Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

A COVARDIA DOS BONS É A GRANDE ARMA DOS MAUS

É incrível como o processo de afunilamento dos valores humanos avança galopante e a cavalgada não percebe. Até a uns trinta anos atrás, nos tempos da Irmã Dulce e da Madre Tereza de Calcutá e de um bom número de heróis anônimos, ainda era possível conservar em nossos dicionários o vocábulo HERÓI no sentido de alguém extraordinário, capaz de empreender ações arrojadas que cruzam as fronteiras do tempo e se eternizam no campo dos valores imperecíveis. Hoje, herói é aquele ou aquela que é capaz de beber trinta latas de cerveja numa noite e amanhecer estirado numa calçada, cheirando urina e balbuciando asneiras. Daí para diante ele se apossa do termo VÍTIMA para qualificar e definir sua personalidade. É uma vitima da sociedade. Mas quem é a sociedade? É a comandita em que alguns poucos sócios entram apenas com o dinheiro (roubado...) e com as normas e não se obrigam além desses limites enquanto que os demais sócios solidários respondem integralmente, pelas obrigações que a entidade assume. Por outras palavras, os poderosos se apoderam do dinheiro, ditam as normas e pregam o consumismo enquanto as massas se encarregam de chafurdarem-se no atoleiro da miséria que não tem fim e bancarem o heroísmo de morrerem à base de salário mínimo. É isto, meus amigos, o que Lula quer e prega, descaradamente: riquezas para os ladrões e salário mínimo para as massas, para os heróis que correm o dia inteiro atrás do pão e do circo, reeditando o paganismo, salário mínimo até para os que, com seu suor e seu sangue, pagaram o seguro que lhe servisse de garantia para si e para sua família no dia em que a geada dos anos enrijecesse seus músculos e em que o calor do sol não bastasse para aquecer seus sonhos de vida. E você, meu amigo aposentado, ainda alimenta alguma duvida sobre o que deve fazer, você ainda está perplexo perante o fato de votar e ou de não votar em quem deve?

O apocalipse de São João (3.15) aponta o remédio para essa covardia que vira arma nas mãos dos maus contra nós. “Conheço, diz São João, sua conduta: Você não é frio nem quente. Quem dera que fosse frio ou quente! Porque é morno (... acomodado), nem frio nem quente, estou para vomitar você de minha boca”. Horrivel!... ser vomitado da boca de Deus para não prejudicar Lula e sua companheira de guerrilha, sócia das FARC? Você meu amigo, se quiser ser frio que o seja. Você é livre. Salve, pelo menos, sua liberdade de ser frio, mas, por amor de Deus, MORNO NÃO. Água morna causa vômito. Estamos precisando de água fervendo, daquela com que a gente faz o café do Brasil, fumegante e não pasta de cocaína que despenca das geleiras dos Andes. Morno é o sono do bicho-preguiça eternamente dependurado no galho de uma árvore. Cria mofo, bolor, mau cheiro, dispnéia política epidêmica.

Sabe, meu amigo, o que é bom contra isso tudo? É o sol da liberdade que esbordoa para os quintos dos infernos os ditadores e todos os seus sócios e simpatizantes. Fogo neles. O Brasil tem dono. Não está sendo leiloado a preço de banana, nem a preço algum, muito menos oferecido de presente a bruxas nem a títeres meridianos que andam por ai a busca de alguém para devorar.


José Cândido de Castro
Julho de 2010

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