A Justiça Federal do RJ através da 
Turma Recursal dos Juizados Especiais, julgou procedente nosso recurso 
interposto contra a sentença que julgou improcedente o pedido de isenção
 do IRPF por moléstia grave cobrado sobre resgate de previdência 
complementar, após aposentado.
Nosso cliente é possuidor de Neoplasia 
Maligna (câncer), e aposentado, sendo que após a aposentadoria fez 
resgate de previdência Privada Complementar (PGBL), sendo-lhe cobrado 
imposto de renda na fonte.
Ingressamos com a ação pedindo o 
reconhecimento da isenção do IRPF nos termos da Lei n.º 7.713/1988, no 
entanto, o juiz entendeu que a lei não prevê a isenção sobre os 
resgates, mas somente sobre o valor recebido mensal, portanto, julgou 
improcedente nosso processo.
Recorremos a Turma Recursal, alegando 
que decidiu que a finalidade da isenção é dar maiores condições de 
tratamento ao doente grave, portanto, não há diferença entre isentar a 
previdência privada com recebimentos mensais ou via resgate, que é uma 
antecipação dos valores que iria receber mensalmente.
Abaixo transcrevemos a ementa:
EMENTA/VOTO
TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO DE IMPOSTO 
DE RENDA SOBRE RESGATE DE PREVIDENCIA COMPLEMETAR PRIVADA. SENTENÇA DE 
IMPROCEDÊNCIA SOB O FUNDAMENTO DE QUE RESGATE REALIZADO EM PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR NÃO SERIA PROVENTO, NÃO ESTANDO PREVISTA ISENÇÃO NO ARTIGO 
6º DA LEI 7713/88. PARTE AUTORA PORTADORA DE NEOPLASIA MALIGNA. 
APOSENTADA DESDE 2004 PELO RGPS. EM 2011 O INSS RECONHECEU ISENÇÃO DO 
IMPOSTO DERENDA SOBRE OS PROVENTOS DA APOSENTADORIA DA PARTE AUTORA. 
RESGATE PODE SER ENTENDIDO COMO UM ADIANTAMENTO DOS PROVENTOS. REDUÇÃO 
DA EXPECTATIVA DE VIDA. GASTOS COM O TRATAMENTO DA MOLESTIA GRAVE. 
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
(Processo n.º 0132143-25.2014.4.02.5155, JEF RJ, j. 07/07/2015)
 
 
0 comentários:
Postar um comentário