Almir Papalardo
O
Senado Federal com 81 senadores e a Câmara dos Deputados com 513
deputados garantem com debates e votações plenárias que o Brasil
mantenha, fortaleça e amplie a sua soberania. Pelo menos é o mínimo que
esperam todos os eleitores que os colocam no poder para representá-los.
Deveria
ser sempre assim porque são muitos parlamentares, 594 no total, número
mais do que suficiente para garantirem que não se cometam erros e
equívocos na coordenação e manutenção de leis que possam ser
prejudiciais para a população. Devem permanecer ativos e
vigilantes, dignos do cargo que ocupam.
Contudo,
até hoje, não se compreende como foram capazes de cochilarem (ou será
que foi proposital?) ao ponto de permitirem que fosse detonado um grande
golpe contra um terço de velhos e indefesos trabalhadores, os
APOSENTADOS do RGPS.
O
golpe indecoroso constitui-se em deturpar o Artigo 2º - Inciso V -
Irredutibilidade do valor dos benefícios previdenciários, a
preservar-lhes o poder aquisitivo, da lei 8213/91, preceitos estes que
já tinham sido determinados pela Constituição Federal de 1988 e
ratificado pelo Estatuto do Idoso.
Conseguiram
passar uma borracha naqueles Artigos, desvirtuando-os
através de uma traidora votação, desvinculando o aumento dos
aposentados do reajuste do salário mínimo, somente daqueles que recebem
mais de um piso mínimo, nascendo daí uma discriminação sem paralelos em
cima de cidadãos com idade já bastante avançada. Assim tornaram legal
uma prática imoral, que degrada ano a ano a aposentadoria do aposentado
brasileiro. Que papelão Brasil !!
O
dia em que houve aquela vergonhosa e
covarde votação os parlamentares que fizeram parte daquela ignóbil
sessão, deveriam ter decretado feriado nacional para o Brasil comemorar
aquele ato impatriótico, de gatunagem legalizada, de discriminação ao
aposentado, de esperteza legislativa, como o dia em que conseguiram
calar magistralmente Artigos da
Constituição, fazendo-os funcionar de modo inverso, ou seja: permitir
que houvessem defasagens com cortes absurdos
nos benefícios dos aposentados, que hoje, já amargam uma perda
superior a 76%, por conta daquele ato matreiro, irresponsável, perverso e
injusto.
Será
que não existiam congressistas de ampla visão política que enxergassem
naquele aprovação uma incorreção comprometedora e que, futuramente,
geraria uma grita desesperada e inconformada entre os aposentados
atingidos? Será que não pressentiram que era uma solução equivocada e
que no futuro tornar-se-ia uma bola de neve e que jamais
poderia dar certo? Será que usavam antolhos? Será que não
enxergaram que ex-trabalhador algum que chegou a receber 04, 05 ou 06
salários mínimos de aposentadoria, jamais por questão de moralidade e
coerência poderia aceitar ter seus proventos reduzidos apenas para 01
salário mínimo? Vocês são políticos que pensam, analisam, ou tudo
entregam ao Deus dará...? -No futuro prometemos analisar o problema- É a
saída simplória para o momento acomodado de mentes preguiçosas!
Com
a palavra o nosso Congresso Nacional que agora tem o dever urgente de
corrigir tamanha sandice, com sérios riscos se tal impasse vergonhoso
continuar vigente, de gerar mais uma crise social nada confortável para o
nosso Brasil, que deseja tornar-se uma grande nação nivelando-se a
outras de grande potencia mundial.
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