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CORRUPÇÃO




Corrupção
Justiça suíça descobre nova conta secreta de propinas da Alstom
Suspeita é que US$ 2,7 milhões pagaram propinas no governo Covas
Publicado: 13 de maio de 2014 às 8:04 - Atualizado às 8:06
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A Justiça suíça identificou nova conta secreta por onde passaram mais de US$ 2,7 milhões em supostas propinas da Alstom para garantir, em 1998, um contrato da área de energia de São Paulo na gestão Mário Covas (PSDB). Os dados foram divulgados ontem pelo Tribunal Penal Federal da Suíça e a movimentação bancária completa envolvendo esses pagamentos será enviada à Justiça brasileira, que apura o caso. A informação é de Jamil Chade, correspondente do jornal O Estado de S. Paulo.
robson marinho
Robson Marinho, braço direito que Mário Covas nomeou para o Tribunal de Contas
Na semana passada, a Justiça suíça já havia anunciado a identificação de uma conta secreta de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, abastecida com depósitos que somaram US$ 950 mil realizados por Sabino Indelicato, suposto pagador de propinas do caso Alstom.
Ex-chefe da Casa Civil de Covas, o conselheiro teria, segundo a investigação, recebido dinheiro em troca de dar um sinal verde para o contrato da Alstom com a Eletropaulo, antiga estatal de energia. A Suíça revela que a conta do conselheiro chegou a movimentar US$ 2,5 milhões, dos quais US$ 1,1 milhão estão bloqueados.
Marinho está sob suspeita do Ministério Público Estadual. Ontem, o deputado Carlos Giannazi, líder do PSOL na Assembleia, pediu sua convocação para depor. Ele aponta para a “injustificada inércia desta Casa Legislativa na tomada de qualquer providência, diante do poder-dever fiscalizador inerente ao Legislativo”.
O esquema criado pela Alstom, segundo a Suíça, pode ter sido mais amplo. A empresa francesa teria criado companhias de fachada com sede em Genebra e que funcionariam para repassar propinas a agentes públicos brasileiros.
Além de Marinho, os suíços identificaram um segundo brasileiro que “também estaria implicado nos esquemas de corrupção”. O nome do suspeito não é revelado nos documentos do Tribunal suíço. “A conta foi creditada entre 1998 e 2005 de um montante total de quase US$ 2,7 mi.”
O dinheiro, segundo a investigação, foi depositado por uma empresas criada pela Alstom. O o titular da conta seria uma pessoa envolvida no esquema de pagamentos de propinas no Brasil. Os suíços constataram uma transferência no mesmo dia, 17 de março de 1998, pela empresa da Alstom a duas pessoas relacionadas com as investigações no Brasil. A conta identificada recebeu US$ 146,4 mil. A empresa depositou exatamente metade desse valor para uma pessoa citada apenas com a letra L e que seria “secretária” de um funcionário público brasileiro.
O advogado Celso Vilardi, que defende Marinho, afirma que as provas do caso Alstom são nulas porque derivadas de uma investigação em Genebra que foi declarada nula pela Justiça suíça. “No Brasil não existe possibilidade de se utilizar esse tipo de documento derivado de provas ilícitas.” A Alstom manifestou “veemente repúdio quanto as insinuações de que possui política institucionalizada de pagamentos irregulares para obtenção de contratos”.


Comentário:


                                                             Odoaldo Vasconcelos Passos
                                                                         Aposentado


O Brasil é um país que nos traz grandes decepções. A sua política é aquela que só busca o interesse próprio. Ao contrário da sua finalidade precípua de servir ao povo, os políticos buscam primeiro servir a si próprios e se sobrar alguma coisa, vamos dar farelos ao povo. Isto precisa acabar. Nós temos que escolher melhor os nossos representantes. Eles estão lá, porque nós,  lá os colocamos. É preciso que haja mais responsabilidade no votar. Vamos acabar com o voto por gratidão e por ignorância. O voto tem que ser consciencioso e almejar o melhor para o país. O defeito está nos políticos, mas, a grande responsabilidade por eles estarem lá, é toda nossa.  Se quisermos um país decente, temos que escolher melhor os nossos representantes. Dentro dos meus 72 anos de idade, eu só vi e ouvi lamentos e decepções com a classe política brasileira, que a cada dia, nos decepciona mais. Hoje, nós temos os piores representantes no Congresso Nacional. Agora, eles criaram as tais bancadas. Bancadas da classe X, bancada da classe Y, e entre X e Y, tem "n" bancadas que representam os seus patrocinadores, aqueles que bancam as despesas das suas campanhas milionárias, com o intuito de se servirem na mesa farta das verbas dos governos. Daí, a corrupção desenfreada; a falta de interesse pelos apelos do povo que os elegeu a espera de que tenhamos um país igual para todos. Na verdade, nós não temos partidos políticos dignos. Todos, sem exceção, são fisiológicos, trabalham muito, mas para satisfazer os seus interesses escusos, o povo que se exploda. É muita decepção! Ou nós mudamos esse jogo sujo, ou vamos continuar chafurdando nessa lama da falta de vergonha, de caráter e de compromisso para com o país. Por quê não começarmos a partir destas próximas eleições. Vamos renovar 100% do Congresso Nacional, e de todos os cargos que estarão sendo disputados. Chega de profissionalização dos políticos. O sujeito se elege a primeira vez e nunca mais quer deixar de roer o osso. Quando ele já está no fim da vida, já traz o seu herdeiro para continuar usufruindo das mordomias, dos altos salários e da aposentadoria imoral. Ou o povo, pelo voto, faz esta renovação, ou vamos continuar padecendo desse mal que os políticos brasileiros nos impõe. País que não sabe votar, está condenado a viver sem futuro e sem esperança. Renovar é preciso!

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