Almir Papalardo
Foi
 realizada na 3ª. feira passada,
na Tv Aparecida, organizada pela CNBB, o terceiro debate entre os 
candidatos
presidenciáveis. Viu-se mais uma batalha campal, entre lutadores em 
busca de realizar o sonho de ocupar a principal posição de destaque e 
cobiça de um país. Todos se saíram muito bem, nas desfiadoras e 
esquentadas quedas de braços!
Mas quem esperava ansiosamente que o “problema
aposentados” fosse alvo de uma vasta discussão, mais uma vez se decepcionou. Em
mais de duas horas e meia da relevante programação, onde duelavam-se duramente
os candidatos, ora defendendo-se, ora contra-atacando, o ignorado aposentado
como sempre acontece, foi omitido, ignorado, como se essa categoria de
ex-trabalhador realmente não existisse, ou que fosse merecedor de alguma
atenção especial. A palavra "Aposentados", para as celebridades públicas, significa somente um "palavrão cabeludo".
Nem os oito bispos e nem os oito
jornalistas ligados ao catolicismo, que fizeram perguntas provocativas aos
candidatos sobre assuntos de interesse do brasileiro, lembraram-se de perguntar quais seriam as  intenções de cada um, sobre
o perverso massacre que hoje sofrem os aposentados, caso se elegesse presidente da
república. Nada valemos, nada merecemos...
Enfim, o aposentado tem mesmo que
se conformar em nada representar para os nossos Três Poderes públicos, para a maioria da
população, para os trabalhadores ativos que não querem saber do futuro interessando-lhes
somente viver levando vantagem em tudo, hoje, no presente.
Os
 candidatos que disputam os diversos cargos públicos, não têm tempo para
 pensar ou discutir que o aposentado é também um cidadão brasileiro, 
merecedor de carinho, respeito e proteção, pelo muito que contribuíram 
para o crescimento do nosso Brasil, e agora por estar fragilizado...
 E
 para concluir, nem
mesmo o aposentado congênere, que ganha apenas o salário mínimo, se 
incomoda
com as nossas reclamações, porque, com a atual política de recuperar o 
valor do
salário mínimo, estão tendo percentuais maiores de reajuste do que os 
outros
aposentados que, honestamente, conquistaram com a suas contribuições no
passado, o direito de receber mais de um salário! Isonomia, para os 
aposentados
do setor privado, nada se debate, nada se comenta! E proibido... Existem
 outras prioridades maiores onde não estão incluídos os aposentados, que
 agora só esperam mesmo o momento de se despedirem deste mundo ingrato, 
injusto e intolerante, onde só vencem os mais fortes ou os mais 
abastados financeiramente.
Então, eles não têm nenhum discernimento de que seria um tema interessante
para discussão num debate, diferente desta mesmice que costumamos a ver sempre em
todas as campanhas eleitorais.  Os aposentados que ainda ganham
proventos maiores que o salário mínimo, estão adoentados por falta da vitamina
justiça/reconhecimento, perdendo progressivamente para as bactérias preconceito e
discriminação, que avançam ameaçadoramente contra o aposentado até quedá-lo a um miserável salário mínimo de aposentadoria.
Estão
 definhando continuamente,
recebendo somente uma medicação mínima, com dosagens insignificantes, 
doses homeopáticas, ministrados por um
número pífio de parlamentares, que se desgarraram dos demais (graças a 
Deus) que se recusam a pensar em aposentados!  Nossos irrisórios 
simpatizantes, contados a dedos, quando falam na
injustiça que sofremos, são atacados por vários previdenciários, 
desorientados e desacreditados que ainda possa haver alguém 
consciencioso que se interesse pelas solução dos nossos problemas. 
O aposentado se equivale a um ZERO colocado à esquerda, numa imaginária escala numérica. Difícil
 de entender não?, como é difícil de entender-se a real situação 
precária e desprotegida desses injustiçados trabalhadores. Aposentado 
não merece ter um fim de vida digno! Assim pensam os políticos...
 
 
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