Companhia dos Aposentados

Tribuna dos Aposentados, Pensionistas e Trabalhadores do Brasil

O BOM PASTOR DÁ A VIDA POR SUAS OVELHAS




Sempre me emociono quando leio, no capitulo décimo do Evangelho de São João aquelas maravilhosas palavras: “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas”. Esta minha emoção se completa quando ouço o salmo 22 garantir-me que: “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará”.

Estou abordando agora, em momento oportuno, esta matéria atinente aos aposentados porque, além de trabalhadores, somos também ovelhas do rebanho de Cristo. Com efeito, cada um de nós, seja qual for nossa convicção religiosa, temos nossos Pastores, nossos guias e defensores na caminhada terrestre, representantes que são do PASTOR SUPREMO, o mesmo de todos nós quantos nascemos e morremos todos os santos dias. Se houver alguém que duvide desta realidade de ter que nascer e morrer, pois que trate de virar estátua de praça e de beirar, no vai e vem de cada dia, os velórios, onde os vivos de ontem aguardam imóveis, por aqueles que, hoje, lhes darão o último adeus.

Definidos quais sejam os pastores e quais sejam as ovelhas, automaticamente, ficarão apontados os LOBOS que rondam o aprisco e disparam seus uivos na tentativa de intimidar o rebanho.

Quem são os Pastores?

Para mim e para todos os aposentados e trabalhadores que são católicos, estes Pastores, aqui no Brasil, estão abrigados sob o pálio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Eles, na atualidade, sobre esta questão dos trabalhadores aposentados, permanecem silenciosos e temos a impressão de que os uivos dos lobos contra seu rebanho ainda não atingiram seus ouvidos. Ultimamente, com base no Canon 212 do Código de Direito Canônico, lhes enviamos nosso respeitoso e confiante apelo.

Pelos Evangélicos e pelas Igrejas Cristãs respondem seus respectivos Pastores que congregam em torno do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC). A eles, por uma questão de jerarquia e como católico que sou não tenho o direito de apelar, mas civicamente e, como cidadão brasileiro elevo também a eles meu apelo, porque, também deles não tenho ouvido sua voz em defesa do rebanho. Confiamos no zelo apostólico de todos já que a causa é comum a todos.

E as ovelhas, quem são elas?

Juntamente com seus familiares somam mais de dois terços da população brasileira.

São milhões que, em forma de BALIDO erguem suas vozes e clamam aos PASTORES.

E os lobos quem são?

Nem é necessário apontá-los nominalmente. São todos aqueles, no governo e fora dele, que agridem os direitos dos aposentados e dos trabalhadores, em geral, na ânsia de se apoderarem daquilo que não lhes pertence.

Este grito dos trabalhadores é motivado por três grandes verdades. Eles são oficial e conscientemente ROUBADOS. Primeiro, pelo vergonhoso FATOR PREVIDENCIÁRIO, esta ferrugem que, lenta, mas perseverantemente, corrói e achata o valor de suas aposentadorias. Segundo, pelo desvio sistemático e criminoso dos recursos oriundos do SEGURO SOCIAL para outras finalidades completamente alheias aos seus objetivos.

Estes recursos pertencem exclusivamente aos aposentados porque são fruto de seu trabalho, de seu salário, mensalmente descontado de sua folha de pagamento. Estes recursos não pertencem ao governo e devem ser administrados por seus legítimos donos e não pelos cobiçadores do alheio, autênticos ladrões. Por último, são roubados pelos devedores da Previdência. Só de uma lista que temos em mãos constam 652 empresas devedoras que somam um total de débitos da ordem espantosa de R$131.672.712.979,80. Estes furtos são todos praticados contra o sétimo mandamento da lei de DEUS: NÃO FURTAR e nada tem a ver com política nem com a função limpa de governar e administrar. Estão sim, envolvidos numa questão de moralidade, de direitos, de justiça e do pecado de roubar. Os governantes gostam de afirmar, para tirar o corpo fora de sua responsabilidade moral que a Igreja é separada do Estado.

Ainda bem e, graças a DEUS, porque andar de parelha com o estado na prática destas políticas imorais seria simplesmente inconcebível na doutrina de Cristo. Por outro lado, esta separação define para os Pastores, o campo de sua autoridade para agirem sem ter que dar confiança a César, como no caso dos trabalhadores e dos aposentados.

Moralidade, direito à vida, mandamentos, principalmente o de não roubar, doutrina da fé e muitos outros, constituem matérias estritamente da alçada dos Pastores religiosos. A cargo dos governantes temporais fica a política tipicamente de arrecadar impostos, de ajuntar dinheiro para sustentar a corrupção e financiar até ditaduras responsáveis pela morte de inúmeros inocentes. A título de ilustração apresentamos as seguintes estatísticas:

Fidel Castro, um dos ditadores apoiado e acariciado por Lula, mandou matar sumariamente 9.479 pessoas e, o número de mortos do regime sobe a 17.000. Dois milhões de pessoas fugiram de Cuba, o que equivale a 15% da população cubana.

Estatísticas oficiais apontam o regime comunista como responsável pela morte de duzentos e cinqüenta milhões de seres humanos no mundo para saciar sua sede de ódio. Hugo Chaves, na Venezuela, Evo Morales, na Bolivia e muitos outros “pobrecitos”, pintam e bordam com o dinheiro dos aposentados brasileiros, garantido pela infinita “misericórdia” de Lula. Nosso sangue, nosso dinheiro sustentam a abastança dos totalitários.

Nunca é demais lembrar ao Presidente Lula que o sapateiro nunca deve pretender ir além das sandálias porque estará correndo o risco de produzir uma ferradura em vez de um tamanco. Ferradura calça as patas dos quadrúpedes enquanto que o tamanco protege os pés de pobres seres humanos.

Se eu estiver errado, peço aos Pastores que mo digam afim de que eu cale a boca e vá cuidar de morrer, o quanto antes, para abrir um pouco mais de espaço à ação dos ladrões. Se, ao contrário, os sábios Pastores me garantirem de que estou com a verdade, então, humildemente, lhes suplico que desliguem a palavra de DEUS e a soltem para cima dos LOBOS da mentira e os enxotem para longe do rebanho.

Esta questão dos trabalhadores, em geral e dos aposentados, em particular é muito mais séria e grave do que se possa imaginar, tendo em vista que, num futuro bem próximo, seus efeitos virão na proporção de verdadeira calamidade social. Estamos lidando com questões morais que abrangem direitos, justiça e nosso envolvimento com o dever de garantir o SUPREMO DOM DA VIDA. É tarefa nacional de todos esta missão de carregar o andor nesta procissão de encontro à busca da verdade, onde a experiência dos idosos se cruza com o ardor dos mais jovens para juntos, depois do calvário desta vida, possam, celebrar a glória da RESSURREIÇÃO.

Ninguém assume o poder para ir governar cadáveres nem para investir na infra-estrutura da construção de cemitérios. Os urubus são os que andam de olho em cadáveres, menus de suas revoadas. Nós, filhos da luz, alçamos nossos olhos para o arrebol da vida e respiramos o ar puro que nos empurra para as alturas. No entanto, somos considerados e tratados pelas autoridades governamentais como os indesejáveis, os descartáveis, os que já éramos, socialmente, destituídos de direitos, que não temos famílias para sustentar, que não nos alimentamos, que não nos vestimos, que não temos saúde para tratar, que não nos locomovemos, etc., mas que continuamos com a obrigação de respondermos ao chamado para pagar impostos, para emprestarmos nossos ombros para colaborar na tarefa de transportar a pátria rumo a ideais mais nobres.

Nosso intuito com o presente pronunciamento é de promovermos autêntico MUTIRÃO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO E DE AÇÃO. Esta é uma tarefa para o REBANHO TODO, PASTORES E OVELHAS, e não para uns poucos que devam assumir sozinhos o ônus de enfrentar os LOBOS. Ninguém deve entregar a rapadura a troco da esperança de que o Presidente Lula tem poderes e capacidade para tudo. Nem para encaçapar a taça Jules Rimê, como havia prometido, ele foi capaz, já que esta foi para as “cucuias” nas botinas dos holandeses. Nossas aposentadorias, porém, não são bolas de futebol que se chutem para escanteio ou nas traves. São sim, gol certo que um dia comemoraremos.

Confiamos em nossos PASTORES e esperamos que nesta batalha da verdade, da justiça e da moralidade eles assumam a vanguarda. Os generais planejam, os soldados executam. Os Pastores, com sua sabedoria, iluminam o caminho. As ovelhas marcham seguras.
Para que este MUTIRÃO surta todos os efeitos esperados, contamos com a cooperação maciça de todas as Emissoras de rádio e televisão, com os jornais e revistas e com o boca a boca em todas as reuniões de classes.

José Cândido de Castro
Julho de 2010

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