Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

MP 672: REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS ACIMA DO PISO PREVIDENCIÁRIO PELAS REGRAS DO MÍNIMO TENDE A SER EXPLOSIVA A MÉDIO PRAZO


25/06/2015 20:17
Se a regra tivesse sido aplicada desde 2007, o patamar da despesa teria aumentado, em média, cerca de R$ 8,1 bilhões ao ano até 2015
Da Redação (Brasília) – O impacto da vinculação do reajuste dos benefícios acima do piso previdenciário ao salário mínimo irá depender do ritmo de crescimento real do PIB, pois a regra de reajuste prevê correção pela inflação, medida pelo INPC, mais um ganho real equivalente ao crescimento de dois anos anteriores. De modo geral, para cada incremento de 1% dos benefícios acima do salário mínimo há um aumento da despesa de cerca de R$ 2 bilhões por ano.
Em uma simulação do Ministério da Previdência Social, considerando que a regra fosse utilizada desde 2007, foi estimado que, apenas no ano de 2015, a despesa adicional seria da ordem de R$ 73,2 bilhões (ver tabela). Portanto, em nove anos, a adoção da regra teria elevado o patamar da despesa, em média, ao ritmo estimado de R$ 8,1 bilhões por ano.
Embora o impacto dependa do ritmo de crescimento econômico, esta simulação deixa claro que, em um período de forte aumento real do PIB, a adoção da nova regra, em especial a médio e longo prazos, tende a ser explosiva, com um crescimento insustentável da despesa do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
 
Estimativa da Despesa do RGPS no período de 2007 a 2015 com adoção de reajuste dos benefícios acima do piso previdenciário igual ao salário mínimo (em R$ milhões)
reajuste FINAL
Ascom/MPS
(61) 2021-5109

Não! Não está certo nem mesmo sendo apenas uma inventada Estimativa. Não está correto, é muito injusto e inaceitável este castigo imposto a um terço dos aposentados do RGPS-iniciativa privada. Esta fajuta planilha apresentada, com o intuito de querer justificar o injustificável, mantém uma discriminação cerrada em cima dos aposentados atingidos, que por força das suas maiores contribuições ao INSS, conquistaram o direito de ter suas aposentadorias melhoradas. O teto máximo pago pela Previdência Social, que já foi de até 20 SM, foi reduzido para 10 e, hoje, é de apenas mais ou menos 06 SM. E é acima de tudo um grande engodo, porque aposentado nenhum conseguirá manter-se nesta faixa. É um escorregadio "pau de sebo", submetendo o segurado a escorregar cada vez mais, atingido pela armadilha na atualização de seus proventos, corrigidos com dois percentuais de reajustes diferenciados! Eu também posso apresentar uma planilha, esta sim, com valores consolidados, onde podemos visualizar que os aposentados já sofreram um alarmante corte de 80,21% nas nossas aposentadorias. A ágil equipe econômica do governo, em vez de acomodar-se, tinha por obrigação  arranjar recursos financeiros para não prejudicar velhos aposentados, que mereceriam ter um fim de vida mais digno e meritório. Como assim proceder? É muito fácil: parem de desviar recursos da Previdência, cobrem com eficiência os atuais devedores do INSS e, lembrem-se, que já foram desviados dos cofres da Previdência 3,5 TRILHÕES sem que este astronômico valor retornasse para a Previdência, o que evitaria transformar aposentados em "boi de piranha"! Paga o justo pelo pecador...
 
Almir Papalardo

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