Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

MENSAGEM AOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

A reunião realizada entre a presidente Dilma Roussef e a representação dos trabalhadores, no dia 14/03/2012, não passou de mais um teatrinho do governo. Isso mesmo, um teatrinho! A imagem da presidente - de estar historicamente compromissada com a justiça social - na realidade, saiu arranhada, ao fazer e fazer muito bem, a política do repeteco, assemelhando-se a outros governantes, com práticas ofensivas dirigidas aos trabalhadores.

Isso mesmo: A primeira mulher presidente do Brasil, que ontem lutou pelos direitos individuais e coletivos, pelas liberdades, pela justiça social..., enfrentando a ditadura e a tortura, hoje, no poder, insiste em manter o interminável confisco - com requintes de crueldade - junto ao conjunto dos trabalhadores da ativa e aposentados e pensionistas do RGPS, segmentos profunda e historicamente sacrificados.

A pauta trabalhista, voltada para a redução da jornada, o fim do fator previdenciário, a valorização das aposentadorias superiores a um salário mínimo, a regulamentação das regras de negociação coletiva do setor público e do trabalho terceirizado, foi estranhamente recebida e tratada com indiferença, pela presidente, que não se comprometeu com nada, “apenas ouviu e sorriu”, segundo informação veiculada na imprensa.

Foi surpreendente sim, a reação da Presidente Dilma Roussef: ouvir, tudo bem, faz parte. Quanto ao sorrir, não dá mesmo prá decifrar o seu significado.

Será que a presidente quis revelar com o seu sorriso um sentido positivo de, por exemplo, já ter elaborado uma MP para atender as demandas formalizadas pelos trabalhadores?

Será que o sorrir da presidente Dilma, guardaria o sentido irônico, do nunca irei atender a essas demandas?

O encaminhamento das demandas para o ministro Gilberto Carvalho, ministro Garibaldi Alves, para o deputado Marco Maia ..., não adianta nada! !Os trabalhadores já foram inúmeras vezes encaminhados para reuniões, encontros, audiências, com esses senhores e nada.

Apesar de ocuparem posições importantes no governo, esses executivos e o citado parlamentar, não detêm qualquer autonomia, estando nos seus respectivos cargos, somente para construir e fazer a cena para a mídia, empurrando os assuntos de interesse dos trabalhadores, prá depois do fim do mundo.

Foi assim nos momentos que antecederam a votação do SM, não foi diferente quando da votação do Orçamento, e vai por aí. As negociações realizadas, sempre em momentos decisivos de votações de interesse do governo, permitem até firmar “compromissos de solução” das demandas, mas tudo para por ai. Depois de atingir os objetivos, as promessas são esquecidas por todos, principalmente pelo ministro Gilberto Carvalho, que só volta a falar depois de um tempo, sempre com aquele sorriso, as vezes até com desculpas públicas, para novas reuniões e encontros. Na verdade, tudo é vazio, reuniões claramente sem propósitos, sem solução, palavras e compromissos que sabemos que não vão a lugar nenhum.

O Ministro Garibadi Alves, da mesma forma, sempre perfilando a imagem de ser um jovem idoso, ao reproduzir os seus ultrapassados e infelizes comentários, só faz se esquivar de suas responsabilidades como ministro.

Os dois, sinceramente, sabem fazer o tempo passar, preenchendo com solenidades, palestras, reuniões, encontros, celebrações... os dias e as horas da República do não sei o que fazer, do fica para depois, quem sabe para amanhã ou prá depois, revelando total descompromisso com as mudanças que os trabalhadores e o Brasil aguardam ansiosamente.

Com o deputado Marco Maia a posição não é diferente, ao segurar com mão de ferro os Pls. de interesse dos trabalhadores, principalmente, os relativos as questões previdenciárias – 3299/08, 4434/08 e 01/07 - que estão com inúmeras solicitações de urgência de votação, e nada, nada acontece para restabelecer a dignidade dos trabalhadores. .

Dep. Marco Maia: quanto desrespeito aos seus colegas da Casa,

aos brasileiros, ao Brasil!

Em nome e interesse de quem, tudo isso?

É lamentável vê-lo na presidência da Câmara repetindo e repetindo, que está ou aquela matéria não tem consenso para votar, quando todos nós sabemos, pelas estatísticas disponíveis, que alguns Pls, principalmente os previdenciários, se submetidos ao Plenário, todos seriam aprovados por unanimidade.

Quantos discursos ainda teremos que aturar – crise na Grécia, França, Itália, Irlanda, Portugal, desaquecimento da economia chinesa, apreciação do real, destruição do parque produtivo, tsunami de capitais especulativos... – para colocar um fim nesse maldito fator previdenciário e recuperar as perdas acumuladas pelos aposentados e pensionistas e outras.

A resposta para estas e outras situações enfrentadas pelos brasileiros, decorre única e exclusivamente, do nosso atrasado modelo de presidencialismo imperial. Se ela, a presidente Dilma Roussef não quer atender, não quer seja votado, não quer aprovar, só quer “sorrir” para a Pauta de reivindicações dos trabalhadores, não adianta ficar no desgaste insistindo em cobrar deste ou daquele preposto.

Se a visão, a posição, a direção, a responsabilidade é exclusivamente da presidente Dilma Roussef, temos que nos manifestar é diretamente a ela.

Se muitos conseguiram sensibilizá-la para assegurar ajuda humanitária, financeira...com destaque para os cubanos, haitianos, paraguaios, FMI, Comunidade Européia..., que discriminação e essa, que ódio é esse,que não cessa e não permite que seja atendido os justos direitos dos trabalhadores do RGPS, sempre negados e sempre responsabilizados por todas essas infindáveis crises.

Presidente Dilma Roussef

Pelo fim do maldito fator previdenciário

Pela recuperação das perdas dos aposentados e pensionistas do RGPS

Pela redução da jornada de trabalho

Cordialmente

Marcello Araujo – RJ

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