de vários Estados chegaram ao Palácio do
Planalto na noite deste domingo, 27, para, segundo eles, se reunirem com o
presidente Michel Temer a quem querem apresentar uma pauta de reivindicações.
O grupo reforçará a pauta já
apresentada na quinta-feira – com pedido de medida provisória para uma nova
política de remuneração do frete e um decreto presidencial para zerar o
PIS/Cofins – e também novos pedidos – como garantir 30% do transporte da carga dos
Correios para motoristas autônomos. O encontro não está previsto na agenda do
presidente da República.
“Nossa pauta é mais gorda que a
apresentada antes”, disse Gilson Barbosa, representante do Movimento de
Transportes de Grãos, de Mato Grosso. O encontro tem representantes autônomos
de Estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro, São
Paulo e entorno do Distrito Federal. Ao chegar ao Planalto, os motoristas
disseram que a audiência com Temer foi agendada, mas não informaram por quem.
Na reunião, caminhoneiros disseram que pedirão mais assertividade nas medidas
prometidas pelo governo. Para a nova política para o frete, por exemplo, o
governo se comprometeu a adotar uma nova tabela de referência em 1º de junho e
atualizações trimestrais pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).
O grupo pede que a mudança seja feita por MP e comece a vigorar imediatamente.
O grupo também voltou a pedir a isenção da PIS/Cofins para o diesel por decreto
presidencial.
Barbosa, do Mato Grosso, defendeu que
os motoristas só voltarão a circular com medidas concretas publicadas e não
simples promessas. “Queremos efetividade de ação. Nada de promessas. Só
aceitamos medidas publicadas no Diário Oficial”, disse Fábio Roque,
transportador autônomo do Rio Grande do Sul. “Fomos convidados pelo governo. O
movimento é soberano e estamos aqui para resolver. Não adianta acordo verbal.
Só com as reivindicações publicadas no DO”, emendou Barbosa.
Além de reforçar a pauta de
quinta-feira ou pedir agilidade ao acordo já firmado, o grupo também trouxe
novos pedidos ao governo. Um dos pedidos será a oferta de 30% da carga
movimentada pelos Correios aos motoristas autônomos. O mesmo pedido foi feito
para o transporte da Petrobras e da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab). O acordo firmado na quinta-feira prevê que o governo oferecerá 30% do
transporte da Conab, mas não garantiu o mesmo para a Petrobras e sequer
menciona os Correios.
Aos jornalistas, alguns dos motoristas citaram que estavam no encontro realizado
na última sexta-feira, mas não assinaram o documento firmado por outras
entidades e o próprio governo. Segundo os autônomos que chegaram ao Planalto
neste domingo, o grupo dialoga com as estradas e sabe com detalhe os pedidos
dos caminhoneiros que estão parados nas rodovias.
Após a frustração com o acordo
firmado na quinta-feira com líderes nacionais e que foi completamente ignorado
pelas estradas, o Palácio do Planalto decidiu abrir diálogo com coordenadores
regionais e específicos do movimento para tentar resolver o problema que já
está no sétimo dia e ameaça se estender por tempo indeterminado. A ação foca
especialmente os motoristas que estão à frente dos pontos de protesto com maior
resistência ou considerados estratégicos pelo gabinete de monitoramento criado
pelo governo federal.
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