Jorge Oliveira
Lula prefere o Aécio para voltar ao poder em 2018
Publicado: 20 de outubro de 2014 às 16:32 - Atualizado às 16:33
São Paulo – Existem coisas na política que você não
vê a olhos nus. Para enxergá-las, é preciso, muitas vezes, entrar na
alma do político e observar com atenção as suas ações que às vezes
passam desapercebidas aos olhos de um desatento. O que vem ocorrendo
entre o Lula e a Dilma é um desses casos que surpreendem a todos nós
quando revelados. Veja: o Lula desapareceu dos programas políticos da
sua candidata. Seus marqueteiros querem mostrar a Dilma numa posição de
independência na campanha. Além disso, querem também dar a entender aos
eleitores que o segundo governo dela não terá a interferência do seu
padrinho nem do PT, um partido deteriorado pela corrupção. Prova disso é
que nos comerciais da TV, a sigla do PT desapareceu – aparece só o 13
- e a própria candidata agora veste azul ou branco.
O Lula, porém, continua em campanha pelo Brasil. Na verdade, não é para defender a candidatura da Dilma, mas para manter o PT no poder. Ou seja: não quer que o partido tenha, com o tempo, o mesmo destino de outros que foram se definhando, a exemplo do DEM, uma dissidência de partidos da ditadura. Para o Lula, a vitória do Aécio é mais conveniente aos seus planos políticos mesmo que ele disfarce na oposição aos tucanos pelo Brasil afora.
Para mostrar independência, Lula sabe que a Dilma vai procurar fazer um segundo mandato sem a parceria efetiva dos petistas. O primeiro sinal de que isso vai correr já foram dados. Guido Mantega, o Ministro da Fazenda, já foi demitido antes mesmo do final da campanha. E o espião do Lula ao lado do gabinete da Dilma, o Secretário-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, já anunciou que não permanece no Palácio do Planalto. Vai se dedicar ao Instituto Lula. Assim como eles, vários outros petistas da cota de Lula também serão varridos do governo logo no início do segundo mandato da Dilma, caso ela ganhe as eleições.
Lula é um político matreiro. Ele sabe que é mais fácil voltar ao poder se o Aécio ganhar as eleições e o PT ficar na oposição sistemática durante todo o governo dos tucanos. Com a Dilma, o seu sonho fica mais longe. Até lá, o PT estaria completando 16 anos no poder com o natural de desgaste de um longo governo; a economia já dá sinais claros de recessão; o desemprego bate às portas das empresas; a indústria reduz a produção. Com essa previsão desastrosa, Lula já pensa se não é melhor deixar essa carga pesada cair no colo do Aécio, já que a Dilma não é mais confiável ao seu grupo dentro do partido.
Lula está viajando para alguns estados onde acha que o seu partido e alguns aliados têm chances de chegar ao poder no segundo turno. Critica os tucanos por onde passa, mas não se esforça em falar bem da Dilma nos seus discursos inflamados. Passou a considerar, com essas ações, que a derrota da Dilma sinaliza a sua volta em 2018.
Esquece, porém, que vai estar fora de mandato por oito anos, já não tem o mesmo carisma de antigamente pela sujeira da corrupção, a saúde não é a mesma para uma campanha mais vigorosa e acirrada com quem está no poder, e ainda tem que torcer para que o Aécio faça um péssimo governo. A reeleição é pule de dez para quem está no governo, menos para Dilma que corre o risco de ficar no meio do caminho pela administração caótica.
O Lula, porém, continua em campanha pelo Brasil. Na verdade, não é para defender a candidatura da Dilma, mas para manter o PT no poder. Ou seja: não quer que o partido tenha, com o tempo, o mesmo destino de outros que foram se definhando, a exemplo do DEM, uma dissidência de partidos da ditadura. Para o Lula, a vitória do Aécio é mais conveniente aos seus planos políticos mesmo que ele disfarce na oposição aos tucanos pelo Brasil afora.
Para mostrar independência, Lula sabe que a Dilma vai procurar fazer um segundo mandato sem a parceria efetiva dos petistas. O primeiro sinal de que isso vai correr já foram dados. Guido Mantega, o Ministro da Fazenda, já foi demitido antes mesmo do final da campanha. E o espião do Lula ao lado do gabinete da Dilma, o Secretário-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, já anunciou que não permanece no Palácio do Planalto. Vai se dedicar ao Instituto Lula. Assim como eles, vários outros petistas da cota de Lula também serão varridos do governo logo no início do segundo mandato da Dilma, caso ela ganhe as eleições.
Lula é um político matreiro. Ele sabe que é mais fácil voltar ao poder se o Aécio ganhar as eleições e o PT ficar na oposição sistemática durante todo o governo dos tucanos. Com a Dilma, o seu sonho fica mais longe. Até lá, o PT estaria completando 16 anos no poder com o natural de desgaste de um longo governo; a economia já dá sinais claros de recessão; o desemprego bate às portas das empresas; a indústria reduz a produção. Com essa previsão desastrosa, Lula já pensa se não é melhor deixar essa carga pesada cair no colo do Aécio, já que a Dilma não é mais confiável ao seu grupo dentro do partido.
Lula está viajando para alguns estados onde acha que o seu partido e alguns aliados têm chances de chegar ao poder no segundo turno. Critica os tucanos por onde passa, mas não se esforça em falar bem da Dilma nos seus discursos inflamados. Passou a considerar, com essas ações, que a derrota da Dilma sinaliza a sua volta em 2018.
Esquece, porém, que vai estar fora de mandato por oito anos, já não tem o mesmo carisma de antigamente pela sujeira da corrupção, a saúde não é a mesma para uma campanha mais vigorosa e acirrada com quem está no poder, e ainda tem que torcer para que o Aécio faça um péssimo governo. A reeleição é pule de dez para quem está no governo, menos para Dilma que corre o risco de ficar no meio do caminho pela administração caótica.
0 comentários:
Postar um comentário