DP
Editorial
É preciso passar a tesoura em tudo que é supérfluo
Publicado: 9 de janeiro de 2015 às 10:08
O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse ontem que um comitê do mais alto nível vai examinar, com lupa, os gastos do governo. Vai examinar, e daí? Se encontrar carunchos ou lesmas em certas contas públicas vai ter peito para removê-los?
Em editorial, em 6 de novembro do ano passado, o Diário do Poder já havia se referido ao favoritismo da presidente Dilma Rousseff pelo nome de Barbosa (então considerado uma opção para ocupar o Ministério da Fazenda), porque “ela ama os que lhe oferecem flexibilidades”.
Foi também observado, neste espaço, de que Nelson Barbosa, no primeiro mandato de Dilma, foi o responsável pela desmontagem do mecanismo de equilíbrio das contas públicas representado pelo famoso “tripé” (inflação dentro da meta, câmbio flutuante e uma política se superávit primário), o qual substituiu por um fajutíssimo “novo equilíbrio macroeconômico”, um verdadeiro desastre!
Se o ministro do Planejamento aceitar sugestões de corte de gastos supérfluos do governo, nem precisaria de lupa. Poderia, a título simbólico, passar a tesoura em pelo menos metade dos gastos “secretos” da Secretaria de Administração da Presidência da República, e que no ano passado chegou a quase R$ 9 milhões. Esses dispêndios, sabemos, são mantidos sob sigilo “nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”, mas na verdade cobrem gastos com hospedagem, alimentação, flores, entre outros.
A tesoura, para ser mais eficaz, poderia, além da Presidência, dar um passeio pela Esplanada dos Ministérios. No governo como um todo, os gastos feitos com cartões corporativos alcançou, em 2014, a R$ 65 milhões.
Parece pouco, mas é assim que funciona. Corte-se tudo o que for supérfluo, e assim se promoverá o necessário ajuste fiscal. Como nunca se corta nada no Brasil, aqui todo ajuste significa aumento de impostos. Preparem-se os contribuintes para serem ainda mais garfados.
Comentários:
Em editorial, em 6 de novembro do ano passado, o Diário do Poder já havia se referido ao favoritismo da presidente Dilma Rousseff pelo nome de Barbosa (então considerado uma opção para ocupar o Ministério da Fazenda), porque “ela ama os que lhe oferecem flexibilidades”.
Foi também observado, neste espaço, de que Nelson Barbosa, no primeiro mandato de Dilma, foi o responsável pela desmontagem do mecanismo de equilíbrio das contas públicas representado pelo famoso “tripé” (inflação dentro da meta, câmbio flutuante e uma política se superávit primário), o qual substituiu por um fajutíssimo “novo equilíbrio macroeconômico”, um verdadeiro desastre!
Se o ministro do Planejamento aceitar sugestões de corte de gastos supérfluos do governo, nem precisaria de lupa. Poderia, a título simbólico, passar a tesoura em pelo menos metade dos gastos “secretos” da Secretaria de Administração da Presidência da República, e que no ano passado chegou a quase R$ 9 milhões. Esses dispêndios, sabemos, são mantidos sob sigilo “nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”, mas na verdade cobrem gastos com hospedagem, alimentação, flores, entre outros.
A tesoura, para ser mais eficaz, poderia, além da Presidência, dar um passeio pela Esplanada dos Ministérios. No governo como um todo, os gastos feitos com cartões corporativos alcançou, em 2014, a R$ 65 milhões.
Parece pouco, mas é assim que funciona. Corte-se tudo o que for supérfluo, e assim se promoverá o necessário ajuste fiscal. Como nunca se corta nada no Brasil, aqui todo ajuste significa aumento de impostos. Preparem-se os contribuintes para serem ainda mais garfados.
Comentários:
"Nunca se corta nada no Brasil', não é verdade. O governo do PT em seus 12 anos já cortou (garfou, roubou) em torno de 60%, dos benefícios dos aposentados e pensionistas da Previdência Social, que recebem acima de um salário mínimo. Com essa medida imoral e desonesta, ele deixa mais de 9 milhões de idosos na pior situação financeira. Para eles é mais fácil garfar os "velhinhos" que estão sem defesa, despresados e humilhados, do que cortar o "bolsa família". Muito pelo contrário, o governo deu um maior reajuste a esse programa (10%). Para os idosos, lhe foi aplicado o percentual de 5,3%. Como os beneficiários do "bolsa família", representam mais de 50 milhões, em detrimento dos 9,5 milhões dos aposentados e pensionistas, o governo prefere beneficiar a maioria. Áqueles que durante 35 anos de muita luta, contribuíram para o desenvolvimento do país, o governo do PT, lhes despresa e aplica-lhes esse inominável castigo. Para os que nada produzem e vivem à custa de um Programa de resultados duvidosos, pois nada acrescentam ao desenvolvimento do país, o governo lhes privilegia para colher reeleições continuadas. Brasil, um país desigual!
Clóvis Cervi · URI Santo Ângelo - OFICIAL
Infelizmente, o último parágrafo espelha a realidade. Cortar gastos para quê, se meter a mão no bolso do contribuinte (eterno pagador) é bem mais fácil, é compulsório, depende, apenas, da aprovação (às vezes nem precisa) de um congresso fajuto e faminto?
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