Paulo Paim (PT-RS) voltou a contestar que a Previdência Social seja deficitária e atribuiu o suposto rombo ao dinheiro desviado para a composição do superávit primário (reserva feita pelo governo para o pagamento de juros). Este também é o destino de parte dos recursos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins), da arrecadação com jogos lotéricos e de outras contribuições destinadas à Previdência.
O senador citou matéria do jornal O Dia em que, pelos cálculos da GVS Consultoria, 35 anos de contribuição sobre três salários mínimos resultam em aposentadoria, aos 55 anos, de R$ 690,41. A mesma quantia, depositada na poupança, renderia um total de R$ 354 mil e o trabalhador poderia sacar R$ 1.773,76 ao mês, ou seja, R$ 1.083,35 a mais, só de juros.
O fim do fator previdenciário e uma política de reajuste das aposentadorias e pensões de pouco mais que um salário mínimo são essenciais. De outra forma, afirmou Paim, o movimento sindical deveria defender que todos contribuíssem somente sobre um salário mínimo e aplicassem outra parte no sistema financeiro.
– Se vou ganhar somente um, por que vou pagar sobre dez? – questionou.
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